A Escola Transmissora De Cultura
Dissertações: A Escola Transmissora De Cultura. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Bel02 • 6/1/2015 • 814 Palavras (4 Páginas) • 1.389 Visualizações
A Escola Transmissora de Cultura
Partindo do principio que o processo educativo procura moldar os indivíduos de modo a que estes não só se tornem aptos a desfrutarem de qualidade de vida em sociedade, como a serem, também eles transmissores de cultura, imediatamente entendemos a importância da escola e do sistema educativo.
A educação visa o desenvolvimento intelectual e físico do homem, conferindo-lhe as aptidões necessárias para a maximização das suas competências, a fim de que este interaja de forma útil e positiva no meio que o rodeia, na sua cultura. A educação escolar desempenha um papel de sociabilização, contribuindo para a interiorização pelo indivíduo dos valores da sociedade. Deste modo não podemos conceber as aprendizagens desligadas do contexto social.
A educação só faz sentido se habilitar o individuo a, um dia, ser capaz de atuar socialmente e por isso é fácil deduzir que as reformas educativas são o meio de atualizar as estratégias de ensino de modo a tornar a educação mais eficaz. A educação é influenciada cada vez mais por fatores socioeconômicos e políticos, e é nesta conjuntura participativa que cresce o seu papel em relação ao desenvolvimento como compromisso social.
A escola é, sem dúvida, um agente de peso responsável pela aquisição de valores e construção de caráter dos indivíduos que determinarão o perfil das gerações vindouras e conseqüentemente o rumo da sociedade.
Desigualdades Sociais e Culturais
Numa abordagem antropológica, a identidade é uma construção que se faz com atributos culturais, isto é, ela se caracteriza pelo conjunto de elementos culturais adquiridos pelo indivíduo através da herança cultural. A identidade confere diferenças aos grupos humanos. Ela se evidencia em termos da consciência da diferença e do contraste do outro.
A proposta de uma educação voltada para a diversidade coloca a todos nós, educadores, o grande desafio de estar atentos às diferenças econômicas, sociais e raciais e de buscar o domínio de um saber crítico que permita interpretá-las.
Nessa proposta educacional será preciso rever o saber escolar e também investir na formação do educador, possibilitando-lhe uma formação teórica diferenciada da eurocêntrica. O currículo monocultural até hoje divulgado deverá ser revisado e a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas. E a escola terá o dever de dialogar com tais culturas e reconhecer o pluralismo cultural brasileiro.
Nós, como educadores, temos a obrigação não só de conhecer os mecanismos da dominação cultural, econômica, social e política, ampliando os nossos conhecimentos antropológicos, mas também de perceber as diferenças étnico-culturais sobre essa realidade cruel e desumana.
A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural e também é o local mais discriminador. Tanto é assim que existem escolas para ricos e pobres, de boa e má qualidade, respectivamente. Por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino- aprendizagem. A escola em que ele foi formado e na qual trabalha é reprodutora do conhecimento da classe
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