A REFORMA PSIQUIÁTRICA E AS ALTERNATIVAS PARA O TRATAMENTO DAS PSICOPATOLOGIAS
Por: Cecile Herodale • 6/6/2021 • Abstract • 2.482 Palavras (10 Páginas) • 191 Visualizações
UNIVERSIDADE DE GUARULHOS
PSICOLOGIA
ALDENIZE MARQUES MENDES RA:28128083
ANA CLEIDE FERREIRA RA: 28276278
GABRIELA BRANDÃO DE MIRANDA RA: 28282587
LAYLA DE OLIVEIRA DA SILVA RA: 28294918
REFORMA PSIQUIÁTRICA
E AS ALTERNATIVAS PARA O TRATAMENTO DAS PSICOPATOLOGIAS
GUARULHOS-SP
2021
INTRODUÇÃO
Desde o próprio nascimento da psiquiatria, esta tem tentado se reformar constante e incansavelmente, sus principais pesquisadores, talvez por compreender as suas limitações e contradições desde o seu momento inicial.
Teriam sido os próprios reformadores da Revolução Francesa que teriam delegado a Pinel a tarefa de humanizar e dar um sentido terapêutico aos hospitais gerais, onde os loucos encontravam-se recolhidos juntos com outros marginalizados da sociedade.
Teria sido a meados do século XX, após a 2ª Guerra Mundial, como afirmam Amarante e Jorge, que Maxwell Jones inicia o movimento definitivo de reforma da psiquiatria mundial, desenvolvendo o modelo de Comunidade Terapêutica (CT) psiquiátrica.
E neste trabalho bibliográfico que tem como principal objetivo, abordaremos como ocorreu a reforma psiquiatrica, seus maiores pioneiros e o que desancadeou a partir desse movimento, iremos mostrar também as altenativas de tratamento que vieram surgindo ao logo dos anos como as, residêcias terapêuticas , comunidades terapeuticas, dentre outros.
REFORMA PSIQUIÁTRICA
A Reforma Psiquiátrica no Brasil começou no final da década de 70, com a mobilização dos profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais. Esse movimento teve influência do psiquiatra Franco Basaglia que iniciou uma radical crítica e transformação do saber ao tratamento e das instituições psiquiátricas. Esse movimento se inscreve no contexto de redemocratização do país e na mobilização político-social que ocorreu na época.
Em 1990 o Brasil tornar-se signatário da Declaração de Caracas a qual, propõe a reestruturação de assistência psiquiátrica e em 2001 foi aprovada a lei Federal 10.216 que se dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental; Dessa lei origina-se a Política de saúde mental, que tem por finalidade garantir o cuidado ao paciente com transtornos mentais em serviços substituídos aos hospitais psiquiátricos, acabando assim com as longas internações que isolava o paciente do convívio com a família e a sociedade.
A luta pelo fim dos manicômios se deu pela defesa dos direitos humanos e de resgate da cidadania dos que sofrem transtornos mentais. O movimento da Reforma Psiquiátrica é mais do que denunciar os manicômios como instituições violentas, propõe a construção de uma rede de serviços, estratégias territoriais e comunitárias profundamente solidárias, inclusivas e libertárias.
A politica de saúde mental no Brasil promove a redução programada de leitos psiquiátricos de longa permanência, incentivando as internações psiquiátricas, e quando necessárias se deem no âmbito de hospitais gerais e por pouco tempo; Além disso essa política visa à constituição de uma rede de dispositivos diferenciados que permitam a atenção ao portador de sofrimento mental no seu território, a desinstitucionalização de pacientes de longa permanência em hospitais psiquiátricos, e ainda, ações que permitam a reabilitação psicossocial por meio da inserção pelo trabalho, cultura e lazer, a partir disto surge o Progama volta para casa e Residências terapêuticas.
ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS
O serviço Residencial Terapêutico (SRT), também conhecido como Moradia, são casas localizadas no espaço urbano, constituídas por casas de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não.
O número de pessoas pode variar de 1 a 8 no máximo. Eles deverão contar sempre com um suporte profissional sensível às demandas e necessidades de cada um.
O suporte de caráter interdisciplinar deverá considerar a singularidade de cada um dos moradores e não apenas fazer projetos e ações baseadas no coletivo. O acompanhamento a um morador deve prosseguir, mesmo que ele mude de endereço ou eventualmente seja hospitalizado.
O processo de reabilitação psicossocial deve buscar, de modo geral, especialmente a inserção do usuário na de serviços, organizações e relações sociais da comunidade.
A segunda Conferência Nacional de Saúde Mental, em dezembro de 1992, ressalta a importância estratégica da implementação dos então chamados “lares abrigados” para a reestruturação da assistência em saúde mental no país. Essa conferência surgiu a partir do momento em que se depararam com o que fazer com as pessoas que poderiam eventualmente sair dos hospitais psiquiátricos, mas não contavam com suporte familiar ou de qualquer outra natureza.
Quem são os candidatos em potencial a residência terapêutica:
Portadores de transtornos mentais, egressos da internação psiquiátrica de longa permanência que não possuem suporte social e laços familiares que viabilizavam sua inserção.
Pessoas em acompanhamento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) para os quais o problema de moradia é identificado por sua equipe de aferência, como especialmente estratégico no seu projeto terapêutico. Aqui se encontram aquelas localidades a despeito de não possuírem hospitais psiquiátricos, frequentemente se defrontam com questões ligadas à falta de espaços residenciais para algum usuário de serviço de saúde mental.
Moradores de rua com transtornos mentais severos, quando inseridos em projetos terapêuticos especiais acompanhados no CAPS.
Tipos de SRTs existentes:
O foco é na inserção dos moradores na rede social existente (trabalho, lazer, educação, etc). O acompanhamento na residência é realizada conforme recomendado nos programas terapêuticos individualizados dos moradores e também pelos agentes de saúde. Visa desenvolver estratégias para obtenção de uma moradia definitiva na comunidade. Nesse tipo de moradia (o mais comum) só precisa de um cuidador capacitado para acompanhar os moradores.
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