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A ESCOLA REGULAR E A INCLUSÃO

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Por:   •  2/12/2013  •  Tese  •  5.352 Palavras (22 Páginas)  •  463 Visualizações

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A ESCOLA REGULAR E A INCLUSÃO:

Novas Possibilidades e recursos

Marise Cibele Barrêto Rossi

RESUMO

A criança portadora de necessidades especiais, antes de ser "especial", é uma criança com todos os direitos do ser humano na fase de seu desenvolvimento. O cidadão deste final de século está rodeado pelos computadores, portanto, cabe à educação incorporar este instrumento ao seu cotidiano, para que, desta forma, possa contribuir para facilitar a vida do homem em seu meio social. Neste sentido, o processo de desenvolvimento da criança portadora de necessidades educativas especiais, não mais que as outras, necessitam incorporar as novas tecnologias, sobretudo a informática. Tecnologia nada mais é do que a forma como utilizamos cada ferramenta para realizar determinada ação. A evolução social e cultural da humanidade levou a criação de tecnologias; desde a descoberta do fogo, da roda, da invenção do ábaco, até o momento predominam as tecnologias por onde o homem transita culturalmente. Direcionar a educação não total, mas parcialmente para estes recursos é um alvo futurista e necessário. A tecnologia educacional deve colocar-se inteiramente a serviço de seus objetivos, para que isso ocorra são necessárias mudanças no conceito de currículo escolar, isto demanda grandes esforços por parte de educadores e autoridades governamentais. Dessa forma, as mudanças propostas nesse sentido na LDB vieram trazer grandes contribuições para o enriquecimento do currículo escolar.

Palavras-chaves: Inclusão, deficiência e escola regular

1. INTRODUCÃO

Este trabalho tem por objetivo esclarecer o processo da inclusão do aluno com deficiência na escola regular, bem como a indicação deste aluno no que se refere à construção de uma vida plena. Para tanto, foram realizadas muitas leituras interpretativas de diferentes obras, leituras estas, fundamentais, para embasar uma pesquisa bibliográfica. Os resultados apontaram que a teoria de inclusão ainda está muito longe da prática. Para assegurar a efetivação do processo de ensino aprendizagem e a inclusão escolar faz-se necessário uma modificação das condições de ensino urgente. Requer mudança não só da escola, mas da comunidade escolar, comprometida com a educação de crianças e jovens. O presente artigo, ao propor uma reflexão sobre o tema da inclusão constata que as escolas, embora obrigadas a aceitar, ainda não estão preparadas para atender de forma digna e não discriminatória o aluno com deficiência. Lembrando que é papel da escola a responsabilidade da inserção deste aluno com, deficiência ou não, no meio social em que vive desenvolvendo valores éticos e capacidade de interagir como sujeito atuante. Dividida em capítulos, este artigo oferece informações e reflexões, principalmente sobre a escola regular e a inclusão. Por fim demonstra análises dos dados de pesquisa bibliográfica, a fim de compreender como a instituição e o professor poderão adequar-se a essa realidade, da inclusão escolar, e como ele poderá ajudar o seu “novo aluno”.

2. A ESCOLA REGULAR

Toda criança tem seus pontos fortes e seus pontos fracos na questão da aprendizagem. Algumas têm grande capacidade de ouvir; assimilam muitas informações simplesmente ouvindo. Outras têm mais facilidade com o visual; aprendem melhor lendo. Na escola, porém, todos os alunos são misturados numa sala de aula e espera-se que todos aprendam independentemente do método de ensino utilizado. Assim, é inevitável que alguns tenham problemas de aprendizagem.

O respeito à individualidade é o principal atributo que abre os olhos da sociedade para uma pedagogia, centralizada nas necessidades de cada aluno, que visualize as diferenças como elementos enriquecedores das relações no interior da escola e favorecedores de experiências positivas, que possibilite à criança deixar de ser autora solitária de seus insucessos escolares.

As escolas carecem de transformação: precisam alargar suas portas em todos os sentidos, abrir caminhos acessíveis, atenuar a intolerância e a sensibilidade de todos, preparando-os para aceitar e conviver com diferenças, acreditar nas potencialidades do indivíduo como ser que pensa, que deseja e que também constrói. A escola que se procura é aquela que promove o indivíduo em toda sua plenitude, que oferece a todos os alunos a oportunidade de desenvolver suas habilidades e capacidades: a escola inclusiva.

No texto a seguir, fica clara a finalidade de instigar a refletir sobre as características da Escola destinada a todos os alunos.

Uma Fábula: A escola dos bichos

Certa vez os animais resolveram preparar seus filhos para enfrentar as dificuldades do mundo e, para isso, organizaram uma escola. Adotaram um currículo prático, que constava de natação, corrida, escalada e vôo. Para facilitar o ensino, todos os alunos deveriam cursar todas as matérias e ao mesmo tempo, em regime seriado.

O pato, exímio em natação (melhor mesmo que seu professor), conseguiu notas regulares em vôo, mas era aluno fraco em corrida e escalada. Para compensar esta fraqueza, ficava retido na escola o dia todo, fazendo exercícios extras. De tanto treinar a corrida, ficou com os pés terrivelmente esfolados e, por isso, não conseguia mais nadar como antes. Entretanto, como o sistema de promoção era a média aritmética das notas das várias disciplinas, conseguiu ser um aluno sofrível e ninguém se preocupou com o caso, exceto, naturalmente, o pobre pato. O coelho era o melhor aluno do curso de corrida, mas, de tanto tentar a natação sofreu tremendamente e acabou nervoso. O esquilo escalava qualquer árvore, admiravelmente, conseguindo belas notas no curso de escalada, mas foi frustrado no de vôo, pois o professor o obrigava a voar de baixo para cima e ele insistia em usar os seus métodos, isto é, em subir na árvore e voar de lá para o chão. Em natação ele teve que se esforçar tanto que acabou por passar com a nota mínima em escalada, saindo-se mediocremente em corrida. A águia foi uma criança problema, severamente castigada desde o princípio do curso, porque usava métodos próprios para atravessar o rio ou subir nas árvores, o que era proibido, pois eles não estavam previstos no programa. No fim do ano, uma enguia anormal, que tinha nadadeiras, consegue a melhor média

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