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A Perspectiva dos jovens rurais: campo versus cidade

Por:   •  4/6/2017  •  Resenha  •  1.425 Palavras (6 Páginas)  •  386 Visualizações

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Perspectiva dos jovens rurais: campo versus cidade

(resumo e síntese)

( SILVA et. Al. 2006)Atualmente a agricultura familiar vem sendo o centro das atenções por ser um meio alternativo de desenvolvimento para a zona rural, a qual tem capacidade:

-para diminuir a miséria

-para diminuir as desigualdades sociais e econômicas

-para diminuir o mau uso dos recursos naturais

-torná-la mais resistente aos grandes mercados

-torná-la mais eficiente à produtividade

    Esses fatores melhora a qualidade de vida na zona rural e o incentivo para a agricultura familiar faz com que a economia se torne mais concreta, já que a agricultura é um dos principais setores da economia.

(GUILHOTO et. al. 2006) Cerca de 1/3 do agronegócio brasileiro é sucedido da atividade agropecuária desempenhada pelos agricultores familiares, evidenciando sua importância para a geração de riqueza do país.

(LOURENZANI, 2006) A agricultura familiar tem importância na redução do êxodo rural e na criação de condições e oportunidades de trabalho e sobrevivência através dos sistemas de produção e utilização dos recursos naturais .

    A juventude rural é quem vai lidar com o futuro da agricultura familiar. Como eles são incluídos nessa realidade cedo, as questões econômicas e produtiva se torna parte do seu dia-a-dia; assim como percebem as dificuldades. Por isso, eles precisam aprender a solucionar problemas futuros.

(IBGE, 2000) Os jovens brasileiros na faixa etária de 15 a 24 anos, somam 34,1 milhões de pessoas, correspondendo a 20, 1% do total da população; em áreas rurais vivem 5,9 milhões de jovens.

    Esses dados evidencia um problema, assim como uma preocupação com o futuro da juventude rural, como: a sobrecarga do mercado de trabalho na zona urbana, o desaparecimento da agricultura familiar, a falta de mão-de-obra no campo, entre outras.

    Os jovens pesam os prós e contras, tanto da vida no campo quanto no meio urbano. A falta de crédito, a busca da independência financeira, em busca de uma educação, um meio de viver pelas próprias pernas faz às vezes que o jovem vá para a cidade mesmo com os pontos negativos desse meio, como baixa infraestrutura, violência, saúde precária, etc. Eles passam por cima da visão negativa da cidade em busca das oportunidades.  Mas ainda há quem veja o meio rural como algo bom, por fornecer uma atividade autônoma e garantir o alimento.

(BRUMER, 2004)Outro aspecto observado é a predominância de homens jovens no campo, há uma desvalorização das atividades realizadas por ela, levando a sua migração, buscando os centros urbanos atrás de trabalho remunerado e reconhecimento; muitas vezes são incentivadas pelos próprios pais a busca de uma vida “melhor”.

    A interação do jovem aos trabalhos rurais começam cedo, por volta dos 10 aos 12, no ápice de sua adolescência já está responsável por trabalhos mais sérios e complicados. A falta de um escape, como lazer, esportes, momentos para relaxar; fazem com que eles percam um pouco da vivência da adolescência.

Conhecendo-se as tendências migratórias, as visões e perspectivas dos jovens quanto à atividade agrícola, surge a necessidade de inverter a questão e procurar pesquisar aspectos positivos que favoreçam a sua permanência. Desse modo, tornam-se indispensáveis os estudos que analisam o modo de vida, as relações sociais, as condições estruturais, as oportunidades de lazer e acesso a atividades agrícolas e não agrícolas, para jovens de ambos os sexos (BRUMER, 2004).

    O trabalho está sendo realizado na Escola Municipal Salomão Rodrigues Vilela, localizada na vila de Miracica, zona rural do município de Garanhuns, localizada no Agreste Meridional de Pernambuco, a aproximadamente 250 km do Recife.

    As entrevistas aos alunos abordavam assuntos pessoais, econômicos, familiares, perspectiva futura, trabalho atual dos mesmos. Já o questionário dos técnicos e autoridades locais trazia questões relacionadas às principais culturas na comunidade, área média das propriedades, renda, estrutura familiar, estrutura patrimonial, acesso a recursos (assistência técnica, crédito, etc.); acesso a canais de comercialização e compras e suprimentos, inserção nos mercados locais e regionais e utilização de crédito PRONAF. No questionário dos professores e da diretora da escola foram abordados assuntos com relação ao perfil dos alunos (interesses, dificuldades, comportamento) na percepção deles.

    Foram realizadas as entrevistas com um número total de 335 alunos, 10 professores, a diretora da escola, dois técnicos e uma liderança local. A maior parte das famílias, 77%, reside na propriedade rural já os outros 23% residem na vila de Miracica.

    Com relação ao tamanho das propriedades rurais da região, os que souberam informar 36,5% afirmaram que a propriedade tem de um a quatro hectares e apenas 8,5% dizem ter mais de quatro hectares. O fato das propriedades serem relativamente pequenas ocorre devido a divisão das terras, pois como os núcleos familiares são grandes, quando acontece a partilha pelos herdeiros a tendência é cada vez mais essas propriedades diminuírem, o que torna muito difícil manter uma produção.

    A renda das famílias da região advém da comercialização dos produtos das atividades agrícolas por eles realizadas, 77% dos jovens afirmam comercializar a produção, porém muito deles disseram que essa comercialização só acontece quando há excedente na produção sem que haja um planejamento produtivo nesse sentido e esse excedente é esporádico.

    Em grande parte, a renda da produção rural é complementada com auxílios do governo, aposentadorias ou benefícios do INSS, trabalho em outras propriedades e temporários. Dos 335 jovens entrevistados, 239 afirmaram receber auxílio do governo como o “bolsa família”, 69 disseram ter alguém na família beneficiário do INSS, 103 disseram trabalhar também em outras propriedades e 24 realizam algum tipo de trabalho temporário como pedreiro, diarista, entre outros.

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