A Escassez Da Agua E As Relações Internacionais
Trabalho Universitário: A Escassez Da Agua E As Relações Internacionais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: praxe_reis • 21/11/2014 • 1.026 Palavras (5 Páginas) • 315 Visualizações
1 - A ESCASSEZ DE ÁGUA E AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
A escassez de água já é uma realidade, lugares e pessoas que nunca imaginaram perder tal recurso enfrentam hoje a dramática falta de água, como é o caso de grande parte de São Paulo e Minas Gerais, que devido ao mau uso do recurso natural, estão tendo que lidar com o racionamento imposto pelos governos visando amenizar o drama da escassez de água.
Há não muito tempo atrás falar que a água poderia acabar era loucura, muitos se quer levantavam essa hipótese, pois acreditavam que era um recurso inacabável.
Porem o que se percebe hoje é que se não houver uma intervenção por parte de todos, incluindo a conscientização de que é preciso usar a água de forma sustentável ela irá acabar.
A água ocupa 70% da superfície da Terra. A maior parte, 97%, é salgada. Apenas 3% do total é água doce e, desses, 0,01% vai para os rios, ficando disponível para uso. O restante está em geleiras, icebergs e em subsolos muito profundos. Ou seja, o que pode ser potencialmente consumido é uma pequena fração.
Se pararmos para analisar perceberá que não existe tanta agua própria para consumo como se imaginava a cerca de 10 anos atrás ou mais. Pesquisadores alertam que se não forem tomadas medidas emergenciais haverá escassez de agua, sem contar que o volume disponível não é dividido de maneira igualitária, fazendo com que alguns lugares possuam mais do que outros, o que vem a gerar conflitos.
O aumento da população mundial e por consequência da agricultura e o desmatamento das encostas dos rios, a poluição, são alguns dos principais fatores para a diminuição do fluxo de agua potável. Se mantivermos esse ritmo não haverá em um futuro muito próximo quantidade suficiente para a continuidade da vida.
Conflitos internacionais envolvendo a questão da água têm surgido em várias regiões, principalmente em função de atitudes de países localizados na parte superior da bacia. Esses países constroem reservatórios, poluem os corpos d’água ou causam sua eutrofização, comprometendo a quantidade e/ou qualidade da água de países situados mais abaixo na bacia. A eutrofização é o aumento do teor de nutrientes (principalmente fósforo e nitrogênio) em um ambiente aquático, que leva à excessiva proliferação de certas cianobactérias e plantas (como o aguapé), alterando o equilíbrio ecológico.
Problemas desse tipo tendem a serem maiores quando envolvem nações onde a água é naturalmente escassa. No golfo Pérsico, por exemplo, as ameaças à paz surgem não só das disputas que envolvem o petróleo, mas também das relacionadas à água. Mais próximos da realidade brasileira estão os debates ocasionais provocados por represamentos do rio Paraná, dentro do país, mas que afetam o estoque e a qualidade da água que chega à Argentina. Esses conflitos podem aumentar, no caso de bacias hídricas divididas por países em desenvolvimento, quando estes buscam seguir o modelo de desenvolvimento adotado por nações mais ricas, baseado no uso de grandes quantidades de água e energia.
Segundo alguns dados apontados por pesquisadores apenas nove nações possuem cerca de 60% de toda a água doce disponível para abastecimento mundial: Brasil, Rússia, China, Canadá, Indonésia, EUA, Índia, Colômbia e a República Democrática do Congo. Contudo, as variações locais, dentro dos próprios países, costumam ser muito significativas.
Tais fatores contribuem para conflitos, tanto locais como internacionais. São exemplos de conflitos que vêm sendo travados pelo acesso à água em todo o mundo, a guerra dos seis dias, entre Israel e Palestina, foi causada pelo controle das águas do rio Jordão. O acesso à água também é uma das motivações das brigas entre a Turquia e a Síria e até mesmo da Guerra do Iraque. A Turquia represou as águas do rio Tigre e Eufrates. “Ao alterar o fluxo
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