A Questão Ambiental, Diferentes Abordagens
Por: Wilder Rodrigues • 3/9/2020 • Resenha • 494 Palavras (2 Páginas) • 518 Visualizações
Resumo do Livro: A Questão Ambiental, Diferentes Abordagens
Autores: Sandra Baptista Cunha e Antônio José Teixeira Guerra - Editora Bertrand Brasil 2003
O livro se divide em: 7 Capítulos, Possuindo no total 248 páginas.
Neste Livro os autores discutem como os recursos naturais são utilizados
para atingir um estado ideal de bem estar humano, e a eles são atribuídos valores, dessa forma, cria-se todo um conceito de valores, percebe-se então um fenômeno chamado de “mercantilização da natureza” que passou a acontecer no momento em que o homem deixou de se considerar parte integrante da mesma, o discurso ambientalista, entretanto, é recente na história do desenvolvimento humano, no primeiro capítulo do livro “A Questão Ambiental: Diferentes Abordagens”, os autores descrevem a trajetória da visão humana de meio ambiente e seus recursos, desde a sua compreensão como anteparo ao desenvolvimento humano, passando por sua mercantilização até chegar na tão conhecida crise ambiental.
São muitas as visões sobre a questão ambiental, defendidas pelos mais diversificados grupos e movimentos ambientalistas, elas podem ser, algumas vezes, um tanto quanto exageradas, isso não significa entretanto que o assunto não deva ser levado em consideração, já que, para os autores, há um consenso de que o assunto é uma questão de sobrevivência de nossa e das futuras gerações, mas são justamente as visões exageradas, ou catastróficas, as criticadas pelos autores, procurando mostrar que a visão catastrofista baseia-se muitas vezes, em dados equivocados e inconsistentes cientificamente, eles afirmam que, apesar das “boas intenções” de tais previsões, estas podem ser prejudiciais se consideradas nas tomadas de decisões relacionadas as questões ambientais, os autores defendem a utilização de dados concretos para uma análise verdadeiramente científica do mundo, e confia nas estatísticas, mesmo assumindo que estas podem ser erroneamente utilizadas, eles também defendem o estabelecimento de prioridades para a resolução dos problemas mais urgentes, já que, segundo os autores, os critérios econômicos e financeiros, são os mais importantes para as decisões voltadas aos assuntos ambientais, em detrimento das questões inerentes aos seres vivos, inclusive os seres humanos.
Conclusão:
A enorme desigualdade entre os países do hemisfério norte e sul faz com que a maior parte das melhorias do nível de vida produzidas pelo desenvolvimento científico e tecnológico sejam absorvidas pelos países desenvolvidos do norte, enquanto que os países em desenvolvimento sofrem com a escassez de alimentos, por exemplo, apesar disso, segundo os autores, a questão ambiental está longe de ser
catastrófica, mas nem por isso, eles acreditam nas visões mais otimistas, assumindo que “o destino da humanidade melhorou em praticamente todos os indícios mensuráveis”, mas que “isso não significa que tudo esteja suficientemente bom”. Nesse ponto concordam, quando afirmam que o movimento ecológico vem
provocando mudanças de atitudes, tais quais o aumento do consumo de mercadorias
ecológicas, a diminuição do tamanho das famílias e a economia doméstica de
recursos energéticos, assim, os autores reconhecem a importância de se pensar sobre a questão ambiental, mas sugerem que esta seja pensada de maneira consciente, sem se deixar cair nos mitos catastrofistas.
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