A Produção de Conhecimento
Por: Soraia Delfino • 21/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.480 Palavras (6 Páginas) • 204 Visualizações
CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL UNINTER
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
Soraia Delfino da Silva, RU:637598
TURMA: 2015/08 – PAP: Altônia – Pr
Será desenvolvido aqui um relatório sobre assuntos tratados na fase 1 do modulo A 2016, referentes as disciplinas de A TEMÁTICA CULTURAL EM EAD (Competência intercultural) e Tecnologia da Informação e da Comunicação Aplicada à EAD (Design instrucional).
Competência intercultural
O termo competência é utilizado de várias formas, inclusive como sinônimo de capacidade, para designar a habilidade de atender às demandas complexas dentro de um determinado contexto.
Durand (1998) construiu um conceito de competência baseado em três dimensões: conhecimentos (saber o que fazer), habilidades (saber como fazer) e atitudes (querer fazer). Essas dimensões são interdependentes, pois, para cada situação, a pessoa necessitará utilizar não apenas conhecimentos, mas também valer-se de habilidades e atitudes adequadas.
Perrenoud (1999, p. 7), num enfoque mais voltado à área educacional, define competência como a “capacidade de agir com eficácia em determinadas situações, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles”. Dessa forma, diante das situações, o ser humano utiliza recursos cognitivos e cria operações mentais para enfrentá-las. Isso representa esforço e atenção e faz com que o indivíduo realize uma ação adaptada à situação em questão.
Para Le Boterf (1995), a competência é um saber-agir responsável, reconhecido pelas outras pessoas e que implica na capacidade de mobilizar, integrar e transferir conhecimentos, recursos e habilidades, num determinado contexto. Adquire-se competência pelo processo de socialização do indivíduo, sua formação educacional e até mesmo experiência num determinado campo profissional.
Para os fins do tema aqui desenvolvido, competência deve ser entendida como uma combinação de atitudes, conhecimentos e habilidades, aplicados por meio da ação em qualquer situação relevante. É a capacidade de responder com êxito às situações que apresentam tarefas, dificuldades e desafios para o indivíduo, isoladamente ou em conjunto com outras pessoas, tal como acontece em encontros interculturais.
Considerando a miríade de diferenças culturais existentes no mundo, as relações interculturais representam o intercâmbio com aqueles que carregam um substrato cultural diferente. Sendo assim, competência intercultural é a capacidade de se comunicar e, principalmente, interagir de forma exitosa com as pessoas de outras culturas.
Lustig e Koester (2003), ao usar o termo competência intercultural, apontam para seus elementos-chave, que são o contexto interpessoal e situacional, o grau de adequação e eficácia da interação, conhecimento suficiente, motivações e ações.
A competência intercultural tem a ver com qualquer das formas de interatividade entre membros de diferentes grupos culturais e se constitui num conjunto aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais que são suporte efetivo e apropriado a essas interações.
Um indivíduo é dotado de competência intercultural quando capta e compreende, na interação com pessoas oriundas de outras matrizes culturais, suas formas de pensar, agir e sentir, respeitando os diferentes valores crenças e comportamentos, superando assim possíveis diferenças globais ou regionais.
Aqui, o termo respeito significa que a pessoa considera, aprecia e valoriza o outro, que todos os participantes da situação estejam igualmente satisfeitos, que a interação ocorra dentro das normas culturais esperadas e que todos os envolvidos sejam capazes de atingir, pelo menos em parte, seus objetivos na interação.
Nesse ponto é apropriado relembrar a Teoria da Ação Comunicativa proposta por Jürgen Habermas (1989) e que apregoa a interação entre indivíduos, não como imposição de ideias e domínio sobre os outros, mas, sim, como uma forma de conduta que busque uma associação intersubjetiva entre as pessoas. Habermas, partindo de uma teoria geral da verdade, assume que o critério da verdade é o consenso dos que argumentam, e defende a ideia de que argumentar é uma tarefa eminentemente comunicativa. Por isso, o “discurso intersubjetivo” é o lugar próprio para a argumentação. Isso pressupõe o entendimento entre os indivíduos que procuram, pelo uso de argumentos racionais, convencer o outro, ou deixar-se convencer a respeito da validade de determinada norma – daí seu compromisso com o mundo da sociabilidade, da espontaneidade, da solidariedade e da cooperação.
A competência intercultural pressupõe o respeito às pessoas pertencentes a outras filiações culturais em seus direitos humanos inalienáveis, considerando sempre a dignidade e igualdade de todas as pessoas.
Entretanto, há limites éticos sobre o respeito que deve ser dada às ações. As atitudes que violam os princípios fundamentais dos direitos humanos, tais como a democracia e o estado de direito, não devem ser aceitas em nome da diferença cultural.
Design instrucional
São comuns dúvidas, indefinições ou imprecisões quando muitos tentam encontrar caminhos ou respostas para problemas dessa natureza.
A concepção e implementação de processos de design instrucional (DI) apresenta respostas para questões dessa natureza quando disponibiliza modelos de referência com etapas bem definidas para projetar e implementar ações em estratégias de ensino- aprendizagem.
No entanto, como as modalidades educacionais (blended learning, educação a distância ou presencial) podem apresentar diferentes interlocutores em diferentes momentos de preparação de cursos ou estratégias educacionais, com base na observação da prática de processo de DI, iremos destacar algumas contribuições de
Filatro (2008) sobre modelos de DI.
A definição de um processo de DI é denominado como fixo ou fechado quando as atividades de concepção (design) e execução (implementação) são visivelmente separadas e quando se observa a necessidade de um planejamento criterioso, que necessariamente não precisa ser executado por um mesmo profissional. Exemplo: um profissional DI poderia conceber um determinado curso, antecedendo a ação de ensino-aprendizagem que será realizada por outros profissionais (professores, tutores) em outro momento.
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