A Logística Reversa: Pilhas, Baterias E Lâmpadas Fluorescentes
Por: carlaconce • 24/9/2023 • Artigo • 2.610 Palavras (11 Páginas) • 84 Visualizações
LOGÍSTICA REVERSA: PILHAS, BATERIAS E LÂMPADAS FLUORESCENTES
Maria Eduarda da Silva Lisboa Barros¹
Cledimar Bispo dos Santos²
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo averiguar quais os procedimentos corretos para a aplicação da logística reversa em lâmpadas fluorescente, pilhas e baterias. Para atender a esse objetivo, necessário se faz pesquisar os danos causados à saúde pelos componentes destes itens, bem como explanar sobre seu correto descarte e manuseio. Para isso foi utilizada a pesquisa bibliográfica que nos permite a utilização de materiais já publicados e que nos fornece um maior conhecimento sobre o assunto. Os resultados apontam para uma nova visão principalmente dos empreendedores e, por conseguinte, refletindo na saúde pública e do meio ambiente, Isso acarreta em uma enorme economia de recursos naturais e amplia a oferta de produtos, gerando trabalho e renda e incentivando organizações a gerar novos empreendimentos.
Palavras-chave: Logística Reversa. Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
1. INTRODUÇÃO
Em um mundo onde, notadamente, os recursos naturais estão cada dia mais escassos e o consumo segue um rumo desenfreado, torna-se importante pensar e pôr em prática a reutilização de matérias primas, principalmente pelo dano que alguns produtos tóxicos causam ao meio ambiente e à saúde, com seu descarte inadequado. Pensando nisso e, contrariando a economia linear que se baseia no processo - extrair- produzir- descartar encontra-se a economia circular que prioriza a sustentabilidade e, por conseguinte, o reaproveitamento de resíduos sólidos. (MACHADO, 2013).
Assim, em 2010 com a aprovação da lei que estabelece o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), surge a logística reversa que se integra ao conceito de economia circular. (GUARNIERI,2018). Junto a isso, ainda, percebe-se uma mudança considerável nos hábitos de consumidores, que demonstram uma maior preocupação com os aspectos ambientais.
Dessa maneira, o trabalho pretende desenvolver conceitos de logística reversa, sua legislação e sua aplicação no descarte e reutilização de lâmpadas, pilhas e baterias. Para um melhor entendimento do tema optou-se por desenvolver uma pesquisa bibliográfica que, conforme Gil (2018, p.50), “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído de livros e artigos científicos”. Posto isso, serão utilizados autores que versam sobre o tema – Miguez, Guarnieri e Machado, dentre outros, com a finalidade de esclarecer quais os procedimentos corretos para a aplicação da logística reversa de lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias.
Justifica-se este trabalho pela grande relevância em difundir conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolver uma maior conscientização quanto à segurança ambiental e da saúde humana, haja vista tais produtos serem compostos de materiais altamente tóxicos. Para isso será necessário identificar quais os procedimentos corretos para a aplicação da logística reversa de lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, averiguar quais os malefícios causados à saúde pelos componentes de lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, pesquisar as diversas utilidades dos componentes reutilizáveis de lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, verificar o correto descarte e manuseio de lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Borges e Tachibana (2005, p. 5235), “o impacto das atividades humanas sobre o meio ambiente não é um fenômeno recente”. Com a crescente preocupação do ser humano com o meio ambiente é de fundamental importância que haja a conscientização das pessoas envolvidas no manuseio de resíduos, dentre estes, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, haja vista que os principais riscos para o meio ambiente são a contaminação do solo e o comprometimento da saúde de pessoas que circulam pelos locais de descarte. Borges e Tachibana mencionam que,
Historicamente tem-se observado um desencadeamento de fatos contribuintes e agravantes da degradação ambiental vivenciada globalmente, que vão desde o advento do desenvolvimento das atividades agrícolas, passando pela Revolução Industrial, até culminar no atual modo de vida capitalista. (BORGES e TACHIBANA, 2005, P.5235).
Dessa maneira, a Logística Reversa passa a existir com o intuito de resolver diversos problemas percebidos, principalmente, os criados pelo aumento de consumo. Para Chaves e Batalha (2006), os investimentos em logística reversa dentro das organizações surgem da exigência dos consumidores.
A exigência dos consumidores por um nível de serviço mais elevado – que inclui as preocupações ambientais – estaria fazendo com que as empresas implantassem e investissem em atividades de logística reversa como fator de diferenciação e fidelização dos clientes. Assim, a mudança na cultura de consumo dos clientes estaria incentivando de forma importante a logística reversa. (CHAVES, BATALHA, 2006, p.424).
De acordo com estes autores, o desenvolvimento da logística reversa se destacou somente na década de 1990, nos Estados Unidos e Europa, ligados à crescente preocupação ambiental apresentadas pelos consumidores e que resultou em ações legais dos órgãos fiscalizadores e, também, as empresas de processamento e distribuição passaram a perceber a logística reversa como uma importante fonte de redução de perdas. (CHAVES, BATALHA, 2006, p. 425).
Para Leite (2000, apud Rodrigues et al, 2002 p. 2), a definição de logística reversa consiste em,
Uma nova área da logística empresarial, preocupa-se em equacionar a multiplicidade de aspectos logísticos do retorno ao ciclo produtivo destes diferentes tipos de bens industriais, dos materiais constituintes dos mesmos e dos resíduos industriais, por meio da reutilização controlada do bem e de seus componentes ou da reciclagem dos materiais constituintes, dando origem a matérias-primas secundárias que se reintegrarão ao processo produtivo. (LEITE, 2000, apud RODRIGUES et al 2002 p.2).
Souza (2008) define Logística Reversa como “o processo de mover um bem da sua destinação final até a sua origem, com o propósito de recuperá-lo, total ou parcialmente, ou destruí-lo de forma correta”. Para este autor,
Outro canal de logística reversa de pós-consumo tem se tornado necessário, o retorno de produtos altamente nocivos ao meio ambiente. Embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias e assim como produtos utilizados em pesquisas laboratoriais. Estes produtos contêm compostos químicos tóxicos e compostos químicos radioativos, e nestes casos, o perigo, na falta de uma cadeia reversa de recolhimento, é iminente. (SOUZA, 2008, p. 9)
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