A IMPORTANCIA DO PROJETO POLITICO PEDAGOGICO NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
Casos: A IMPORTANCIA DO PROJETO POLITICO PEDAGOGICO NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Sabrina285 • 28/10/2014 • 2.153 Palavras (9 Páginas) • 447 Visualizações
Introdução
O presente trabalho augura tecer algumas considerações referentes ao Projeto Político Pedagógico (P.P.P) da escola atual. E para a efetuação desse objetivo, tomaremos como referencial teórico, textos de fundamental pertinência, pertencentes a Arnoldo Nogaro e Ilma Passos. Veremos que ambos os autores vêem nos chamar a atenção no sentido de nos ajudar a pensar de maneira mais reflexiva acerca do presente contexto educacional. Além disso, veremos no decorrer do trabalho que eles defendem a autonomia da escola, no que concerne a estruturação do P.P.P., ou seja, segundo eles é necessário que haja uma certa rejeição da influência burguesa em relação aos direitos escolares e de acordo com os mesmos, necessitamos mais do que nunca, lutarmos em prol de direitos iguais para todos os estudantes, principalmente na maneira de ensinar.
Desenvolvimento
Antes de qualquer coisa é importante nos dar conta de que o projeto político-pedagógico (P.P.P.) tem se apresentado como objeto de estudos tanto para professores quanto para pesquisadores, perpassando instituições, num âmbito nacional, estadual e municipal. Na busca de um avanço na qualidade de ensino.
Esse estudo que Ilma nos apresenta busca repensar a construção do p.p.p., e evidentemente que quem precisa fazer isso é a própria escola, levando sempre em conta os seus alunos.
Se formos fazer uma retrospectiva do nosso passado, poderemos perfeitamente nos dar conta que os Gregos foram os que primeiro trataram e refletiram acerca do mecanismo educacional, e há evidências de que eles tenham sido os primeiros a relacionarem o político com o pedagógico. A política para eles é possuidora de uma conotação distinta da política atual, pois ela visa a boa formação e a felicidade de todo e qualquer cidadão.
Será que o P.P.P. apresenta alguma função favorável às instituições? Quanto a isso não há dúvidas, pois, o mesmo busca dar a ela uma direção e uma melhor organização interior.
Em razão disso, todo o projeto pedagógico da escola de certa forma é também um projeto político por estar inteiramente ligado ao compromisso sócio-político.
No dizer de Nogaro, a ausência de um P.P.P. impossibilita o desenvolvimento educacional de toda e qualquer escola. É claro que a escola sem ele caminha, mas para aonde?
Na verdade, o político juntamente com o pedagógico é visto como um processo contínuo de reflexão e discussão dos problemas da escola, tentando assim encontrar meios favoráveis á efetivação de sua intencionalidade constitutiva, levando assim, todos o membros da comunidade escolar o exercício da cidadania. Ora, uma das coisas que precisamos saber, é que não se pode entender a questão política-pedagógica como mecanismos dissociados e/ou avulsos, quando ambos andam juntos.
O P.P.P preocupa-se em propor uma forma de organizar o trabalho pedagógico visando uma superação dos conflitos, buscando rechaçar as relações competitivas, corporativas e autoritárias. Na tentativa, de acabar com a rotina do mundo interno da instituição.
A maior obrigação da escola é educar e, por falar em educação, sabemos que ela é um dos fatores responsáveis pela transformação e evolução da sociedade, portanto, precisa dar a sua contribuição. Ela ajuda os educandos à “abrir os olhos” no sentido de perceberem e defenderem seus direitos perante a sociedade, proporcionando-lhes uma maior visão acerca do que compete a eles desenvolver na sociedade em que estão inseridos. Mais ou menos nessa linha Gadotti enfatiza o seguinte: “Todos não terão acesso à educação enquanto todos – trabalhadores e não trabalhadores em educação, estado e sociedade civil – não se interessarem por ela. A educação para todos supõe todos pela educação” (2001, p.40).
É sabido que o P.P.P. está relacionado com a organização do trabalho pedagógico em pelo menos dois momentos decisivos, os quais, com base em Ilma citaremos a seguir: “como organização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imitado, procurando observar a visão da totalidade” (1995, p.14). Entretanto, é necessário entender que o P.P.P. da escola, oferecerá caminhos indispensáveis à montagem do trabalho pedagógico, que engloba o trabalho do docente na ação interna da sala de aula já ressaltado acima. Para a organização desse projeto é de suma importância a ação de todos os que fazem parte do funcionamento da escola, inclusive os pais dos alunos que frequentam a mesma. Com isso, fica claro que é preciso agir em conjunto, só assim, é possível haver um bom funcionamento no dia-a-dia da vida escolar.
Segundo Ilma, para que a construção do P.P.P. seja efetivada não necessariamente se deve induzir os professores, a equipe escolar e os funcionários a trabalhar mais, mas oferecer oportunidades que lhes possibilitem aprender a pensar e a moldar o projeto pedagógico da melhor maneira possível (1995, p.15). Isso nos possibilita entender que a escola não deve seguir normas impostas pelo poder centralizador, mas sim “caminhar com suas próprias pernas”. Pois a escola dessa forma, ou seja, seguindo as ordens da elite, passa a ser vista como inserida na sociedade capitalista, a qual reflete no seu bojo as determinações e contradições da sociedade menos favorecida. Sobre isso Gadotti diz: “Existem muitos caminhos, inclusive para a aquisição do saber elaborado. E o caminho que pode ser válido numa determinada conjuntura, num determinado local ou contexto, pode não ser em outar conjuntura ou contexto” (2001, p.40). Em vista disso, podemos concluir que é extremamente necessário que haja uma cisão entre a imposição da classe dominadora e a organização escolar, e essa ao nosso ver é uma coisa que já deveria ter sucedido há muito tempo, a escola necessita acordar para isso e lutar por sua própria autonomia. A esse respeito, Gadotti afirma o seguinte: ”todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente” (2001, p.37).
De acordo com a autora deve haver uma digna igualdade entre as classes sócias no âmbito de acesso e permanência na escola. Isso significa que não se podem favorecer alguns como normalmente acontece e desmerecer os demais. No olhar de Saviani só será possível considerar o processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a democracia como possibilidade no ponto de partida e democracia no ponto de chegada de se distinguir a democracia como
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