A Síndrome Metabólica I - Hipertensão e Dislipidemia
Por: Guilherme Canever • 26/3/2020 • Abstract • 754 Palavras (4 Páginas) • 118 Visualizações
Síndrome Metabólica I - Hipertensão e Dislipidemia
Critérios pra o diagnóstico de síndrome metabólica (3):
- Pa >=130/85
- TGL >=150
- Hdl <40 em homens e <50 em mulheres
- Circunferência abdominal H>102 e M>88
***de acordo com a etnia
- Glicemia de jejum >= 100
***IMC e LDL não entram!
Hipertensão Arterial
Definição: níveis elevados e persistentes da Pa com aumento do risco cardiovascular.
Causas: primária (90-95%), secundária (5-10%).
Classificação
Brasileira | Americana | ||||
Classificação | PAS | PAD | Classificação | PAS | PAD |
normal | <=120 | <=80 | normal | <120 | <80 |
pré HAS | <140 | <90 | elevada | <130 | <80 |
HAS I | >=140 | >=90 | HAS E1 | >=130 | >=80 |
HAS II | >=160 | >=100 | HAS E2 | >=140 | >=90 |
HAS III | >=180 | >=110 |
Diagnóstico:
- Média da PA em pelo menos 2 consultas >=130/80
- Lesão de órgão alvo ou Pa>=180/110
- MAPA (vigília) ou MRPA >=135/85
Situações especiais:
- HAS jaleco branco: MAPA normal, consultório aumentada.
- HAS mascarada: consultório normal e MAPA aumentada.
Quadro clínico: assintomático, lesão de órgão alvo por vascular ou sobrecarga 🡪 coração, cérebro, rim, retina, aorta.
Nefroesclerose hipertensiva:
- Benigna: arterioesclerose hialina, hipertrofia camada média.
- Maligna: arterioesclerose hiperplásica (“bulbo de cebola”), necrose fibrinoide.
Retinopatia hipertensiva 🡪 Classificação KWB:
- Estreitamento arteriolar
- Cruzamento AV patológico
- Hemorragia/exsudato
- Papiledema
***I e II benignas, III e IV malignas.
Tratamento HAS 🡪 Pa alvo: <130/80
Classificação | Terapia |
Normal/elevada | Mudança no estilo de vida (MEV) |
Diminuir peso, atividade física, reduzir Na | |
HAS 1 | 1 droga: IECA, BRA, tiazídico, BCC |
***Baixo risco (HAS pura): MEV por 3 a 6 m | |
HAS 2 | 2 drogas (IECA + BCC/ IECA + tiazídico) |
Sem melhora: otimiza droga/ associa 3 |
*** IECA + BCC: melhor de forma geral. IECA + tiazídico: melhor pra prevenir AVC.
Antihipertensivos de primeira linha:
Indicações | Efeitos Adversos | |
IECA/BRA II | Jovens, brancos DRC, IC, IAM Hiperuricemia | IRA, aumenta K: não usar de Cr>3, K>5,5 ou estenose bilateral da a. renal. IECA: tosse e angioedema |
Tiazídico (HCTZ, clortalidona) | Negro, idoso Osteoporose (aumenta Ca) | 4 hipo: volemia, NA, K e Mg 3 hiper: glicemia, lipidemia, uricemia (não usar gota) *aumenta Ca de pele não melanoma |
Bloqueador de Cálcio (dipinas, diltiazem, verapamil) | Negro, idoso Arteriopatia periférica Fibrilação atrial | Dipinas: cefaleia, edema Outros: bradarritmias, IC |
*** diltiazem e verapamil são mais cardio seletivas.
Antihipertensivos de segunda linha: + efeitos colaterais 🡪 B bloq, clonidina (ação central, sedação, confusão mental, efeito rebote), prazosin, metildopa, hidralazina.
Hipertensão resistente:
Pa não controlada com 3 drogas (incluindo diurético) ou Pa controlada com 4 drogas.
Causas: baixa aderência, jaleco branco, drogas erradas.
Pensar em hipertensão secundária.
HAS secundária
- Início precoce ou tardio (<30 a ou >50 a)
- HAS grave e resistente
- Disfunção renal (doença renal parenquimatosa)
- Hipocalemia (hiperaldosteronismo)
- Em “crises” adrenérgicas (feocromocitoma, cocaína)
- Sinais de endocrinopatia (ex: fascies cushingoide)
- Roncos e sonolência diurna: apneia do sono.
Hiperaldosteronismo: hipertenso com hipocalemia. Adenoma e hiperplasia são hiperaldo primário, HAS renovascular (estenose de artéria renal) da hiperaldo secundário através do aumento da renina. Para tratar primário: antagonista aldosterona 🡪espironolactona. Para tratar renovascular: IECA, BRA (não pode na bilateral).
Crise hipertensiva
Falsa crise: aumento de Pa + sintomas inespecíficos: geralmente Pa mal controlada.
É o aumento súbito e expressivo da Pa, geralmente >180x120.
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