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A Prevalência da Automedicação em Estudantes Universitários

Por:   •  14/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.552 Palavras (11 Páginas)  •  79 Visualizações

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Campus Académico de Silves

Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Algarve

Ciclo de Estudo em Enfermagem

2º Ano/ 2º Semestre

Prevalência da Automedicação em estudantes Universitários – Revisão Sistemática

Discentes:

- Catarina Domingos Robles;

Silves, 14 de abril de 2020

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Campus Académico de Silves

Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Algarve

Ciclo de Estudo em Enfermagem

2º Ano/ 2º Semestre

Prevalência da Automedicação em estudantes Universitários – Revisão Sistemática

Discentes:

- Catarina Domingos Robles;

Docente:

Beatriz Miguelli

Silves, 14 de abril de 2020


INTRODUÇÃO

        A automedicação é uma prática que incide na administração de medicamentos de venda livre, sem a prescrição médica, para tratar sintomas ou distúrbios auto-diagnosticados, pode ser também para o uso contínuo e a reutilização de medicamentos prescritos para doenças recorrentes, ou seja, medicamentos que já estavam em suas casas, prescritos para outro tipo de problemas e que as pessoas reutilizam, para se auto-medicar (Alshahrani et al., 2019).

        A automedicação, quando adotada corretamente, pode ser mais conveniente, alivia a dor aguda e reduz o custo do tratamento e o tempo de interação com o médico. No entanto, pode comprometer o bem-estar humano e resultar em graves complicações relacionadas à saúde, quando implementadas de forma inadequada, como nos casos de autotratamento com fármacos sujeitos a receita médica. O objetivo principal da automedicação é lidar com problemas de saúde que não são particularmente graves ou não tanto importantes, como desconfortos leves ou dor, resfriados ou cefaleias, enquanto não está associado ao tratamento de doenças mais graves (Alshogran et al., 2018).

        Num estudo realizado anteriormente verifica-se que, a prática de automedicação se deve a diversas razões, como o desejo de economizar dinheiro, presença de pequenos problemas de saúde que não precisam de uma visita ao médico, experiência anterior com eficácia de medicamentos e longa espera na clínica médica ou em hospitais (Alshogran et al., 2018).

        Noutro estudo afirma-se que o aumento da prática de automedicação é devido, por exemplo, a  formas de propaganda farmacêutica, por meios de comunicação social e do constante lançamento de novas opções terapêuticas na procura de numerosos consumidores terapêuticos ou na crescente disponibilidade de medicamentos insentos de prescrição, ou seja, que não são necessários receitas médicas (Fontanella et al., 2013).

        A prática de automedicação é um problema geral, que afeta especialmente os países em desenvolvimento, liderado por motivações económicas e sociais. Mas por outro lado, a prática adequada de fármacos sem receita médica, pode reduzir a carga sobre os governos e os sistemas de saúde, reduzindo o tempo de espera no hospital para receber tratamento médico e reduzir o custo geral dos serviços de saúde (Alshahrani et al., 2019).

A prevalência da automedicação nos estudantes universitários é elevada, varia entre 96,8% a 98,7% (Alshogran et al, 2018). Num estudo realizado em Portugal, em estudantes de Enfermagem e Ciências da Comunicação a percentagem relativa à prática de automedicação foi de 84,6% e 89,3%, respetivamente (Ricardo, 2011).

Uma vez que ainda são escassos os estudos a nível nacional, o objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da automedicação em estudantes universitários.

METODOLOGIA

        O presente estudo consiste numa revisão sitemática. Uma revisão sistemática é uma revisão, ou seja, é uma forma de pesquisa que utiliza o tema de vários artigos já realizados por outros autores; este tipo de estudo disponibiliza um resumo de evidências relacionadas com a estratégia de intervenção específica, é aplicado métodos explícitos e sistematizados para realizar o estudo, tal como apreciações críticas e sínteses de informação já selecionadas. As revisões sistemáticas são muito úteis para integrar as informações de um conjunto de investigações realizadas separadamente sobre determinada terapêutica/intervenção, podendo apresentar resultados que permitem identificar temas que necessitem de uma maior evidência, auxiliando na orientação ou em sugestões para investigações futuras (Sampaio et al., 2007).

