A Usina de Asfalto
Por: svp179 • 8/8/2024 • Pesquisas Acadêmicas • 4.971 Palavras (20 Páginas) • 42 Visualizações
1 – INTRODUÇÃO
O presente relatório tem por finalidade propor projeto de instalação e operação de uma usina de asfalto móvel para manutenção das rodovias da região norte do Espírito Santo.
Sendo assim, o escopo deste relatório contemplará a caracterização do empreendimento abordando os processos produtivos realizados neste, os impactos ambientais advindos desses processos, bem como as medidas de controle ambiental adotadas para minimizar os impactos inerentes ao processo.
2 – LOCALIZAÇÃO
O empreendimento será locado em uma área de uso industrial e rural, conforme pode ser observado na Figura 01, e, o corpo hídrico mais próximo do empreendimento está localizado a uma distância de aproximadamente 150 m.
Figura 01 – Imagem de satélite do local de implantação da nova base operacional de São Mateus da SM Transportes S.A.
A nova base operacional de São Mateus - ES está localizada nas seguintes coordenadas:
•Coordenadas geográficas:
o Latitude: 18,7594º S
o Longitude: 39,8648º O
•Coordenadas UTM:
o 24 K 408895
o 7.925.550
Para desenvolvimento das suas atividades produtivas a SM Transportes S.A contará com uma estrutura de oficina mecânica, rampa de lavagem e lubrificação de veículos e máquinas, posto de abastecimento de combustíveis e usina de fabricação de asfalto móvel.
3 – Descrição do Processo Produtivo de Usinagem de Asfalto
3.1 – Definições
Asfalto – O asfalto é um betume espesso, de material aglutinante escuro e reluzente, de estrutura sólida, constituído de misturas complexas de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa molecular, além de substâncias minerais; resíduo da destilação a vácuo do petróleo bruto. Não é um material volátil, é solúvel em bissulfeto de carbono, amolece a temperaturas entre 150°C e 200°C, com propriedades isolantes e adesivas.
Através da Figura 02, observa-se o processo de obtenção do asfalto (CAP),
bem como os estágios de destilação.
Os pavimentos asfálticos são aqueles em que o revestimento é composto por uma mistura constituída basicamente de agregados e ligantes asfálticos. É formado por quatro camadas principais: revestimento asfáltico, base, sub-base e reforço do subleito. O revestimento asfáltico pode ser composto por camada de rolamento – em contato direto com as rodas dos veículos e por camadas intermediárias ou de ligação, por vezes denominadas de binder, embora essa designação possa levar a certa confusão, uma vez que esse termo é utilizado na língua inglesa para designar o ligante asfáltico. Na Figura 03 está apresentado um desenho esquemático da pavimentação asfáltica.
Figura 03 – Desenho esquemático da pavimentação asfáltica.
3.2 – Descrição do processo de usinagem asfáltica
Usinas de asfalto possuem silos que tem como principais funções armazenagem e dosagem dos agregados (minério virgem) de forma individual através de correias de velocidade variável, contínua e automaticamente na proporção indicada no sistema de controle. O material agregado é inserido no secador na extremidade oposta ao queimador. O fluxo de agregados desloca-se em sentido contrário ao fluxo de gases quentes oriundo da chama do queimador. Uma vez secos e aquecidos, os agregados alcançam o misturador externo.
Figura 04 – Usina asfáltica.
Os materiais particulados (finos, pó) oriundos do processo de secagem são retidos por dois componentes principais: o separador estático e o filtro de mangas.
As etapas para a fabricação de asfalto dependem de diversos componentes. Os principais componentes de uma usina de asfalto são:
3.2.1 – SILOS DOSADORES
São os componentes responsáveis pelo armazenamento temporário e dosagem dos agregados, conforme Figura 5.
Figura 5 – Silos dosadores
A abertura superior dos silos possui um tamanho grande suficiente, permitindo que os agregados sejam depositados sem que ocorram derramamentos e contaminação de um tipo com outro.
3.2.2 – SECADOR
O secador é do tipo cilindro rotativo com aletas internas aparafusadas, opera com processo contra-fluxo de mistura externa, que traz comprovadas vantagens em qualidade e capacidade de produção. A atuação do componente dessa maneira permite um melhor desempenho do processo de secagem. O calor é aplicado gradativamente aos agregados, resultando em alta eficiência de troca térmica.
3.2.3 – QUEIMADOR
É o componente responsável pela geração de energia para secagem e aquecimento dos agregados através da combustão de óleos combustíveis (leves e/ou pesados) e/ou gases (GLP e/ou Gás Natural),
3.2.4 – MISTURADOR
É o componente responsável pela homogeneização entre agregados e CAP. O misturador externo do tipo Pug-Mill é constituído por uma grande caixa metálica com tampas superiores móveis, aquecida pela circulação de óleo térmico que mantém a temperatura da mistura durante o processo; mais dois eixos paralelos, que giram em sentido oposto, com braços, aletas e proteções internas construídos em aço de alta resistência
3.2.5 – SEPARADOR ELETROSTÁTICO
O Separador Eletrostático cumpre a função de pré-filtro, coletando o material particulado com eficiência aproximada de 80% considerando todos os tamanhos, e de 100% para partículas com tamanho superior a 200 mícron. Isto aumenta a vida útil dos elementos filtrantes, pois as partículas maiores são as mais abrasivas e possuem maior temperatura que os gases. O material coletado no Separador eletrostático é devolvido
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