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A Era Do Drible E O Condominio

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Por:   •  6/9/2014  •  589 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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A ERA DO DRIBLE E O CONDOMINIO

O futebol entra na vida do brasileiro bem cedo. Para quem viveu no interior em tempos idos, começava a dar seus primeiros chutes nas laranjas que caíam do pé e, para incômodo dos mais velhos, as colhidas também entravam no jogo. Depois de aprender que isso não devia ser feito, chegava a fase da bola de meia. Então, os carpins envelheciam rapidamente para permitir que se transformassem em diversão. A vigilância dos familiares aumentava. Mas, se corria nos campinhos, nas calçadas e – glória! – nos campos de futebol propriamente ditos. Quando se alcançava esse estágio, pelada de calçada perdia a graça. A transição da bola de meia para a de couro era inesquecível, ainda que esta fosse algo ovalada. O imperfeito se compensava com o excitamento e a imaginação.

Cada um teve, a seu modo, a sua iniciação, o seu aprendizado e a sua formação futebolística. Afora os especialistas, todo o mundo é um pouco jogador e é um pouco técnico. Na sua concepção rudimentar, a vontade é de fazer golos. Quem tomava a bola partia para fazer o seu. A evolução mostrava que sozinho não se ganha e o passe se impunha naturalmente. A defesa não seria simplesmente mandar a pelota para a frente e, para marcar o gol, ficar esperando que ela caísse nos seus pés, interrompendo seu animado papo com o goleiro adversário. Costurar as ações é o que convinha e a Seleção Brasileira de 1970 mostrou à perfeição a importância do trabalho em conjunto.

Veio a vez do preparo físico. O chamado futebol-força ganhou adeptos e tivemos times cujos integrantes pareciam onze Hércules a serviço da regularidade de desempenho e de vitórias avassaladoras. Zagueiros parecendo pilastras, ponteiros velocíssimos e centroavantes exímios cabeceadores.

Ao longo da história, técnicos cada vez melhor preparados foram inventando sistemas novos. Às combinações clássicas se seguiram as de marcação por zona, ferrolho e outras. Ficaram famosas as preleções desses profissionais que somaram à cultura física a sofisticação das táticas e da psicologia. Até o modo de mostrar a escalação dos clubes mudou.

Mas, através de toda essa trajetória, perpassa a delícia das delícias do torcedor: o drible e os dribladores. A agilidade aliada à astúcia, a posição no espaço de jogo com a oportunidade, a intuição aguda que leva á glória e ao delírio das massas. O expoente desse estilo, sem dúvida, foi Garrincha. O ponta-direita botafoguense, cujas diabruras em campo encantaram o mundo, transformou a imagem de suas fintas em monumentos. Ainda hoje, mesmo sob o império da idéia do domínio de bola e do trabalho coletivo em campo, as coreografias desses talentos da pelota fazem a platéia levantar.

Cada condomínio tem sua história e é difícil que se a enxergue como emocionante ou memorável. O trivial aparenta ser inexorável. Os dias se sucedem e se tem sempre do mesmo. Não se distingue o esforço dos moradores em manter a rotina. A ginga do síndico para controlar o orçamento desaparece nas incessantes necessidades da conservação da propriedade, do funcionamento dos equipamentos e do esforço para estimular a boa convivência. Mas, uma mirada carinhosa no ambiente nosso de todos os dias mostrará fases de brilho insuspeitado no caminho que se percorreu desde

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