        

Estratégia de escolha dos estudos

        

A pesquisa dos estudos foi feita a partir das seguintes bases de dados eletrónicas: SciELO, PudMed e Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP).

A pesquisa ocorreu nos finais do mês de fevereiro de 2020.

As palavras-chaves utilizadas em língua portuguesa para a pesquisa dos artigos foram “prevalência”, “automedicação”, “universitários”, enquanto que, na língua inglesa foram “prevalence”, “self-medication” e “university students”.

Critérios de inclusão

Foram considerados para análise somente artigos cujo texto integral estivesse disponível de forma gratuita, artigos com um limite temporal estabelecido entre 2018-2020. Na base de dados Pubmed, as palavras-chave foram pesquisadas nos resumos e nos títulos, incluíndo todos os medicamentos. Foram excluídos os artigos de revisão de literatura, revisão sistemática, resumos, teses de licenciatura, mestrados, doutoramentos e estudos experimentais.

Na figura 1, está representado o ornograma que apresenta todos os procedimentos para a eleição dos artigos para estudo.

Figura 1: Organograma

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RESULTADOS

Na tabela 1, está representado os resultados dos artigos estudados para fins da Revisão Sistemática

Tabela 1: Tabela dos resultados dos 3 artigos, analisados na Revisão Sistemática

Artigo 1

Artigo 2

Artigo 3

Autores; título; ano de publicação

Osama Y Alshogran, Karem H Alzoubi, Omar F Khabour e Shatha; Padrões de automedicação entre estudantes universitários médicos e não médicos na Jordânia; 2018

Sultan Alshahrani, Sirajudeen Shaik Alavudeen, Khaled M Alakhali, Yaser Mohammed Al-Worafi, Ahmed K Bhamdan e Easwaran Vigneshwaran; Automedicação entre estudantes da Universidade King Khalid, Arábia Saudita; 2019

Scuri Stefania, Petrelli Fabio, Tanzi Elisabetta, Qui Cúc Nguyen Thi e Grappasonni Iolanda; Estudantes universitários europeus de farmácia: pesquisa sobre o uso de medicamentos; 2019

Objetivo do estudo

Explorar a prevalência, atitudes, determinantes e fontes de automedicação entre estudantes de medicina e não médicos da Jordânia

Explorar o padrão de automedicação entre os estudantes da Universidade King Khalid, na Arábia Saudita

Explorar os estudos sobre a disseminação da automedicação nas populações de estudantes universitários, sem focar apenas nos estudantes de medicina

Ano da recolha de dados

O autor não apresenta dados

Entre outubro de 2018 e fevereiro de 2019

Entre 2015 a 2017

Amostra

504 estudantes (248 de medicina e 256 não médicos)

Sexo: 55,7% feminino e 44,3% masculino

Idade entre os 18 e os 21 anos

502 estudantes

Sexo: 55,1% feminino e 44,9% masculino

4275 estudantes nas universidades de 4 países

Sexo: 51,4% feminino e 45,4% masculino

Idade média: 21,9 ± 2,2

Instrumento de medida

Questionário autoaplicável

Questionário autoaplicável

Questionário em forma de entrevista

Principais resultados

Prática de automedicação: 96,8% Automedicação em estudantes de medicina 82,3%

Automedicação em estudantes não médicos 73%

Automedicação por:

Cefaleias 81,9%

Resfriado 58,3%

Gripe 53%

Dor de dente 31%

Prática de automedicação: 98,7%

Diferença significativa entre estudantes não médicos e médicos em termos da prática de automedicação. A maioria dos estudantes não médicos considerou a automedicação segura e prefere não ler o folheto informativo antes de tomá-lo. Quase o dobro dos estudantes de medicina, comparativamente com os estudantes não médicos adquire antibióticos como automedicação

Automedicação em:

Analgésicos: 81,4%

Tratar gripes e resfriados: 29,4%

Antibióticos: 28,2%

Nasais: 26,7%

Tosse xaropes:25,8%

Antipiréticos: 20,8%

Automedicação: 45,3%

45% dos estudantes automedicam-se e deixam de tomar os medicamentos quando querem

Automedicação em:

Analgésicos e antipiréticos: 80%

Cefaleias: 76,5%

Dor de dentes: 5,8%

Outras fontes de dor: 16,2%

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