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A Educação Ambiental não- Formal Em Maracanaú E Seus Contributos Para A Certificação Verde Do Município.

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Por:   •  9/6/2013  •  3.080 Palavras (13 Páginas)  •  699 Visualizações

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A educação ambiental não- formal em Maracanaú e seus contributos

para a certificação verde do município.

Magda Silony Maciel

Tereza Maria da Silva Ferreira

Alessandra Sabóia Jucá

Introdução

A questão ambiental vem ganhando importância e exercendo forte pressão sobre as propostas em educação intencional, seja de cunho formal e não-formal, enquanto propostas epistemo-metodológicas para uma concepção educacional contemporânea, que contemplem a dimensão ambiental. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo discutir a contribuição da educação ambiental não-formal na constituição de uma práxis sócia educativa contextualizada, respeitando a multidimensionalidade do micro e macro contextos que relacionam humano - natureza - cultura no município de Maracanaú na tessitura do selo verde , possibilitando assim, que o governo do estado, através da comissão técnica do Conselho de Politicas e Gestão do Meio Ambiente-CONPAM perceba as contribuições da educação ambiental não-formal na constituição de uma nova concepção de cidadania baseada nos paradigmas que envolvem a dimensão ambiental.

Para se obter um meio ambiente saudável e equilibrado é necessária a proteção dos ecossistemas por meio de ações de preservação e conservação dos recursos naturais, como também, da inclusão social. Ainda que de forma incipiente várias cidades e estados, buscam alternativas para as questões ambientais que não estão sendo supridas pelas políticas públicas. Iniciativas são tomadas por organizações não-governamentais, centros comunitários, empresas, mídia, dentre outros. No município de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, não é diferente. O fato de atualmente sediar três distritos industriais faz com que Maracanaú detenha a segunda maior arrecadação de ICMS do Estado, atrás apenas da capital Fortaleza. Em contrapartida, o Município apresenta o maior desafio ambiental do estado do Ceará, não apenas pelo potencial poluidor de seus Distritos Industriais, mas também pela ocupação desordenada de seus Conjuntos Habitacionais.

Diante disso, surgem algumas indagações que norteiam a elaboração deste apontamento. Qual o papel da educação não-formal nas propostas epistemo-metodológica em educação ambiental no contexto sócio ambiental de Maracanaú? Ou mais especificamente qual o papel da sociedade civil organizada enquanto parceira das políticas públicas em educação ambiental da Secretária Municipal de Meio Ambiente de Maracanaú-SEMAM?

Entendendo a importância de se identificar, conhecer e referenciar propostas de políticas municipais para educação ambiental delimitamos os contornos de uma Educação Ambiental crítica, que tenha componentes como a solidariedade, participação afetiva, a práxis política, ou seja, uma Educação Popular Crítica de matriz Freiriana, como Figueiredo (2005) e Loureiro (2006). Nesse contexto, analisamos as seguintes instituições organizadas na esfera da sociedade civil: a cooperativa das artesãs e costureiras do Alto Alegre; o movimento de reintegração das pessoas atingidas pela hanseníase-MORHAN e a Associação dos Moradores do Santo Sátiro, todas localizadas em bairros de Maracanaú-Ce.

Assim, o presente artigo possui características de estudo de caso de cunho exploratório. O Estudo de Caso é um tipo de estudo caracterizado como aquele que “visa a proporcionar ao pesquisador uma maior familiaridade com o problema” (VIEIRA, 2002, p.65). A escolha do Estudo de Caso foi realizada, visando o desejo de investigar fatos atuais em contexto real (YIN, 2005). Partimos de uma revisão bibliográfica, tendo em vista o entendimento do problema proposto.

Procedemos posteriormente, a uma aproximação com os presidentes das entidades pesquisadas e o coordenador do Selo Município Verde em Maracanaú. Essa aproximação permitiu a coleta de dados, assim como as entrevistas não estruturadas descritas por Lakatos (1991), definindo como sendo entrevistas, nas quais o entrevistado tem liberdade para desenvolver a situação na direção definida por ele como sendo a mais adequada, explorando, assim, mais amplamente uma questão. Zaltman (1997) afirma que, da comunicação verbal, pode ser extraída a compreensão das idéias e preceitos do entrevistado.

Além das entrevistas utilizamos a técnica de análise documental. Após a coleta foi realizada a análise. Para estes fins, fizemos uma triangulação de dados, a fim de relevar os critérios teóricos (obtidos através da literatura acadêmica) comparados às evidências empíricas obtidas (resultantes dos processos de observação, análise documental e posterior emprego de entrevistas diretas).

Educação não-formal e suas dimensões: conceitos e definições essenciais

Na tentativa de explicarmos o termo educação, Libâneo (2004, p. 87), diz que “Num sentido mais amplo, a educação abrange o conjunto de influências do meio natural e social que afetam o desenvolvimento do homem e sua relação ativa com o meio social”. Bem como se faz necessário distinguir e explicitar duas modalidades de educação intencional: a Formal que se refere a tudo que implica uma forma, ou seja, que seja inteligível, estruturada, organizada, sistemática e intencionalmente planejada, ou mais diretamente, a educação escolar convencional. Já a educação não-formal são aquelas atividades que embora também sejam intencionais, possuem baixo grau de estruturação, organização e sistematização com relações pedagógicas não formalizadas, as quais têm nos movimentos sociais organizados na cidade e no campo, as atividades comunitárias, as de cunho cultural, etc. dentro da escola ela está nas atividades extra-escolares como atividades complementares interligadas a educação formal.

A questão central encontra-se então em como tais processos podem ser transformados em ações conscientes, e em que medida pode caminhar efetivamente na constituição de uma consciência crítica que promova ações de forma contextualizada, com a visão geral e crítica da realidade. Conforme descreve Figueiredo (2003, p. 46):

O ser humano é concebido como uma unidade interativa, um todo interatuante, multidimensional (inteligência cognitiva, emocional, sinestésica, intrapessoal e interpessoal), indivisível (corpo físico, sentimento e psique) embora interligado com o todo ao seu derredor).

As dimensões da educação apresentadas neste trabalho correspondem às funções da atividade humana tidas como prioritárias nas ações educativas

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