A Teoria dos Jogos Fiani Cap.
Por: Elamesma6999 • 25/3/2024 • Resenha • 17.259 Palavras (70 Páginas) • 40 Visualizações
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Jogos Repetidos: lnduzindo a Cooperação
Toda espécie de cooperaçõo pacílica entre os homens se baseia, em primeiro Iugar, na confiança mútua e apenas em segundo Iugar em
instituições tais como cortes de justiça e polícia.[pic 2]
INTRODUÇÃO[pic 3]
Os processos de interação estraiégica nos quais os jogadores decidem sem co- n 1s ecer as decisões dos demais poderei ser trataclos como jogos sin u ltâneos. JA os processos de interacao estr‹lTCglCR ein que os jogaclores clecidem em uma orclem predctci in nada e con1 ecem o q ue foi d ecid ido na etapa anterior, podem ser analisados como jogos seqii enciais. Vamos t ratar agora de tina outro ti po c(e processo de interação estraté gica, que talrbe m demanda um model o de jogo peculiar. Variaos tratar dos processos de interação estrategi
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Existcm processos de interação estratégica que se clesenrolam no tempo e, desse modo, possueiii mia história que é cde conhecimento comum dos jogadores. Pense, por exemplo, em unha relação comercial cntre duas empresas, em que uma das em- presas adquire um insumo específico da outra crnpresa, ( u seja, uma matéria-prima que tem de ser crirregtie comi cleterrninadas características físicas e em em dacJo pra- zo, para não prejudicar o processo produtivo da empresa compradora.
Ao m esmo tem[ao, para oferecer esse insumo, a empresa produtora ten de realizar certos investimentos em volumc signi ficativo, os quais somente atcn- bem los neccssi dades da empresa compradora, c que deixam de certo forma a empresa produtora na de{aem(ência de que su a cliente ciimpra as condic.ões contratuais do fornecimento do insumo, realizando os pagamentos acertamos contratualmente, para que a empresa produtora não tenha prc juízos.
260 T E 0 R I A D 0.5 J O G 0.5[pic 5]
Ainda que a empress compradora nao possa ter cer teza acerca d o comporta- rnento da empress fornecedora do insumo na etapa atual C4a transaÿào, ct a pode oloservar a histórìa ‹4a relação comercîal com a ernpresa toi’nccedora, no lnomcnto dc encomendrar tima nova entrega do 1 nsinaio especíiico.
O jTlcsiTlo poc)e ser Îeiro pela empresa produtora C uanLo mo colnportamCIlto de sua cliente ao laonrar os conaprt›missos anteriores. Por sina1, essa c unia prári- ca laastante coiciilu no inundo dos negoci(is: observe-se a 1iisr‹âria clo cornporra- mento dos parceiros, ao sc avaliar a conveniência de prosseguir corn ri re1ati‹›.
Tant fn élr en tre p‹o1 íticos, especial mente en tre cr›ngressistas que dc›'em rÇ° alizar, co1T1 Îrequ tncia, acordos ptlra C}ue sïI3S plJ.taiornâ‹ls políticas se tran stormem efctivarne ntc cm leis, a consideraçâ o c3 a histć ri a dos acord os que sao fechado.s e eta iorrna com que esses acord os ego on nao iespe itados, serve com o indicator clarti acerca de qiiais congressisras sâo “con fiaveis” na hora de se fechar rim acord o, e quais nfio são.
Um aspecto importante é que esses processos env olveni etapas que se repe- ten, scndo quc, muitas vCz.eS, cssas Ctapas podens ser dc tel nature za que :se jiis- tiÎiq ue sun modelagern conio /ogos sink ultâneos. Por exemplo, na relaçńo co- mercial entre as duas enapr esas c}iie inencionamos no início, emfoora may a rind historico de relaȘ‹lo entrt eJ as, cada vcZ ltte a empresJ conJpracÜora ÚIJ ilãsLll4Jo especítico adquire o prowl no, ela năo same sc a iornecedora decidiu produ zir ti insunio corn a qualicdadc c rapitcz nccessári as.
Da rnesma forma. a ernpresa c]ue fornece o insumo tern de tt›niar sua c)ecisao quanto a contratar Lima nova entre¿a e re‹i1i/ar os in› estimentos específicos ie- cessfirí os selTl same r se siia cliente, tamiem clessa vez, terźa escolhido laonrar seus[pic 6]
Desse mono, p(ldc acontecer que, embora os jogadores conlaecam as deci- söcs que forarn tornados em etapas anteriores, a cada nova etapa em Luc säo chaniados a decidir, eles o iacarn sew salver o que os cleriiais jogadores estão de- cidinclo noquela etofia. '
Quando estamos nos defrontando com esse tipo dc sitiiaçáo, um tipo parti- cular cfc rnocłelagern em Jo*os, conhecido corno not(e/c›s dc /opos repeticlo.«. ptade ser čitil para analisar esse pênero dc interaçào estratégica. Esse tipo de jogo possui grande interesse scrripre quc se discute conao induzir à cooperașfio. quando os jogadores p‹issuem ganhos sign ificati vos ao agir âe forma into- cooper ativa em cada eta a do processo de interașño estratégica.
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1 A h pôtese cle que, em cada ctapa dc yoga, os jogadores nao conhecem a que estú scndo decididn solos d mc.° nao é necessária aos logos repe!ic!cs como terelcos a oșnrtuniJaüe de ver, ao discutirmcs o paradoxo da cadeia *E Iu/as, a etapa cue se repete pode assumîr a forms de um jogo sequential.
J ogo s Re p et i d os 261[pic 8][pic 9][pic 10]
Esse ripo de discussão c rclevante nos casos em que não há umti instiuiiçao com poder coercitivo — tal como as cortes de jiistica e a pol ícia a que Einstein se refere na epígrafe que encal eia este capítu lo — q ue obrigue os jogadores a se con aortarern cooperativarnente. Em alguns exemplos mais drainátlcos, pode ser até que a cooperação dos jogadores seja proibicla legalliienre, como é o caso cias cartéis.
Apesar de serem proibidos legalmente, infelizrnente, cartcis existem. E exis- tein, c)e forma ainda mais se rpreende nte, a{aesar elos ganhos de curto prazo por se ciesctimprir o cartel serem significativos, o qtic torna o cartel instável, como veremos a sc¿uir. Assim, a possibilidade de induzir cooperação apesar de ga- ntos de ctirro prazo pcla náo-cooperaç?ao é ilristrada CJe forma radi cal pel o caso atos cartcis, n‹isso proximo assunto.
APLICANDO JOGOS REPETIDOS A CARTÉIS[pic 11]
O leitor já deve ser ouvido ialar no problema da “ética entre ladra es”: uma si- tuação em que se ganha agindo coordenadarnente em grupo, ruas se ganha ain- da mais Sao trapacear o gr-upo (por exemplo, escondendo uma parte cio fruto do roubo o conseguido cru conjunto, para evitaf °1Lle ele seja repartldo entre todos).
O arolalcrna c que se todos racir›cioam da mesma rnancii’a, urna vez que é ra-
z.oável esperar que isso aconteça — dada a hipótese geral de que todos sào racio- nais, poc3em identificar e se aproveitar das possibilidades dc ganho —, o nosso hipotético grupo dc latir-Oes fracassar‹a, pois todos rent‹irúo esconder o friito do roubo, e scrn a divisáo cios ganhos n.ao há m‹ tivo para agir ens grupo, ou se ja, agir cor›perativametite.
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