A que horas posso voltar
Por: ca3010 • 6/6/2019 • Abstract • 21.179 Palavras (85 Páginas) • 163 Visualizações
A que horas posso voltar?
O ano é de 2040, nasci no ano de 2017 e atualmente tenho 25 anos, se querem saber as coisas não mudaram muito de alguns anos pra cá, não é como aqueles filmes dos anos 90 do qual os carros voavam e havia hologramas e robôs por toda parte, não que eu não ache que a evolução não vá até esse ponto, mas no meu entender essas tecnologias gastariam muito recurso para uma população que não possui tanta distribuição de renda, então vejo que algumas coisas precisam ficar encubadas até quem sabe daqui a alguns anos. Algumas redes sociais mudaram de uns anos para cá e os carros são mais econômicos e mais fáceis de dirigir, alguns funcionam com piloto automático, alguns semiautomáticos, mas esses não podem ser chamados de carro populares, o valor deles são bem acima do piso salarial. Aumentaram também o acesso aos carros de energia elétrica, e como as usinas hidrelétricas resolveram investir em captar também energia de forma eólica esse tipo de carro mesmo ainda sendo muito caros tem mais fácil acesso para população, resumindo você paga ele dividido diversas vezes e passeia com ele feliz de ter realizado uma compra inovadora, sendo que isso já existia quando nasci, mas era bem mais caro e quase não se fazia tanto carro desse tipo.
Como eu havia dito as redes sociais mudaram um pouco, agora você consegue ter uma conexão com mais rapidez, quando precisar fazer uma vídeo chamada ou uma ligação em forma de um aplicativo é só falar bem perto de seu relógio e pedir que ele te conecte a pessoa deferida, esse relógio é um celular que você consegue se conectar com a pessoa em qualquer lugar que esteja, e não precisa ter crédito nem wifi, isso já está incluído na sua conta, como se fosse uma conta de luz, e como ninguém vive sem internet pagamos sem muito questionamentos. Esse jeito de conversar com um relógio que faz tudo que você manda é um pouco viciante, algumas pessoas tem o seu relógio como se fosse algum amigo, e isso faz com que as vezes elas percam o pouco da realidade. Você também deve estar imaginando que a minha roupa assim como das outras pessoas seja sintética e agarradas no corpo como se fossemos astronautas modernos, mais uma analogia a filmes antigos, na verdade a única diferença é que dificilmente alguém sai de casa para comprar roupas, ou dificilmente sai de casa para qualquer coisa, a não ser diversão.
Como a taxa de natalidade diminuiu nos últimos anos, existe mais adultos que crianças no mundo e esses adultos e idosos preferem roupas que não tenham mudado muito de alguns anos para cá, e são exatamente as mesmas calças jeans as mesmas camisetas e os mesmos sapatos, só com algumas adaptações que as vezes chegam a serem um pouco bregas. Mas sabe o que é interessante nisso tudo, todos os tecidos são feitos de forma reciclável, então quando você enjoa de alguma roupa você troca por dinheiro em algum ponto de troca da mesma loja que você comprou, mas se for acima de dez peças de roupa você pode mandar um e-mail para a loja pedindo que ela vá até sua casa pegar a roupa que você não quer mais, e receber o dinheiro em troca, muitas pessoas atualmente fazem isso, principalmente quando estão com dividas. Não é um dinheiro que se vanglorie, afinal a indústria não iria ser tão generosa de uma hora para outra.
A cidade resolveu investir em menos consumo de energia, pois mesmo tendo o vento como forma de transformar em energia, que consequentemente é natural e não custa nada, as vezes ela falha em tempos de muito calor, e precisam usar a água e a água se encontra escassa pelo excesso de consumo desacerbado nos últimos anos então a luz e a agua depois das vinte horas diminui gradativamente até parar totalmente as vinte e duas, só as luzes da rua ficam acessas e isso torna tudo muito perigoso, temos acesso a ela somente no outro dia.
O efeito estufa tornou tudo muito quente e seco, o calor chega a ser insuportável em algumas épocas do ano, e ao contrario de antes as pessoas não reclamam mais quando chovem, muito pelo contrário. Ainda não falei das casas mais com o aumento de pessoas em meia idade saindo da casa de seus pais e morando sozinhos ou se casando, aumentou a compra de imóveis, fazendo assim os imóveis ficarem mais diminutos, mais com um designer que fazem eles terem uma maior aprovação de espaço, assim como banheiros menores, mesas dobráveis ou espelhos na cozinha que viram uma mini mesa, disponível para duas pessoas, camas embutidas na parede também são bem utilizáveis, e moveis cada vez mais pequenos ,e por aí vai, tudo de forma slim e que ocupe o mínimo de espaço.
A decoração também depende muito de alguns gostos, então algumas pessoas investem em moveis com mobília antiga por acreditarem em um móvel mais durável, além de achar belo, e alguns investem em mobília de vidro e janelas enormes e uma cor neutra para combinar com a transparência dos vidros. Pois bem fazendo a apresentação desse ano, ainda assim podemos perceber que tudo ocorreu muito rápido em vários outros séculos, mais o século XXI se estagnou, pelo menos aqui no Brasil, a vontade de crescer em cima de uma mão de obra barata fez com que esquecêssemos do conhecimento e a ciência, juntamente com a tecnologia, o crescimento com passar dos anos não fez com que a nova era e a nova tecnologia nos dessem uma nova perspectiva de mundo, esquecemos que isso tudo poderia ser em prol de uma nova sociedade, mais plural e com mais vistas panorâmicas do universo, a falta de cientistas fez com que a economia caísse consideravelmente e ver pessoas sem emprego e principalmente jovens, é a coisa mais comum.
A falta de educação que fizesse as crianças explorasse os conhecimentos fez com que tudo que obtivemos até agora como tecnologia fosse a maioria vindo de fora, uma guerra de ignorância se instalou e é comum vermos ideologias sendo representadas como algo tão desnudo de argumento e chegando ao extremo, com o extremo fica meio difícil viver em sociedade dizendo que se é alguma coisa ou acredita em algo, portanto o respeito se tornou pífio. Sem segregação de conhecimento cada pessoa briga por causas diminutas, mas que acha relevante sem ao menos um texto amplo e plausível sobre o assunto.
Tudo que eu disse até agora é apenas um breve resumo de minha introdução para contar uma história que acho que vocês vão gostar. Vocês devem estar se perguntando quem vos fala, pois bem me chamo Natália, como eu já disse tenho 25 anos, cabelos pretos e lisos, um pouco para baixo do ombro com dois dreads na nuca, tenho os olhos castanhos, pele branca o rosto cheio de pequenas sardas, uma boca rosada que é somente um risco que tenho para a entrada de alimento, sim minha boca é bem pequena. Gosto de me vestir com roupas que me deixam a vontade tipo camisetas, shorts ou calças não muito apertadas para ajudarem na minha caminhada, e também um bom tênis. Eu disse sobre as preferências dos móveis atuais, mais não falei o que eu gostava, na verdade eu prefiro minha barraca, com ela eu posso ir para aonde eu quiser, e morar aonde quiser e é isso que eu fazia nos dois últimos anos, antes do que acontecera, as vezes tomava banho em hotéis e dormia que era quando eu me cansava do meu mini colchão, decidi fazer isso quando me formei em literatura. Desisti de continuar na minha tão sonhada profissão por medo de não conseguir me adaptar a padrões impostos e a maioria das vezes fazer algo que eu não gostaria de fazer, desisti de tudo depois de um ano de trabalho, pequei minhas coisas e tudo que eu achava realmente relevantes e fui embora.
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