A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CORRETOR DE SEGUROS

1 INTRODUÇÃO

A ética pode ser definida como os valores e princípios. A ética busca o bem comum analisando as ações consideradas corretas. Além disso, busca atentar-se no coletivo, auxiliando a organização a criar diferenciais positivos em relação às concorrentes.

Para Sanchez (2002, p. 23), a ética é "a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano".

Desta forma, a ética estuda as relações entre o indivíduo e o seu meio social. No caso da moral, pode ser considerada como normas, valores e princípios.

Segundo Aranha (1995, p. 274), a moral é "o conjunto de regras de conduta admitidas em determinada época ou por um grupo de homens".

Ao pensar em ética na filosofia podem-se levar em consideração algumas correntes filosóficas:

a. Ética naturalista – onde se acredita que sua origem era proveniente da natureza;

b. Ética Aristotélica – Aristóteles acreditava que o estudo da ética deve partir da concepção política de homem;

c. Utilitarismo – o valor ético busca concentrar-se na ação, ou seja, busca do maior bem possível para um maior número de pessoas;

d. Corrente kantiana – estabelecido pelo sentido de dever;

e. Contratualismo – os indivíduos devem assumir compromissos entre si;

f. Relativismo – não existe verdade absoluta (os fins justificam os meios) o que pode ser ético para uns pode não ser para outros.

Para Patrus-Pena e Castro (2010), descreve a ética nos negócios em dimensões distintas:

a. A dimensão da responsabilidade implica na noção de que toda ação da organização afeta pessoas ou grupos sociais, ou seja, os públicos com os quais se relaciona;

b. A dimensão da convicção implica na adoção de valores de humanidade que, de algum modo, limitam a busca dos resultados estrategicamente planejados;

c. A dimensão da virtude é a disposição firme e constante para a prática do bem. As decisões de uma organização são decisões de pessoas. Lideranças éticas promovem o hábito de fazer a coisa certa em cada processo decisório, o que exige coragem, virtude.

2 CONSULTOR OU VENDEDOR?

O corretor tem que ter uma postura de consultor, analisando todos os riscos existentes, definindo sua atuação ética junto de seus parceiros.

Sua principal função é esclarecer quaisquer dúvidas referentes ao seguro, apólice, prêmio e indenização.

Orientar e assessorar os seus clientes, de maneira transparente, para a adequada proteção e cobertura dos seus riscos pessoais e patrimoniais, formulando suas propostas, baseando-se no estudo dos riscos, dentro das normas técnicas, informando-lhes aqueles excluídos e prestando-lhes todos os esclarecimentos que possam obter-se resultado útil na intermediação (CÓDIGO DE ÉTICA, p. 38).

Para que o corretor de seguros possa atuar como consultor ele precisa conhecer bem os produtos e seus clientes, saber ouvi-los para então apresentar o melhor produto, manter um diálogo bilateral, mostrar os benefícios do seguro para o cliente, encorajar e receber as resistências dos clientes de maneira honesta, entender que o corretor não vende seguro, e sim, solução de problemas e satisfação de necessidades.

Para Santos (2008) as seis principais atitudes para se diferenciar dos outros corretores e ser notado como um consultor do cliente são:

I. Seja uma fonte de informações para seus clientes;

II. Descubra, por meio de levantamento de necessidades, quais benefícios os seguros que você vende podem trazer para o cliente;

III. Ajude o cliente, antecipando as necessidades, que muitas vezes ele desconhece;

IV. Aumente sua credibilidade, agindo como um especialista;

V. Esteja sempre acessível;

VI. Lembre-se: seu papel, como Corretor de