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A Noção de documento: De Otlet até os dias de hoje

Por:   •  17/6/2018  •  Abstract  •  707 Palavras (3 Páginas)  •  279 Visualizações

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Escola de Biblioteconomia

Disciplina: Representação Descritiva I

ORTEGA, Cristina Dotta; LARA, Marilda Lopes Ginez de. A NOÇÃO DE DOCUMENTO: DE OTLET AOS DIAS DE HOJE. Datagramazero: revista de ciência da informação, v.11, n.2, abr. 2010.

As  autoras acompanham diacronicamente a noção de documento como objeto de informação, desde Otlet, passando por Briet, pelos estudiosos espanhois e até chegarem aos anglo-saxões. Estes apresentam visão distinta sobre o assunto. Ortega e Lara chamam a atenção para o fato de que a noção de informação já era um pequeno broto a se relacionar com os termos documento e Documentação. O diferencial na corrente anglo-saxã decorre de se distanciarem da noção tradicional, num espectro bem mais amplo do que é documento. A noção clássica de documento é firmada por Otlet, que adota a forma ‘livro ou documento’. Os livros são o receptáculo e o meio de transportes das ideias. O livro abrange as seguintes características: a verdade (o verdadeiro); a beleza (o belo); a moralidade (o bem); a originalidade; a clareza (compreensibilidade); o valor econômico (comercialidade); e a novidade. O livro é conteúdo (ideias) e continente (forma).  Biblión é a unidade intelectual e abstrata. Esta seria o pensamento e o livro um meio de produzir utilidades intelectuais.

A definição de documento para Briet é de se trata de toda base de conhecimento, fixada materialmente, suscetível de ser utilizada para consulta, estudo ou prova. O documento é todo signo indicial (ou índice) concreto ou simbólico, preservado ou registrado para fins de representação, de reconstituição  ou de prova de um fenômeno físico ou intelectual. Tomando como exemplo o antílope, antes livre e depois representado morto no museu, o antílope catalogado é um documento inicial; os outros são documentos secundários ou derivados. Tanto Otlet quanto Briet já alcançam as questões de promoção e acesso à informação, germinada nos termos documento e Documentação, como é entendida hoje em dia.

Escarpit, discípulo francês de Otlet, considera o documento como objeto informacional com dupla independência em relação ao tempo, com sincronia e estabilidade. Estas se manifestam em três funções: icônica, discursiva e documentária.

Meyriat afirma que o documento pode ser definido como um objeto que dá suporte à informação, serve para comunicar e é durável. Pondera que os escritos não são os únicos objetos que têm por função transmitir uma informação. Para ele os escritos não são os únicos tipos de documentos e nem todo escrito é documento. O que vai determina-lo como tal é o seu uso, que pode ser modificado com o tempo.

 Também discípulos franceses, Couzinet, Régimbeau e Courbiéres, afirmam que a noção de documento religa informação, significação e processos de recepção. Hubert Fondin sinalizou a distinção de documento por intenção e por atribuição, mas foi uma noção pouco valorizada. São relativamente ignorados os pesquisadores franceses das Ciências da Informação e Comunicação.  

Um dos discípulos espanhois, Rendón Roja, a ação intencional executada pelo profissional da informação é o que permite converter o produto intelectual num documento, através de estruturas mais profundas, decorrente de atividade intelectual, teórica e criativa. As estruturas empregadas para manipulação do documento são objetivas respondendo à realidade do sistema de informação documentária. A noção de documento proposta pelos primeiros documentalistas, através dos pesquisadores franceses e espanhois, aprofundou-se e atualizou-se nas décadas seguintes.

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