A crise cambial e a experiência da América Latina na década de 1990
Seminário: A crise cambial e a experiência da América Latina na década de 1990. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joia1 • 22/5/2014 • Seminário • 461 Palavras (2 Páginas) • 396 Visualizações
Aula-tema 05: Crises Cambiais e a Experiência Latino-americana na Década de 1990
Nesta Aula-tema, serão analisadas as crises cambiais e a experiência latino-americana na década de 1990. Mas, para dar continuidade sobre esse assunto, precisa-se entender o conceito de âncora cambial e retomar alguns pontos abordados na aula-tema 04 sobre macroeconomia e o seu funcionamento.
Conforme visto na Aula-tema 04, se a macroeconomia representa a economia como um todo, dentro de seus estudos estão a política cambial e os regimes cambiais adotados pelos países, bem como a influência dessas políticas junto a fatores financeiros como taxas de juros, taxa de inflação e a economia em geral.
A política cambial pode ser definida como as políticas adotadas pelos governos para gerenciar sua taxa de câmbio, adotando estratégias para que, através dela, a economia de seu país evolua positivamente. A ideia de "evolução positiva" dependerá muito de cada governo e das metas econômicas traçadas por cada um.
Se a taxa de câmbio é "o preço que se paga para trocar uma moeda pela outra", os países necessitam de estoques de moedas fortes para garantir a estabilidade monetária e, assim, viabilizar suas transações comerciais com o resto do mundo. Mas para que consigam estocar moedas fortes, necessitam aumentar suas trocas comerciais através das exportações e importações. Em outras palavras, é necessário então um equilíbrio de sua taxa de câmbio através das exportações e importações que realizam.
Os governos, em busca da manutenção desse equilíbrio, adotam modelos diferentes de regimes cambiais para direcionar suas taxas de câmbio em busca do melhor funcionamento de seus mercados.
Antes de analisar mais detalhadamente os diferentes regimes cambiais e focar no assunto desta aula-tema, faz-se necessário o entendimento do conceito de âncora cambial. A âncora pode ser definida como a fixação do valor de uma ou mais variáveis da economia.
Segundo Gremaud e Braga (2010, p. 102), nos anos 70 e 80 a maioria dos países em desenvolvimento decidiu "congelar" algumas variáveis econômicas para controle da altíssima inflação de suas economias, utilizando, inicialmente, a ancoragem das variáveis preço e salário (como foi o caso brasileiro do congelamento dos preços e salários no Plano Cruzado) até que, mais tarde, decidiram fixar a taxa de câmbio. Daí o nome de âncora cambial.
Ainda segundo Gremaud e Braga, a realidade dos países apresenta uma variedade de regimes cambiais muito além do que aqueles já conhecidos (flutuante, fixo e de bandas cambais), destacando:
Intervenção do governo visando estabilidade cambial por um prazo indefinido;
Currency board;
Câmbio fixo com reajustes sistemáticos;
Câmbio totalmente livre de intervenções;
"Flutuação suja", ou dirty floating;
Intervenção governamental para que a taxa de câmbio seja compatível com determinadas metas governamentais (como metas inflacionárias);
Bandas simétricas, com limites
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