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A crise do 11 de Setembro

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Por:   •  19/10/2013  •  Artigo  •  822 Palavras (4 Páginas)  •  406 Visualizações

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A crise do 11 de Setembro

Todo o planeta lembra-se do 11 de setembro, o atentado terrorista nas torres do World Trade Center, em Nova Iorque. O maior ataque sofrido pelos EUA em seu próprio território teve seu impacto multiplicado pelo fato de, numa época regida pela comunicação via satélite, ter sido filmado e transmitido ao vivo. Quase que instantaneamente, habitantes dos quatro continentes puderam ver as imagens dos aviões atingindo as torres gêmeas, assim como o desmoronamento dos prédios e a enorme fumaça negra engolindo parte de Manhattan sob o olhar atônito dos nova-iorquinos. Os EUA se aproveitaram do ataque para imprimir uma nova orientação de sua política externa, concretizada através de uma ofensiva militar no Oriente Médio. Menos de um mês depois dos ataques, George W. Bush, eleito através de uma fraude eleitoral e contando com uma rejeição altíssima, ordena a invasão do Afeganistão, sob a justificativa de caçar Osama Bin Laden, seu antigo aliado. Em março de 2003, os EUA invadiam o Iraque, utilizando agora a já comprovada farsa da existência de armas de destruição em massa no país. Os escombros do WTC já foram há muito tempo removidos, mas os fatos por trás do 11 de setembro ainda permanecem encobertos. É amplamente conhecido, por exemplo, o fato de Washington ter farta informação sobre a movimentação dos terroristas de Bin Laden nos EUA. Até que ponto, porém, o governo norte-americano sabia sobre o atentado? Ou a estranha permanência de Bin Laden em uma cidade militar do Paquistão até que fosse assassinado pelas forças especiais norte-americanas, em circunstâncias não menos bizarras. Talvez a verdade sobre isso nunca venha à tona. O fundamental, porém, é tentar entender o que significou para o imperialismo o 11 de setembro, e seus desdobramentos, tanto nos EUA quanto no mundo.

A crise se deu porque os EUA que entravam no século XXI já não contavam com todo o otimismo que vigorava na década anterior. Os anos 90 foram marcados pela reafirmação dos EUA como potência hegemônica em uma nova ordem mundial que já não contava com a URSS ou os países do bloco do chamado “socialismo real”. O avanço do neoliberalismo, sob o discurso da ‘globalização’ da economia promovia o fim de direitos e a redução de salários aos trabalhadores de todo o mundo, assim como a derrocada de fronteiras para os produtos e investimentos do imperialismo. A entrada plena dos países do Leste ao mercado capitalista e a integração da China, como fornecedora de abundante mão-de-obra barata e destino de investimentos (assim como consumidora voraz de commodities de países como o Brasil) conferiam grande impulso ao crescimento econômico mundial, apesar de certas turbulências no meio do caminho. Ao final dos anos 90 e início de 2000, porém, os limites desse crescimento já se tornavam evidentes. Uma crise de superprodução capitalista se expressava na formação, e estouro, da bolha financeira das empresas de tecnologia nos EUA (as empresas ‘pontocom’). A estratégia do imperialismo para manter e ampliar seu domínio e crescimento, na forma de acordos de livre comércio como a Alca e o TLC, esbarrava no ascenso das lutas dos povos dos países semicoloniais, como nos países centro-americanos e em toda a América Latina. Era necessário dar uma saída a essa crise, e a solução para isso ganhou contornos militares.

Para retomar

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