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A Supervisão Escolar

Por:   •  8/6/2019  •  Artigo  •  4.845 Palavras (20 Páginas)  •  187 Visualizações

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UNIASSELVI

Centro Universitário Leonardo da Vinci

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O SUPERVISOR E A SUPERVISÃO ESCOLAR

IVETE SCARSI RIBEIRO

Esteio, 2018

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O SUPERVISOR E A SUPERVISÃO ESCOLAR

IVETE SCARSI RIBEIRO

Artigo científico apresentado à UNIASSELVI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Supervisão Educacional.

Esteio, 2018

O SUPERVISOR E A SUPERVISÃO ESCOLAR

Ivete Scarsi Ribeiro

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo principal caracterizar o supervisor escolar no contexto educativo, bem como quais são suas funções nos espaços escolares, em particular a escola. Ainda traz alguns aspectos importantes sobre a Supervisão Educacional na sua relação com o trabalho do supervisor, bem como se desenvolveu ao longo da história. Neste trabalho utilizou-se como metodologia de pesquisa o método de revisão bibliográfica, por meio de pesquisa em periódicos, como artigos, dissertações e teses que trouxessem pontos de vista que complementem e forneçam sustentação à proposta de pesquisa em tela. Como achados teóricos para este trabalho analisamos quatro produções: dois artigos e duas dissertações. Com base nos resultados obtidos conclui-se que a Supervisão Educacional compreende um campo teórico-prático diretamente relacionado ao fazer educativo no que tange a mediação e intervenção de situações que causam incômodos na escola, considerando o processo de ensino e aprendizagem, que envolve professor e aluno, e que ora confunde-se como a gestão escolar, no sentido administrativo do termo, o que envolve questões burocráticas dentro da escola e que perpassa diversos aspectos.

PALAVRAS-CHAVE: Escola. Supervisão Educacional. Supervisor Escolar.

1 EM QUE CONSISTE A SUPERVISÃO EDUCACIONAL?

A palavra supervisão nos remete algo que pressupõe controle vigilância. De acordo com aspectos históricos ligados a educação a função de supervisão iniciou-se na era industrial, que era baseada na mão de obra em larga escala, onde buscava-se maximizar os resultados em torno de lucro e produtividade e o profissional responsável me garantir essa “qualidade” é o precursor do supervisor educacional.

Este trabalho propõe-se a levantar alguns aspectos, embora sucintos, acerca da temática supervisão educacional bem como do profissional que desempenha essa função, em especial na escola: o supervisor educacional. Com base em elementos teóricos de ordem histórica e no marco legal, pretende-se apresentar como se estruturou esta categoria dentro do ambiente escola e quais as repercussões que esta nova modelagem do supervisor escolar reflete no trabalho com a comunidade escolar e a dinâmica educacional contemporânea.

Por meio de uma busca no banco de dados da Comissão de Pessoal de Aperfeiçoamento de Nível Superior (CAPES) e no Scielo por meio do descritor “supervisão educacional” obteve-se duas dissertações e um artigo que trata deste assunto considerando o processo educativo e a instituição escolar. A opção por apenas três produções se justifica por ser a temática em tela um assunto muito amplo e bastante discutido no ambiente acadêmico e sob diferentes enfoques. Lembro que a intenção deste artigo é de problematizar, sob diferentes perspectivas como a supervisão educacional deu-se como campo de conhecimento dentro das instituições escolares, bem como o que a legislação nos traz sobre o surgimento e os desdobramentos da área para a instituição escolar. Outro aspecto a considerar neste artigo versa sobre qual é o profissional mais adequado para desempenhar esta função nas instituições escolares e como espera-se que o mesmo desenvolva seu trabalho, considerando a dinamicidade da instituição escola, nos aspectos pedagógico, de gestão e social.

Na perspectiva de Müller (2011) sobre o profissional supervisor escolar, ela nos traz a seguinte concepção:

O supervisor é aquele que zela para que a escola cumpra sua função institucional. O modo de fazê-lo, autoritária ou democraticamente (entre pares), é um diferencial do modo de exercer a função. Transformar ou não a educação/escola é resultado e não propósito a priori. (MüLLER, 2011, p.9)

Considerando as contribuições trazidas para discussão pela autora acima, entende-se o trabalho do supervisor no sentido de colaborar para manter uma ordem coerente com o projeto educacional década instituição escolar, seja de forma impositiva ou com seus pares ou, ainda, de maneira democrática e respeitosa, Um dos objetivos da educação em si não é mudar o sujeito, mas sim transformá-lo, leva-lo a ser uma pessoa melhor, mais crítica e consciente de seu papel na sociedade. Esse resultado não se tem de imediato, é preciso ir construindo, e à medida em que se busca essa construção, o supervisor vai tecendo uma teia de relações humanas, de modo a ter uma visão mais ampla acerca da dinâmica escolar bem como seu processo de gestão.

Santos (2012) corrobora esta concepção e ainda aponta outra característica do supervisor educacional:

Assim, a atuação desses profissionais da educação passa a assumir uma dimensão bastante ampla em seu trabalho, sendo necessário redimensioná-la, ressignificá-la, o que perpassa por uma reconstrução do trabalho já desenvolvido e pressupõe que esses profissionais assumam um compromisso com a qualidade do processo educativo, tendo como referência não só a unidade escolar, mas a percepção das políticas públicas educacionais e dos diferentes determinantes sociais, políticos e econômicos que estabelecem, direta ou indiretamente, as diretrizes para a educação brasileira, em consonância com uma gestão verdadeiramente democrática e compartilhada do trabalho pedagógico. (SANTOS, 2012, p.9)

Este autor defende a ideia de que o trabalho do supervisor é multifocal, onde por meio do diálogo constante com as outras unidades da escola (professores, direção, vice-direção, etc) é que vai reconstruindo o seu trabalho educacional, na medida em que se preocupa com o processo de melhoria da instituição escola e seus sujeitos diante da conjuntura política educacional atuante. Isso significa se reinventar, buscar novas alternativas, posicionamentos, pressupondo que o seu trabalho se baseia no dinamismo e ao mesmo tempo na complexidade, pois se trabalha com sujeitos e contextos.

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