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A Relação com saber ás práticas educativas

Por:   •  15/7/2017  •  Resenha  •  1.337 Palavras (6 Páginas)  •  2.675 Visualizações

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CHARLOT, Bernard. Da relação com saber ás práticas educativas. São Paulo: Cortez, 2013.

Roberta Maiara Campos dos Santos[1]

Elaise Mara Ferreira Crepaldi[2]

A obra “Da relação com o saber às práticas educativas”, escrita pelo autor Bernard Charlot, que possui doutorado em Educação, sua linha de pesquisa é o materialismo histórico-dialético. É Professor-Visitante na Universidade Federal de Sergipe, no qual é membro do Departamento de Educação e dos cursos de Pós-Graduação em Educação (PPGED) e Culturas populares (PPGCULT). Publicou ou organizou 22 livros e numerosos capítulos, artigos, relatórios, publicados ou traduzidos em 18 países. Sendo algumas de suas obras: A Mistificação pedagógica (nova tradução, novo prefácio). 3. ed. São Paulo: Cortez, 2013; Dança, Teatro e Educação na sociedade contemporânea. Ribeirão Preto - SP: Editora Alphabeto, 2011 e Juventude popular e Universidade: acesso e permanência. São Cristóvão - SE: Editora UFS, 2011.

O primeiro capítulo desta obra vem referenciar como a globalização e o neoliberalismo influenciou na economia e na educação. De acordo com o autor as mudanças na educação começaram a ocorrer já após a segunda guerra mundial, nas décadas de 60 e 70 começou a pensar a escola pela lógica social e econômica, o chamado estado desenvolvimentista, este estado tem a função de promover um crescimento econômico e colocar a educação a serviço do desenvolvimento social, isso tudo para gerar empregos e profissionais mais qualificados. Esse estado implantou a escola secundária para a educação fundamental. Houve uma crise econômica, que se estabeleceu devido à falta de estrutura e problemas financeiros de alguns países. Esses países com menos recursos econômicos não conseguiram atingir os objetivos desse novo estado. Para isso precisaram recorrer ao banco mundial se endividando para conseguir adequar-se a este estado. Até então não se preocupavam com a qualidade do ensino, mas sim que ele promovesse a igualdade entre todos. A sociedade se preocupava apenas em garantir seus lugares no mercado de trabalho. Devido a essa crise do capital houve a necessidade de promover uma restruturação do sistema capitalista mundial a chamada globalização. Dessa forma impõe se novas logicas socioeconômicas reduzindo o engajamento do estado nos assuntos econômicos abrindo-se as fronteiras promovendo a integração das economias de diversos países. A globalização se desenvolveu na década de 80 e pouco influenciou na educação. O estado desenvolvimestista foi substituído pelo estado regulador esse é quem universaliza a educação básica. Agora a lógica é para profissionais intelectualmente qualificados por isso ampliou se a escolaridade até o ensino médio. A partir de então cresce a necessidade de professores mais qualificados para enfrentar os novos desafios que surgiram. Foi então pensado um novo liberalismo por canta da crise dos anos 70 o neoliberalismo é uma releitura do liberalismo clássico o estado já não ditava mais os rumos da economia o estado intervia pouco no mercado de trabalho houve uma privatização das estatais houve-se uma desburocratização do estado, a base da economia era firmada por empresas privadas. De acordo com o autor existe um movimento altermundialista que não aceita a globalização nem o neoliberalismo pensando que outro mundo seria possível para eles a globalização e o neoliberalismo trouxe benefícios somente a elite comandante, os altermundialistas pensam numa forma do ser humano solidarizar-se entre si salvando o planeta dos perigos que crescem cada dia mais, para eles a educação é um direito humano que não pode ser tirado ou corrompido, dessa forma eles defendem a escola contra a globalização e o neoliberalismo  que expandiu-se por meio da privatização. No segundo capítulo o autor faz uma análise a respeito do trabalho e da educação. De acordo com a concepção cristã o trabalho seria visto como castigo, visto que adão e Eva o tiveram como uma maldição. O texto apresenta como o trabalho e a educação foram e ainda são entendidos em contextos diferentes durante a história. Na Grécia antiga Platão hierarquiza três partes onde classifica e titulam-se cada cidadão, são elas, a razão o ânimo e o apetite a primeira consiste na sabedoria do governante a segunda destinada ao guerreiro que é incumbido de proteger a polis e por último o ânimo que destina se ao trabalhador braçal que é incumbido das tarefas manuais, nesse sentido quem trabalha não necessita receber educação, a educação torna o sujeito livre do compromisso do trabalho. De acordo com Marx o homem se transforma por meio do trabalho e transformando a si também transforma a natureza. Dessa forma como o homem se fez homem por meio do trabalho ele se transforma por meio da educação todo esse processo de transformação passa por processos educativos, o homem precisou aprender a utilizar os instrumentos para sua transformação. O autor tráz em seu texto uma discussão sobre a exploração do trabalho infantil onde crianças trabalhavam horas a fio ao invés de estarem estudando. Atualmente o governo brasileiro tenta desconstruir essa forma de trabalho infantil disponibilizando uma bolsa que nada mais é que um vale com um valor relativamente ‘significante’ para auxiliar as famílias para que não permitam que seus filhos fiquem fora da escola. Com a crescente transformação da educação a escola hoje precisa transmitir o conhecimento e também construir competências estando as duas vertentes em completo equilíbrio. O homem precisa aprender valorizar sua espécie, não existiria o homem sem o trabalho e não existiria

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