A ÉTICA DE ARISTOTÉLICAS PARA A ÉTICA NA ACTUAL BRASIL SOCIEDADE
Projeto de pesquisa: A ÉTICA DE ARISTOTÉLICAS PARA A ÉTICA NA ACTUAL BRASIL SOCIEDADE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fndaborges05 • 4/11/2014 • Projeto de pesquisa • 3.847 Palavras (16 Páginas) • 301 Visualizações
DA ÉTICA ARISTOTÉLICA PARA A ÉTICA NA SOCIEDADE BRASILEIRA ATUAL
Adriano Rodrigues Ferreira[1]
RESUMO
Da Ética Aristotélica para a Ética na Sociedade Brasileira Atual diz respeito a um estudo reflexivo das transformações na conduta humana no campo ético, seja no âmbito empresarial, profissional ou do senso comum. Traz referências aos conceitos e aos pensamentos de Aristóteles sobre o tema relacionando-os com o cenário brasileiro atual. Objetiva transparecer as mudanças vistas na ética e na moral em dois momentos da história. Chegando a considerar por fim que o conceito de ética no pensamento filosófico de Aristóteles leva a contextualização descritiva do que é ética, na sociedade contemporânea, neste cenário se justifica a criação de códigos éticos para a conduta social, profissional e empresarial em prol de uma convivência mais harmônica, justa e livre. Porém, se faz necessário que os valores éticos e morais sejam impregnados na essência humana do cidadão brasileiro, e que as decisões, em qualquer instância, sejam de bom-censo sem ferir o outro ou a coletividade.
Palavras-chave: Ética; Aristóteles; Sociedade brasileira atual; Meio social comum; Ética profissional; Ética empresarial.
INTRODUÇÃO
Os primeiros estudos sobre ética partiram dos filósofos da cultura ocidental, mais especificamente na Grécia antiga[2], refletindo sobre os problemas fundamentais da moral, então o homem se consolida em objeto de pesquisa para o discurso moral e político como forma de enquadramento social, no âmbito de teorizar a finalidade e o sentido do viver humano, as bases da obrigação e do dever, a essência do bem e do mal, o valor da consciência moral, e razões para a justiça e a harmonia das condutas.
Contudo, o entendimento ético discorre filosoficamente em épocas diferentes e por vários pensadores, dando assim, diferentes conceitos e formas de alusão ao termo. Neste quadro, investigaremos a obra Ética a Nicômaco, de Aristóteles, e seus pensamentos sobre a ética, a conduta, a moral e a virtude compondo uma relação com o cotidiano humano contemporâneo no Brasil, versando sobre a presença do fundamento ético e seus valores no meio social comum, empresarial e profissional.
1. CONCEITOS DE ÉTICA
A palavra ética vem do grego Ethikós, que significa "modo de ser". Trata o comportamento humano pelo seu valor moral, a natureza do bem e do justo. É também chamada de filosofia moral, por tratar dos valores em sociedade, isto é, do comportamento humano pelo seu valor moral.
"Ética (gr. ethike, de ethikós: que diz respeito aos costumes). Parte da filosofia prática que tem por objetivo elaborar uma reflexão sobre os problemas fundamentais da moral (...), mas fundada num estudo metafísico do conjunto das regras de conduta consideradas como universalmente válidas. Diferentemente da moral, a ética está mais preocupada em detectar os princípios de uma vida conforme a sabedoria filosófica, em elaborar uma reflexão sobre as razões de se desejar a justiça e a harmonia e sobre os meios de alcançá-las. A moral está mais preocupada na construção de um conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida em comum justa e harmoniosa".(JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p. 93)
A ética filosófica reflete sobre os valores essencialmente impregnados na sociedade para a busca da moralidade e consciência, e o meio de como alcançar esses valores morais. Porém inicialmente, quando dos primeiros pensadores gregos, não se estabeleceu regras de conduta nas relações humanas, como atualmente se revela em códigos de ética profissionais, políticos ou empresariais intuídos em harmonizar moralmente as interações sociais.
Desse modo, a moral consiste num conjunto de comportamentos e normas aceitos como válidos nas relações humanas, e a ética, diferentemente da moral, trata de estudar sobre a aceitação de alguns comportamentos como legítimos, válidos, considerando sempre outras morais pertinentes a aspectos pessoais e culturais. No entanto, é atribuído à moral dizer o que deve ser feito em determinada situação comum ao interagir do homem com o ambiente e a sociedade, e à ética expor reflexões sobre o comportamento moral e a conduta de cada indivíduo em seu meio. A ética configura a união de um sujeito e seus valores, ou seja, um conjunto do agente moral e suas virtudes éticas, intrinsecamente ligadas.
Sinteticamente, a ética é o estudo dos juízos da conduta humana, que é passível do bem e do mal, presente em um único ser ou em grupo. Está presente em todas as ordens vigentes no mundo, na escola, na política, no esporte, nas empresas e é de vital importância nas profissões, principalmente nos dias atuais.
2. A ÉTICA ARISTOTÉLICA
O discurso exposto pelo realismo aristotélico[3], considerava o universo como ordenado por leis constantes e imutáveis. Essa ordem rege não só fenômenos naturais, mas também os de ordem política, moral ou estética. Alegando existir uma ciência "primeira", a metafísica, que estuda o ser e procura enunciar que essa ordem torna inteligíveis todos os fenômenos.
Neste cenário, a teoria ética filosófica objetiva estabelecer o bem tanto ao individuo quanto à sociedade num todo. Então, o comportamento ético é o que se considera prudente. Porém, uma questão central que a moral e a ética tratam, e que é muito difícil de responder, é "como devo agir para com os outros?". A visão sob a ética na filosofia grega clássica se faz mais empírica, claramente exposta nas obras de Aristóteles.
"(…) os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo seus instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos". (ARISTÓTELES, II)
A ética, segundo Aristóteles, serve como condução do ser humano à felicidade, no sentido mais amplo da palavra. E é em toda interação, na dinâmica do convívio social, que se possibilita transparecer os valores éticos e morais humanos, assim como o desenvolvimento destes.
Aristóteles acreditava que o exagero é motivador para a criação de conflitos com outros indivíduos ou com a sociedade, e enquanto tal pode afetar o nosso caráter, com isso os excessos prejudicam a imagem do homem social. E é na observação e reflexão de tais fatos que irá surgir, originar-se a doutrina do justo meio, onde a virtude intermedia pontos
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