A extensão de brinquedos de bibliotecas em todo o Brasil
Pesquisas Acadêmicas: A extensão de brinquedos de bibliotecas em todo o Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: nando1234 • 15/9/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.238 Palavras (5 Páginas) • 446 Visualizações
BRINQUEDOTECA
A discussão sobre a importância do brincar para a criança tem uma longa história descrita por muitos estudiosos e pensadores do meio educacional. O brincar sofreu transformações no processo histórico desde o seu reconhecimento como elemento importante para a formação do ser humano.
Em 1959, a importância do brincar foi reconhecido mundialmente, conforme descrito no Princípio 7º da Declaração Universal dos Direitos da Criança, (1959 s/p.) cujo texto diz, “A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a atividades recreativas, que devem ser orientadas para os mesmos objetivos da educação; a sociedade e as autoridades públicas deverão esforçar-se por promover o gozo destes direitos”.
Em decorrência da valorização do brinquedo e do brincar, bem como, a sua relevância à educação, principalmente na infância, surge a Brinquedoteca, com o propósito inicial de empréstimo de brinquedos e a criação de espaços destinados à exploração lúdica. Passou a ser conhecida e propagou-se pela Europa a partir dos anos 60. No Brasil, este espaço lúdico originou-se nos anos 80, com a adoção do brincar em muitas instituições educacionais nas atividades de docência.
A história relata que a Brinquedoteca surge com várias denominações como: Toy-Library (biblioteca de brinquedo), na Inglaterra; Ludothéque, na França; Lekoteks na Suécia; no Brasil Brinquedoteca ou Ludoteca, sob influências portuguesas que se instalaram em diversos pontos do mundo.
Mas, a primeira intenção de Brinquedoteca surgiu em 1934, em Los Angeles, Estados Unidos da América (E.U.A.) num momento de crise econômica. Com o objetivo de solucionar problemas causados por frequêntes roubos em sua loja de brinquedos, o proprietário relatou ao diretor da instituição de ensino municipal sobre os desvios de comportamentos dos alunos daquela instituição no seu estabelecimento comercial. Foi então que o diretor da escola, partindo de um problema constatou que os acontecimentos desta natureza (roubos) eram decorrentes devido à escassez de brinquedos às crianças que lá estudavam. Desta forma, o diretor da instituição criou a primeira intenção de Brinquedoteca, dispondo aos alunos, neste espaço, brinquedos variados onde as mesmas poderiam explorá-los in loco.
Conforme Friedmmann (1998, p. 174) “ainda existe, em Los Angeles (E.U.A) a brinquedoteca chamada de “Toy Loan” ou “Toy Libraries”, com propósito apenas de emprestar brinquedos, caracterizado como recurso comunitário”.
A expansão deste serviço ocorreu com mais intensidade na década de 1960, com disseminação para a Europa em países como: Suécia, Inglaterra, Bélgica e França, mas, com propósitos ligados à orientação e empréstimo de brinquedos aos pais de crianças com deficiências, para estimular, no âmbito domiciliar, à aprendizagem por meio do brincar, evidenciando-se assim, o surgimento de outras funções da Brinquedoteca: a educacional e a terapêutica.
Na Suécia, em 1963 conforme Noffs (2001, p. 163) descreve, “duas professoras que tinham filhos deficientes fundaram, neste país, a primeira Lekotec (Ludoteca em sueco)”, com intenção de empréstimo e orientação ao uso de brinquedos às famílias que possuíam pessoas com deficiência.
Ainda Noffs (op. cit.), as Lekoteks tinha como legado “a criança aprende brincando, mas com brinquedos que atendessem suas necessidades reais”. O mediador do ambiente orientava os visitantes ao uso contínuo dos brinquedos em seus lares, em continuidade à estimulação iniciada na Brinquedoteca, verificando-se então, o estímulo educativo dos visitantes, mas também, o trabalho clínico, já que as consultas eram marcadas antecipadamente e de forma individual.
Na Inglaterra, se propôs a biblioteca de brinquedos - Toy libraries – com propósito de emprestar os brinquedos para levar à casa. Em outros países da Europa como Suíça, Bélgica, França e Itália denominaram o espaço lúdico de Ludotecas, com empréstimo para uso local ou domiciliar.
A expansão e o reconhecimento da importância do brincar e do brinquedo para o desenvolvimento na infância foram tão profundos, que em 1976, realizou-se em Londres o primeiro Congresso sobre o trabalho iniciado com o empréstimo de brinquedos.
Anos depois, 1981, ocorreu o II Congresso de Brinquedotecas em Estocolmo, na Suécia; em 1987 - Congresso Internacional de Toy Libraries no Canadá; em 1990, V Congresso Internacional de Brinquedotecas em Turim, Itália e por fim, 1993, Encontro Mundial sobre o brincar na Austrália.
A consolidação do trabalho tornava-se cada dia mais intenso e expansivo, com a existência de questionamentos sobre a real função e denominação dos termos empregados na época como o nome Toy Libraries, visto que, muitos dos objetivos já haviam adquirido outras funções, tais como: apoio às famílias, orientação educacional, estímulo à socialização e resgate da cultura lúdica.
A intenção concretizou-se com a criação da Associação Internacional de Brinquedotecas - Toy
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