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A PROPOSTA DE NARRATIVA FOTOGRÁFICA

Por:   •  2/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.112 Palavras (9 Páginas)  •  162 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS – CSHNB

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO NO CAMPO/

CIÊNCIAS DA NATURZA

ASSENTAMENTO UNIÃO, GEMINIANO-PI: A HISTÓRIA E A CULTURA NA VOZ DOS ASSENTADOS

                                                                       AILTON DE PAULA SILVA

ANDREIA MARIA BARROSO MACÊDO

MARIA DE NAZARÉ DA C. LIRA

TAMIRES DE MOURA MATOS

PICOS-PI

MARÇO DE 2016

1 PROPOSTA DE NARRATIVA FOTOGRÁFICA

O projeto que nos propomos a desenvolver tem por objetivo investigar a história do surgimento do Assentamento União, localizado na cidade de Geminiano-PI, mediante o relato de seus moradores, tendo em vista a produção de uma narrativa fotográfica.  

Para alcance de tal objetivo, propomos como objetivos específicos: Conhecer a história do surgimento do referido Assentamento, através da narrativa dos moradores. Identificar episódios da história do Assentamento que narram à cultura dos povos do campo. Analisar a história relatada pelos moradores do Assentamento, com o intuito de produzir uma narrativa fotográfica.

Tais proposições se justificam pelo reconhecimento da diversidade de modos de vida no campo, bem como uma oportunidade de conhecer as histórias, memórias e cultura dos assentados. Isso significa valorizar os saberes do campo e a identidade campesina.

A necessidade de investigar a história do Assentamento União emergiu, inicialmente, da exigência do Curso de Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza, da Universidade Federal do Piauí, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros-Picos, que prevê a realização de um projeto, em cumprimento ao período compreendido pelo Tempo Comunidade. Esse período é caracterizado pelo desenvolvimento de projetos nas comunidades dos discentes do referido Curso, que objetiva evidenciar as potencialidades do semiárido piauiense e valorizar as histórias, culturas, saberes e identidades campesinas. Posteriormente, o desejo em realizar este estudo se manifestou pela oportunidade de registrar, documentar e trabalhar com as histórias dos povos do campo, com a intenção de preservar o seu patrimônio cultural material e imaterial e publicizar a cultura campesina.

Percebemos que o desenvolvimento desse projeto nos possibilitará o conhecimento da história do Assentamento União, ajudando a ampliar e articular os conhecimentos adquiridos na academia com os saberes campesinos. Além disso, temos a intenção de apresentar no meio acadêmico a cultura e os saberes dos povos da comunidade, evidenciando os conhecimentos adquiridos pelos moradores na construção do Assentamento União.  

        

2 PESQUISA PRÉVIA

O Assentamento União, localizado no município de Geminiano-PI, que segundo LIMA (2016) tem hoje 150 famílias legalmente assentadas, com base nos dados da Associação de moradores. Segundo os habitantes mais antigos, o surgimento da comunidade se deu no ano de 1996 com a venda das terras de um fazendeiro para o Governo Federal, vindo a iniciar o processo de reforma agrária na região. Lima (2016) ainda relata que o primeiro morador do Assentamento foi agricultor Luiz de Sousa, que chegou na região em julho de 1974. Luiz de Sousa é o tio do fazendeiro Antonio Agemiro de Oliveira, que vendeu as terras para o Governo.

[pic 1]

Segundo a Lei nº 4.504 de 30 de novembro de 1964, que dispõe sobre o Estatuto Terra, no seu Art. 1º explicita que Reforma Agrária é “o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade”. Os lotes de terras do Assentamento União foram ocupados pacificamente por membros do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). Esse movimento segundo Caldart (2001) é fruto de uma questão agrária que é estrutural e histórica no Brasil, advinda da articulação das lutas pela terra, que foram promovidas a partir do final da década de 1970.[pic 2]

No entanto, para a instalação oficial das famílias no Assentamento, necessitou da organização de seus moradores e definição dos critérios de seleção e cadastro das famílias. Isso culminou com a criação da Associação dos Moradores do Assentamento, em 1997, pelos próprios membros do MST. Inicialmente, a Associação promoveu reuniões que eram realizadas no colégio Maria Noeme Pinheiro de Sousa, instalada no próprio Assentamento desde 1987 e que serviu como fonte de apoio e atendimento aos futuros posseiros do Assentamento.

[pic 3]

Depois da criação da Associação de Moradores, no ano de 1999, iniciou a construção das casas, no total de 150, uma para cada família. Porém, houve um atraso na entrega das casas, devido à demora da entrega do material de construção. Então, só por volta de 2001 foram entregues as chaves para os moradores, em seguida veio à construção oficial da Sede da Associação dos Moradores, iniciando de forma efetiva o povoamento da comunidade.

[pic 4]

Outro marco no Assentamento foi no ano de 2002 com a construção da primeira igreja, fundada pelos moradores, com apoio de Padre Mauro, que era o padre da Paróquia de São Francisco de Assis, no Bairro Junco, localizado na cidade de Picos-PI. Este celebrou as primeiras missas do Assentamento, que antes da construção da igreja eram realizadas na escola e na Associação de Moradores. Sensibilizado com a situação dos moradores, propôs a construção da atual igreja, que tem como padroeiro São Jorge Mártir. Essa escolha se deu por na região vizinha não ter comunidades com esse padroeiro.

[pic 5]

Foram, também, criados grupos de moradores dentro da comunidade, como o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), que produz bolos, doces artesanais e sequilhos, utilizando como matéria prima produtos da região, como por exemplo: banana, mamão, goiaba e outros.

Portanto, produção camponesa é aquela em que a família ao mesmo tempo detém a posse dos meios de produção e realiza o trabalho na unidade produtiva, podendo produzir tanto para sua subsistência como para o mercado. (ALTAFIN, 2007, p. 1)[pic 6]

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