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A Liberdade Religiosa Teologia

Por:   •  20/5/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.730 Palavras (7 Páginas)  •  225 Visualizações

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Introdução

A visão do ser humano da atualidade é procurar refletir sobre a diversidade etinico-racial existente no planeta, bem como respeitar todo esse universo, para tanto, as nações modernas procuram criar leis que garantam a seus povos o direito ao culto religioso que lhes seja do desejo. Mesmo tendo leis que garantam o direito liberdade religiosa, ainda há preconceitos, falta de informação sobre alguns cultos, incluindo o alfro-brasileiros que recebeu muitas influencias absorvendo traças de outras religiões.

Este trabalho de femenologia religiosa pretende apresentar a visão do mundo afro-brasileiro, mostrar o que de fato é esta pratica, apontar caminhos para o diálogo inter-religioso e respeito a este grupo presente em nossa cultura, país e cidade, levando ao abandono da ignorância.

Liberdade Religiosa

Do mesmo modo como as sociedades mais modernas, e que também respeitam a diversidade de seu povo, a constituição federal brasileira de 1988 prescreve essa liberdade, em seu artigo 3º inciso IV (“constituem objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil....”, “promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, e quaisquer formas outras de descriminação”, enaltecendo também a liberdade de culto religioso, e proteção as organizações religiosas. A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões.

Toda e qualquer cultura, toda nação civilizada, deve respeitar essa multifacetada característica de seu povo respeitando sua dimensão religiosa. Não cabe ao estado apontar no que seu povo deve crer, determinar sua religião, ou como deve praticar sua religiosidade.

Ao povo é dado o direito a pratica religiosa, que pode até ser maioria no território nacional, porém não é exclusiva, deve respeitar outros credos, parecidos ou não, menores ou não, a todos deve ser dado liberdade de expressão sem qualquer tipo de impedimento, político ou outro.

Sincretismo

O sincretismo é a reunião de doutrinas diferentes, com a manutenção embora de traços perceptivos das doutrinas originais. No processo de colonização que formou o povo brasileiro, com a utilização dos africanos como mão de obra escrava estabeleceu um amplo leque de novidades neste cenário religioso. Os escravos, aqui chegados, de várias regiões da África traziam consigo várias crenças que se modificaram no espaço colonial. O contato entre nações africanas diferentes, de modo geral, empreendeu a troca e a difusão de um grande número de divindades.

A Igreja Católica se colocava em um delicado dilema ao representar a religião oficial do espaço colonial. Em algumas situações, os clérigos e os senhores de escravos tentavam reprimir as manifestações religiosas dos escravos, imbuídos da concepção da época, tentavam lhes impor o paradigma cristão. Em outras situações, preferiam fazer vista grossa aos cantos, batuques, danças e rezas ocorridas nas senzalas. Diversas vezes, os negros organizavam propositalmente suas manifestações em dias-santos ou durante outras festividades católicas. Por outro, muitas nações africanas alimentavam as antigas rivalidades contra outros grupos de negros atingidos pela escravidão.

Aparentemente, a participação dos negros nas manifestações de origem católica poderia representar a conversão religiosa dessas populações e a perda de sua identidade. Contudo, muitos escravos, mesmo se reconhecendo como cristãos, não abandonaram a fé nos orixás, voduns e inquices oriundos de sua terra natal. Ao longo do tempo, a coexistência das crendices abriu campo para que novas experiências religiosas – dotadas de elementos africanos, cristãos e indígenas – fossem estruturadas no Brasil.

A partir dessa situação pode-se compreender porque vários santos católicos equivalem a determinadas divindades de origem africana, e ainda, como vários dos deuses africanos percorrem religiões distintas. Na atualidade, não é muito difícil conhecer alguém que professe uma determinada religião, mas que se simpatize ou também frequente outras.

Assim se se observa que o desenvolvimento da cultura religiosa brasileira foi evidentemente marcado por uma série trocas e incorporações, ao mesmo tempo em que podemos ver a presença de equivalências e proximidades entre os cultos africanos e as outras religiões estabelecidas no Brasil, também temos uma série de particularidades que definem várias diferenças. Por fim, o sincretismo religioso acabou articulando uma experiência cultural própria.

Preconceito

Para mudar a concepção de um povo não basta mudar as leis, no entanto elas marcam a vida humana, a constituição de 1824 permitia praticas religiosas não oficiais em âmbito familiar, as constituições de 1830, 1832 e 1840 do Império Colonial já estabelecia os cultos afro como crime.

O preconceito contra religiões afro-brasileiras consiste no juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de atitudes discriminatórias, perante pessoas, lugares ou tradições com base em percepções sociais negativas contra as religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Grandíssima parte da população confunde práticas de pajelanças, espíritas, xamanismo, bruxarias com práticas afro-brasileiros. Outras agressões vêm através das pregações pentencostalistas em seus templos, através da TV, de rádio e até mesmo nas ruas.

As religiões afro-brasileiras se formaram através de um longo e complexo processo histórico. Existem poucos documentos sobre o processo de formação dessas religiões, e alguns consistem em documentos não esclarecedores e preconceituosos, como julgamentos e acusações. Podemos citar ainda, como causa da falta de registro histórico, a da marginalização das religiões, a falta de interesse de intelectuais por uma religião que não dá status como outras e a própria doutrinas destas, que em geral são transmitidas de maneira oral.

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