A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA - UM ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA - UM ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DAS MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS, ANALISADO A PARTIR DE SEUS PRINCÍPIOS FÍSICOS

Glacy Ferreira da Silva, João Pedro da Silva Moraes, Mara Cristina Freitas

IFMA/DEP/CAMPUS CENTRO HISTÓ[e-mail]

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O presente trabalho pretende estudar toda a história e evolução da fotografia, do ponto de vista artístico e científico, explicitando suas aplicações e principalmente os princípios físicos que permitiram a construção da máquina fotográfica e todo o progresso ocorrido devido a grande utilidade de tal equipamento.

Assim, pretende-se dar ao ensino de física além da vertente da aprendizagem significativa, da contextualização, onde, ao conhecimento aprendido se dá um significado, um sentido concreto, ou melhor, uma utilidade prática, que é a máquina fotográfica, que de fato é parte da vida de todos nós; será dada, ainda, a dimensão da interdisciplinaridade, na expectativa de relacionar conhecimentos físicos com a matemática, que pode-se dizer já é parte integrante da física, e principalmente, entender essa instrumento, que nada mais é que uma aplicação de conhecimentos de ótica,  do ponto de vista artístico, pesquisando e investigando as várias utilidades da fotografia, como se deu seu processo de evolução e como a física contribuiu para isso.

Desta forma, justifica-se o presente trabalho buscando desenvolver competências e habilidades traçadas pelos parâmetros curriculares nacionais, em especial, as que se seguem no quadro abaixo, e, ainda relacionar disciplinas aparentemente tão distantes com a física e artes, permitindo que o aluno refleta a cerca dos conhecimentos aprendidos e perceba que estão de alguma forma todos interligados separados apenas por uma questão de mero didatismo.

Assim, será feito uma breve exposição sobre a história da fotografia e o princípio físico da máquina fotográfica, resumindo-se, desta forma, o que será abordado no trabalho com maior profundidade.

1.HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

Desde a pré-história, o ser humano sempre teve o intuito de deixar gravadas cenas significativas. Figuras de animais de caça, por exemplo,foram encontradas em interiores de cavernas. As artes visuais, inicialmente pinturas ou desenhos e mais tarde fotos e video-gravações, permitiram identificar momentos importantes da história.

Da parede das cavernas para o papel foram muitos milhares de anos, das tintas até a invenção da fotografia (1826) centenas de anos, até o cinema (1895) dezenas e mais outras dezenas até chegarmos à gravação magnética em vídeo. São todas construções da mesma mente humana que, desde que se formou, aprendeu a gravar cenas na memória.

A primeira grande revolução no registro visual de fatos ocorreu com a descoberta da fotografia, porque tornava possível, a qualquer pessoa, fixar as imagens que desejasse.

A óptica, por sua vez, permite a compreensão de muitos instrumentos como lunetas, lupas, máquinas fotográficas, retroprojetor, data-shows e, sobretudo, a visão. Nesse processo, lâmpadas, telas, lentes espelhos são partes essenciais, entender a natureza das cores, nas figuras impressas, nas fotos, na tela de TV.

Particularmente, o que vai nos interessar é a máquina fotográfica, que, em essência, é uma caixa internamente preta e vazia, provida de um pequeno orifício por onde a luz, transmitida por um objeto, penetra e impressiona um filme fotográfico fixado no lado oposto desse orifício. No século XVI já se sabia projetar uma imagem utilizando uma câmara escura semelhante a da figura abaixo, mas não se sabia como registrar. Isto ocorreu somente três séculos depois, no ano de 1826, quando o francês Joseph Niepce, tirou a primeira fotografia, usando uma câmara escura e um material sensível à luz, o filme fotográfico.

1.1 CÂMARA ESCURA

A câmara escura originalmente consistia num quarto totalmente sem luz, no qual uma das paredes tinha um orifício, através do qual se projetava na parede oposta uma imagem invertida. A primeira câmara fotográfica foi fabricada por Alphonse Giroux por encomenda de Daguerre (1839), em Paris. Consistia em duas caixas de madeira que deslizavam uma dentro da outra para focalizar; uma lente acromática, com tampa metálica capaz de funcionar como obturador; um vidro fosco para a focalização e um suporte para as placas sensíveis. Surgiram mais tarde outros modelos.

As câmaras escuras foram sendo aperfeiçoadas, atingindo um grau de sofistificação que muitas vezes chega a esconder a simplicidade da sua função básica: fazer com que a luz, proveniente de um objeto ou da cena que se deseja fotografar, incida sobre o filme, formando nele uma imagem.

Assim, pretende-se estudar ótica, aliada a conceitos matemáticos, através de uma de suas aplicações, que é a máquina fotográfica, pesquisando  e investigando o porquê de tal objeto ter evoluído tanto e ter se tornado tão popular.

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                         Câmara Escura

2 OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS

Uma das maiores dificuldades do ensino de física é envolver os alunos com esses saberes e ao mesmo tempo contextualizar esse conhecimento com situações experimentadas no cotidiano. Assim, pretende-se estudar a ótica de forma aplicada, agregando aos objetivos expostos a seguir.

Pesquisar sobre a evolução da fotografia do ponto de vista artístico e científico, enfatizando suas diversas aplicações, estudando o princípio físico da máquina fotográfica e sua evolução tecnológica.