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A Gramatica Comentada Para Concursos

Por:   •  2/9/2021  •  Artigo  •  31.891 Palavras (128 Páginas)  •  84 Visualizações

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Apostila: Português para Concursos – por Edvaldo Ferreira

Apostila de Português

Assunto:

PORTUGUÊS para CONCURSO PÚBLICO

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Apostila: Português para Concursos – por Edvaldo Ferreira

EDVALDO        FERREIRA

ESTRUTURA SINTÁTICA

A ORAÇÃO

Todo enunciado que apresenta verbo é uma oração. Logo, o verbo é o núcleo de qualquer estrutura oracional. Por conseguinte, a análise sintática de uma oração exige que partamos do verbo. Ora os verbos apresentam complementos verbais, ora não apresentam complementos verbais. São complementos verbais: objeto direto e objeto indireto. O estudo dos complementos verbais é chamado de predicação verbal.

Os auditores analisaram os balancetes.

O exemplo acima é uma oração, pois foi empregado o verbo analisar. É a expressão de uma ação. Está flexionado no pretérito perfeito simples do modo indicativo. Contextualiza-se, portanto, a prática de uma ação, o tempo em que essa ação ocorreu, o agente da ação e o referente passivo à ação executada pelo sujeito agente.

O fiscal está apurando as denúncias.

Temos também uma oração. Trata-se do verbo apurar na forma composta. “está” é o seu auxiliar. E “apurando” é o verbo principal no gerúndio. Trata-se de uma locução verbal.

Os relatórios que foram analisados comprometem a candidatura de Luíza.

Cada verbo é uma oração. Temos acima duas orações. Os termos grifados constituem a primeira oração, com um verbo na forma simples. O termo em negrito constitui a segunda oração. Nesta, o verbo analisar está na forma composta, ou seja, verbo auxiliar + verbo principal no particípio. A oração em negrito integra o sujeito do verbo “comprometem”.

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Apostila: Português para Concursos – por Edvaldo Ferreira

A PREDICAÇÃO VERBAL

Há orações que apresentam complemento verbal (objeto direto e objeto indireto). Transitivos são os verbos que trazem complemento. A transitividade direta ocorre quando entre o verbo e seu complemento não houver preposição, embora haja casos de objeto  direto preposicionado. Já a transitividade indireta se caracteriza pelo emprego de preposição entre o verbo e seu complemento. Havendo objeto direto e objeto indireto, temos a transitividade direta e indireta.

E os verbos intransitivos? Intransitivos são os que não trazem complementos verbais. CUIDADO: Existem verbos intransitivos que apresentam preposição, não para formar objeto indireto, mas para compor adjunto adverbial. Observem os exemplos que seguem:

  1. Os cientistas descobriram plausíveis soluções.

Sujeito        v.t.d.        Objeto direto

  • Observe que o verbo em uso é transitivo, ou seja, apresenta complemento. Os cientistas descobriram algo. “plausíveis soluções” complementa o verbo DESCOBRIR. Como o complemento não apresenta preposição, a relação entre verbo e complemento se mostra direta. É bom ressaltar que o sujeito praticou a ação de descobrir e “plausíveis soluções” recebeu a ação. Todo  complemento verbal direto, ou seja, todo objeto direto tem valor passivo.

  1. Os cientistas necessitam de novos dados.

Sujeito        v.t.i.        objeto indireto

  • Já nesse exemplo, o verbo vai buscar complemento com o apoio de uma preposição. A preposição “de” caracteriza uma transitividade indireta. Quem necessita, necessita de algo. Justifica- se, assim, a transitividade indireta, pois entre o verbo e seu complemento existe conectivo prepositivo.
  1. As provas trouxeram complexidades aos candidatos

Sujeito        v.t.d.i.        obj. dir.        obj. indir.

  • O que o contexto verbal nos revela? “As provas” trouxeram algo a alguém. Dois são os complementos verbais. Temos o objeto direto e o objeto indireto. O objeto direto é “complexidades” ; o objeto indireto é “aos candidatos”. Verifique, candidato(a), que o objeto indireto está constituído por três classes de palavras: preposição, artigo e substantivo. A preposição “a” e o  artigo masculino/plural “os” se aglutinam.
  1. Luciano viajou.

v.i.

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Apostila: Português para Concursos – por Edvaldo Ferreira

* A intransitividade se justifica pela ausência de complemento verbal. O prefixo “in” comunica a não transitividade verbal, isto é, o verbo não vai buscar complemento verbal. Intransitivo, portanto, é o verbo que não apresenta complemento verbal ( objeto direto e/ou objeto indireto ).

  1. A polícia chegou ao morro.

v.i.        adjunto adverbial de lugar

  1. Ela assiste em Olinda.

v.i.        adjunto adverbial de lugar

* Os dois exemplos acima demonstram que, às vezes, a palavra verbal traz preposição. Todavia, esse conectivo prepositivo não constitui complemento verbal. A preposição “a” do verbo CHEGAR e a preposição “em” do verbo ASSISTIR ( no sentido de morar, residir ) proporcionam a composição de adjuntos adverbiais de lugar. É mister esclarecer que também é comum um verbo apresentar preposição para constituir adjuntos adverbiais. Com isso, podemos concluir que nem sempre a preposição vinda do verbo gera complemento verbal indireto. É como se o verbo chegasse à sua estabilidade com o apoio do adjunto adverbial.

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