A Infuencia Di Netomismo No Serviço Social
Dissertações: A Infuencia Di Netomismo No Serviço Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: paulavitoria • 25/3/2015 • 1.836 Palavras (8 Páginas) • 1.553 Visualizações
A INFLUÊNCIA DO NEOTOMISMO NO SERVIÇO SOCIAL
A influência do neotomismo no serviço social brasileiro se dá através da forte presença norte americana no Brasil, não só na área financeira e política, mas também na área cultural e assistencialista. A aproximação dos EUA com o Brasil se deu por vários motivos, primeiro que com a eclosão da 2° guerra os EUA necessitavam da matéria prima especifica daqui da Amazônia – a borracha – que seria utilizada nos calçados dos soldados e em pneus dos carros, entre outras finalidades, segundo que sua preocupação aumentava no campo das relações internacionais, em virtude do crescimento das relações comerciais entre Brasil e Alemanha nazista, Vargas havia negociado ativamente com a Alemanha a ajuda para a
Em 1939, atendendo o convite pessoal do presidente Roosevelt foi enviada a Washington a missão aranha, chefiada pelo ministro das relações exteriores Oswaldo Aranha que culminou na assinatura de uma série de cinco acordos, os famosos acordos de Washington, eles estavam inseridos na política da Boa-Vizinhança, que consistia em um esforço para aproximação cultural entre EUA e America latina, sendo assim, assim como houve os acordos na área financeira, aconteceram os acordos na área cultural; Em termos de serviço social, esses acordos significaram mudanças na sua prática com a importação de técnicas de serviço social de casos de início, depois de serviço social de grupo e de comunidade.
Em 1941, os estados unidos da America do norte fizeram um convite aos diretores das escolas de serviço social da America latina para participarem da conferencia nacional de serviço social, que se realizou em atlantic city, promovida pela American Association of Schools Work; Nesse evento, instituições norte americanas ofereceram aos assistentes sócias sul-americanos bolsas de estudos para aperfeiçoamento e especialização em escolas norte americanas.
Vimos que o serviço social nasce no seio do trabalho social da Igreja católica, que, na virada do século XIX para o XX, busca enfrentar a questão social, agravada pelo desenvolvimento do capital. Vimos também que esse enfrentamento tem como princípio e objetivo final o trabalho apostólico dos leigos fiéis. Toda a prática assistencial foi, portanto, no período que vai de fins do século XIX até 1960 (no Brasil), um trabalho religioso. Sendo assim, é evidente que a noção de caridade deveria estar no centro dessa prática. E nós vimos que a noção paulina de caridade teve importância crucial na teologia de Tomás de Aquino. Não por acaso, assim, será o pensamento de Tomás que estará na base do trabalho social da Igreja Contudo, a maneira como Tomás de Aquino influencia esse trabalho e, no bojo deste, o serviço social, é indireta: ela se faz pelo neotomismo. O neotomismo, claro, já é uma releitura de Tomás de Aquino. Por isso mesmo, quando se trata das relações entre neotomismo e serviço social, não aparece com ênfase o tema da caridade, que nessa época já é meio démodé nos círculos intelectualizados. Não aparece, fique claro, nas teorias: nas práticas, podemos supor, com boa margem de acerto, que a caridade tomista era certamente evocada como base ideológica dos trabalhos assistenciais da Igreja.:
Contudo, a maneira como Tomás de Aquino influencia esse trabalho e, no bojo deste, o serviço social, é indireta: ela se faz pelo neotomismo. O neotomismo, claro, já é uma releitura de Tomás de Aquino. Por isso mesmo, quando se trata das relações entre neotomismo e serviço social, não aparece com ênfase o tema da caridade, que nessa época já é meio démodé nos círculos intelectualizados. Não aparece, fique claro, nas teorias: nas práticas, podemos supor, com boa margem de acerto, que a caridade tomista era certamente evocada como base ideológica dos trabalhos assistenciais da Igreja. Duas noções, duas ideias, são destacadas, no neoteomismo. São dois princípios: o da dignidade da pessoa humana; o do bem comum. É esse neotomismo, calcado nesses dois princípios, que será ensinado nas escolas de serviço social a partir de 1936. Nos séculos XVII e XVIII, o ensino do tomismo está em baixa. No XIX começa a ser retomado nas universidades. Mas quem dá o impulso maior – se seguirmos as palavras de Aguiar – será de novo Leão XIII, em sua encíclica Eterni Patris. Nesta encíclica aparece claramente a noção de "ordem e progresso", transcrita na expressão "tradição e progresso". Fica claro, também, segundo um historiador citado por Aguiar, que o pano de fundo desse restabelecimento do tomismo era uma luta entre formas de pensar diante da modernidade . A Université Catholique de Louvain será o epicentro intelectual da restauração do
tomismo, chefiada pelo Cardeal Mercier.
A intenção era formar sob o novo tomismo não só padres mas também pessoas influentes ocupando postos de comando.
Aguiar destaca alguns aspectos do pensamento tomista:
1) a "visão de pessoa humana";
2) alguns "conceitos de sociedade e bem comum";
3) "questão ética". Destas três noções, a primeira é a mais importante.
Não é por acaso que a noção de pessoa está em relevo, aqui. Tomás foi o grande teólogo cristão a tentar oferecer uma explicação aceitável para o mistério da Trindade:
ele afirmava que a natureza divina é una, indivisa; mas as pessoas são três (Pai, Filho e Espírito Santo).
Três pessoas, mas uma só: coeternas e incriadas. O Pai não é criado, nem gerado; o Filho não é criado, mas é gerado;
o Espírito Santo também não é criado, nem gerado, mas é procedente... E por aí vai.
Tomás até poderia evocar Aristóteles para dizer que o Ser se diz de várias maneiras, mas isso seria uma "apropriação indébita"...
O que importa para nós é que pessoa é uma noção metafísica em Tomás.
Significa dizer que a pessoa é o que distingue um ente.
No caso da pessoa humana, é fácil entender qual é esse elemento distintivo:
é a sua união entre um corpo e uma alma, duas substâncias realmente distintas, que, juntas, formam o homem.
A união entre o corpo e a alma distingue o humano tanto das "inteligências separadas" – os anjos – quanto dos seres naturais
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