A Resistência do povo negro brasileiro
Por: IzabelM • 23/4/2015 • Ensaio • 700 Palavras (3 Páginas) • 271 Visualizações
A RESSISTENCIA DO POVO NEGRO BRASILEIRO
Sabe-se que o dia 20 de novembro é marcado pela comemoração do Dia da Consciência Negra, isso em virtude da reivindicação do movimento negro e outros movimentos e setores em luta no Brasil pelo significado histórico de resistência e organização da população negra. Essa questão de tal movimento é discutida em sala de aula em diversos disciplinas e professores. Por ser uma questão histórica para o povo brasileiro os docentes abordam a temática relembrando o dia 20 de novembro de 1695, quando fora assassinado Zumbi, principal líder do Quilombo de Palmares.
Com isso, o sequestro de milhões de africanos, e, por conseguinte sua escravidão durante alguns séculos foram responsáveis consolidação da exploração colonial e desenvolvimento do capitalismo. Em função da exploração o carro chefe do desenvolvimento foi a Mao de obra escrava, para o trabalho agrícola e quanto a mineração, produzindo as riquezas que se concentraram na metrópole e nas mãos dos senhores de engenho, os proprietários dos meios de produção. Tal riqueza foi utilizada para o processo de industrialização no fim do século XIX e inicio do século XX, período onde a escravidão já havia sido abolida.
Em função disso, percebe-se que o Brasil caracterizou-se como maior importador do tráfico atlântico de escravos. E destacou-se ainda por ter sido o ultimo país ocidental a abolir a escravidão. Após muito trabalho, suor e sangue derramado com a escravidão, em 13 de maio de 1888 foi assinada pela Princesa Isabel a Lei Áurea, a qual não passou de uma resposta às necessidades do capitalismo mundial naquele momento.
É também nesse momento que o Estado passou a incentivar a imigração européia, sob a afirmação de que a mão de obra do (ex) escravo não era qualificada. Dessa forma, quase toda população negra foi excluída do trabalho assalariado, restando-lhe, quando muito, trabalhos informais e de pior remuneração. A imigração era, ainda, uma tentativa por parte da classe dominante de promover o “embranquecimento” da população no Brasil.
Ao contrário da idéia forjada em grande parte das elaborações acadêmicas do século XX, a relação entre escravo e senhor de engenho nunca foi e nem poderia ser harmoniosa. Para manutenção da escravidão, a classe dominante utilizou-se dos mais diversos meios de repressão e violência. O conflito permanente se revela nos levantes, fugas e organização dos quilombos, comunidades livres formadas por escravos fugidos.
O Quilombo de Palmares foi o maior quilombo formado no país. Localizado numa área que abrangia parte dos atuais estados de Pernambuco e Alagoas, ele atingiu uma população de 20 mil habitantes e manteve-se de pé durante quase um século, sendo auto-sustentável. Palmares tornou-se o maior exemplo de negação da ordem vigente colonial e foi alvo de cerca de 25 ataques que tinham por objetivo destruí-lo.
A resistência e organização da população negra no Brasil mostram o quanto é falsa a noção de que sua história teve como característica a passividade.A data 13 de maio não significa mais que uma tentativa de convencer os negros e negras de que não podem ser sujeitos históricos, de que a única alternativa é esperar pelas concessões da classe dominante.Nesse sentido é importante salientar o papel que cumpre o aparelho de dominação ideológico, instrumento utilizado pela burguesia até hoje a fim manter a opressão e exploração dos negros e negras.
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