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PRÁTICA DA EDUCAÇÃO, INVESTIGAÇÃO NA ESCOLA DIÁRIA E CULTURA CONTEMPORÂNEA

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Por:   •  21/12/2013  •  Tese  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  444 Visualizações

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AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, A PESQUISA NO COTIDIANO ESCOLAR E A CULTURA CONTEMPORÂNEA

Silma do Carmo Nunes Faculdade Católica de Uberlândia

Resumo Este texto objetiva discutir as relações que se estabelecem entre práticas pedagógicas, pesquisa e cultura contemporânea. O eixo dessa discussão é uma abordagem histórica e sociológica por entendermos que a preocupação em analisar o entrelaçamento da cultura e da educação são questões que permeiam diferentes tempos e espaços históricos. Assim, tentamos mostrar de que modo os elementos que compõem o fazer pedagógico são, ao mesmo tempo, determinantes e determinados pela cultura da época, mas levando-se em consideração que, também, esses mesmos elementos constitutivos das práticas pedagógicas, da escolarização e da construção de saberes relativos à educação são essenciais na construção na mentalidade de uma época histórica, tanto do passado como do presente.

Palavras-Chave: Cultura; Práticas Pedagógicas; Escolarização; Pesquisa; Conhecimento.

A influência da cultura na educação não é algo da contemporaneidade. Em todos os períodos históricos o que se ensinou na educação escolar e o que se produziu em termos de conhecimentos científicos estiveram relacionados com a cultura do momento. Neste texto trataremos das práticas pedagógicas e da pesquisa sobre os conhecimentos escolares tendo como referência uma abordagem antropológica e sociológica, de cunho qualitativo e etnográfico. Portanto o que ressaltaremos como fundamentos da análise aqui realizada é que o trabalho de pesquisa e de práticas pedagógicas leva em consideração os costumes, os eventos, as festas e os ritos que acontecem na escola, as técnicas de ensino, os materiais pedagógicos, o cotidiano da sala de aula ou dos lugares onde a educação, historicamente, se realiza ou se realizou. Enfim, o real que acontece, cotidianamente, no universo do tempo e dos espaços escolares. Isso, porque como explica André (2003, p. 28), o interesse da etnografia“(...) é a descrição da cultura (práticas, hábitos, crenças, valores, linguagens, significados) de um grupo social, a preocupação central dos estudiosos da educação é com o processo educativo”. Assim, uma das características da pesquisa etnográfica com qual lidaremos neste trabalho “é a preocupação com o significado, com a maneira própria com que as pessoas vêem a si mesmas, as suas experiências e o mundo que as cerca”. (ANDRÉ, 2003, p.

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29). A outra é tentativa de elaboração de “hipóteses, conceitos, abstrações, teorias sem se preocupar com a sua testagem”. (ANDRÉ, 2003, p. 30). Desse modo, ao estudarmos a história da educação na antiguidade, sobretudo no mundo ocidental greco-romano, observamos que ao depararmos com a influência cultural na escolarização da época. Ao constatarmos que a educação era privilégio de uma única classe social – a aristocracia, enquanto a outra parcela da população – a escrava, tinha negado o direito à educação, já podemos observar o quanto a cultura era determinante para garantir o conhecimento, o saber, a escolarização para a sociedade daquele período histórico. O modelo educativo dos gregos, baseado no falar e no fazer, ou seja, na preocupação com a formação do discurso político/filosófico preparando o sujeito da classe dominante para exercer a política na pólis, quando atingisse a velhice, e para ser o guerreiro forte, saudável e, sobretudo, dono de um caráter austero que o fazia sentir-se responsável pela vitória das batalhas travadas, sem fugir à luta, independente de quem fosse o “inimigo” demonstra o quanto a influência cultural do mundo helênico determinou o modelo educativo grego. Também a preocupação com a construção e a transmissão do conhecimento, mas acima de tudo, dos princípios políticos, éticos, morais, religiosos e filosóficos que guiavam a concepção para a formação educativa da sociedade grega era calcada na cultura que determinava a lógica e a visão de mundo da classe dominante grega. E, ainda, o modelo educativo grego, individualizado, sob a tutela e responsabilidade de um pedagogo, quase sempre escravo, demonstra, também, as contradições presentes na cultura grega. Nos princípios da civilização grega, mesmo considerando-se a importância das mulheres enquanto as geradoras dos guerreiros para aquela sociedade, elas eram excluídas

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