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A Receita Federal informou no Porto de Paranaguá, no Paraná, a maior apreensão de produtos falsificados daquele local

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Por:   •  29/9/2013  •  Artigo  •  861 Palavras (4 Páginas)  •  408 Visualizações

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Publicação: 11/08/2011 15:06 Atualização: 11/08/2011 15:15

A Receita Federal informou no Porto de Paranaguá, no Paraná, a maior apreensão de produtos falsificados daquele local.

De uma só vez, foram apreendidas 60 toneladas de produtos falsificados, entre eles bolsas, carteiras, relógios, roupas e óculos de marcas conhecidas.

A Receita informou ainda que o valor estimado da apreensão pode chegar a R$ 10 milhões e que os responsáveis pela fraude estão sendo identificados e responderão por crime de contrabando e descaminho.

Falsificação, uma indústria brasileira que não pára de crescer

A indústria brasileira da falsificação produz 500 mil peças de roupas por mês. Mas já não se contenta em fazer imitação de marcas famosas. Agora, a moda é copiar camisetas e bolsas de campanhas de caridade – e arrecadar donativos para fins nada filantrópicos

Andar na moda está cada vez mais barato. Hoje, é possível encontrar no comércio ambulante da cidade praticamente toda a espécie de roupas e acessórios falsificados, levando as bandeiras de marcas famosas. É a indústria da falsificação, um crime que, a cada ano, resulta em um prejuízo de R$ 2 bilhões para o Brasil.

Com R$ 100, é possível dar uma volta na Galeria Pagé, no centro de São Paulo, e vestir-se por inteiro com roupas ostentando etiquetas conhecidas.

Comprando uma calça Zoomp (R$ 25), um pacote com três meias Nike (R$ 5), uma camiseta Nike (R$ 20) e um tênis Reebok (R$ 15, na promoção), uma pessoa gasta R$ 65. Sobra ainda dinheiro para os acessórios: um boné Bad Boy (R$ 4), uma carteira Wrangler (R$ 7), um relógio (R$ 7) e uma mochila (R$ 12) Nike. Se a pessoa não quiser voltar para casa com o troco, de R$ 5, pode comprar uma camiseta estilo "baby-look" da campanha "O Câncer de Mama no Alvo da Moda" para dar de presente para aquele parente que tem fama de ser engajado em ações sociais. Tudo, claro, devidamente falsificado.

500 mil peças falsificadas por mês

A Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) estima que, a cada mês, são produzidas 500 mil peças de roupas falsificadas no Brasil. "Esses produtos são muito vendidos porque têm liqüidez imediata no mercado, já vêm com a propaganda feita e contam com a credibilidade das pessoas", diz o delegado titular da Delegacia de Estelionato, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), Manoel Camassa.

Cabe à Delegacia do Estelionato promover ações para apreender produtos falsos que são vendidos em São Paulo. "É um trabalho rotineiro, constante e diário", diz Camassa. "A falsificação se profissionalizou tanto que, hoje, é até terceirizada em alguns setores. Há gente que fabrica as roupas, enquanto outras pessoas fazem a etiqueta, por exemplo."

Por conta disso, as empresas têm se esforçado para combater a pirataria. A Zoomp, por exemplo, mantém advogados em todo o País para investigar a venda de produtos falsos encontrados em camelôs e até em lojas. Estima-se que, a cada peça original vendida pela marca, outras três falsificadas também entrem em circulação.

A Nike é, hoje, uma das marcas mais falsificadas do mundo. Investe, anualmente, R$ 400 mil no combate à pirataria.

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