A Formação Pedagógica
Por: rozangeladejesus • 17/5/2017 • Relatório de pesquisa • 1.422 Palavras (6 Páginas) • 213 Visualizações
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇAO
SUPERINTENDENCIA DE FORMAÇAO E ATUALIZAÇAO DO PROFISSIONAL DA
INTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇAO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO.
Modulo: Formação Pedagógica
Caderno 2- Educadores e Educando: tempos históricos
Data de entrega: 04/05/2013
Nome cursista: Tatiane vieira da Silva
Nome da tutora: Silene Francisca dos Santos Brizola
Habilitação: Técnico em alimentação escolar
(Infraestrutura Escolar Alimentação Escolar e Secretaria Escolar)
Instituto: CEFAPRO-POLÓ de JUARA/MT
Município: Juara
Memorial
A história nos permite enxergar desde os primórdios da humanidade e compreender por que as civilizações, os povos, se organizaram de determinada maneira, o que foram e como se transformaram naquilo que são.
A História diz muito sobre a nossa identidade, crenças e também sobre o modo como justificamos nossa prática profissional, hoje está havendo mudanças em todos os sentidos, nas famílias, na economia, na política, na religião, no trabalho e como as escolas não poderiam ficar de fora destas mudanças passaram a ter funções muito importantes, não mais somente ensinar a ler e escrever, mas também desenvolver uma prática voltada para o respeito, os valores culturais e sociais. A cultura de um povo sobrevive com a transmissão destes costumes, transmitidos pelos mais velhos aos mais jovens.
A educação formal no Brasil começa em 1549, com a chegada dos padres da Companhia de Jesus. Os padres jesuítas edificaram uma sociedade hierarquizada e autoritária, fazendo com que os indígenas mudassem seus costumes. O objetivo da colonização portuguesa era transmitir os valores, implantando a cultura, a visão de mundo que os europeus tinham.
Em 1759 os padres Jesuítas foram expulsos por Marquês de Pombal, que pretendia fazer mudanças profundas relacionadas a educação e nesta mesma época também foram criadas as aulas régias Também conhecidas como aulas avulsas, essas aulas eram autônomas e isoladas não se articulavam umas com as outras, a educação passou a pertencer ao estado e não mais à Igreja, foi à primeira forma do sistema de ensino público no Brasil, serviam como aulas preparatórias de humanidades; percebendo que a educação no Brasil estava insatisfatória e procurando uma solução instituíram o "subsídio literário" para manutenção dos ensinos primário e médio. Houve um aumento no número de aulas régias, porém ainda muito precário devido à escassez de recursos, de docentes preparados e da falta de um currículo regular. Na prática, o sistema das Aulas Régias pouco alterou a realidade educacional no Brasil, tampouco se constituiu numa oferta de educação popular, ficando restrita às elites locais.
Em 1808, a família real portuguesa transferiu-se para o Brasil, para fugir das dificuldades políticas e econômicas encontradas em Portugal. A presença da corte portuguesa no Brasil, o que gerou transformações na Colônia. Assim, foram criados diversos cursos de nível superior com a finalidade de formar os quadros dirigentes para a administração pública.
As desigualdades sociais eram aparentes enquanto os filhos dos mais ricos iam estudar em Coimbra ou Lisboa, a população mais oprimida tentava mostrar seu descontentamento com as medidas adotadas pelo governo. É importante ressaltar que a educação que se desenhou no Brasil durante o governo de D. João continha forte conteúdo ideológico europeu e discriminativo no sentido de apenas formar quadros de
Profissionais importantes para as elites aristocráticas e da Corte, em prejuízo das classes inferiores.
A constituição federal de 1824, determinava que a instrução primaria era gratuita a todos cidadãos, só que naquela época eram considerados cidadãos somente aqueles que possuíam algum tipo de bem, a lei de 15 de outubro de 1827 é sobre a instrução primária no Brasil durante o período imperial, ela falava que em todos lugares que houvessem população haveria escolas primárias, percebemos que a proposta era de estabelecer a idéia de uma nação brasileira, de um povo civilizado atraves da educação.
Em 1834 houve novas mudanças, as Assembléias Provinciais passavam a ter a incumbência de legislar sobre a instrução pública e criar estabelecimentos próprios para promovê-la, enquanto que o Império era responsável pelo ensino secundário e o ensino superior, com essa descentralização a educação passou por serias dificuldades, visto que nem todas as Assembléias Provinciais tinham condições financeiras para manter o bom funcionamento das escolas. Desse modo, diante das dificuldades já no território brasileiro, outras problemáticas foram geradas a partir da descentralização do ensino.
Durante o período da República dos Coronéis, o governo federal empreendeu várias reformas no campo da educação, porém a população excluída continuava sem direito algum, os problemas como moradia inadequada, doenças, discriminação social permaneciam os mesmos, o que servia para que as elites seguissem como dirigentes. Nas décadas de 20 a 30 ocorreram muitas reformas, percebeu-se a necessidade de escolas primárias e secundárias, pois era visível o grande número de alunos sem direito a educação pública. A ignorância da população causou um atraso industrial, fazia-se necessário disciplinar e transmitir regras de civilidade, ou seja, preparar a sociedade para o sistema capitalista, a modernidade criava outro cenário.
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova consolidava a visão de um segmento da elite intelectual que, embora com diferentes posições ideológicas, tentava interferir na organização da sociedade brasileira do ponto de vista da educação. Redigido por Fernando de Azevedo, o texto foi assinado por 26 intelectuais. Ao ser lançado, em meio a Revolução de 30, o documento se tornou o marco inaugural do projeto de renovação educacional do país. Além de constatar a desorganização escolar, recomendava que o Estado organizasse um plano geral de educação e defendia a bandeira de uma escola única, pública, laica, obrigatória e gratuita.
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