ABORDAGEM HUMANISTA DA ORGANIZAÇÃO
Trabalho Universitário: ABORDAGEM HUMANISTA DA ORGANIZAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mayharamonteiro • 11/3/2015 • 1.834 Palavras (8 Páginas) • 1.793 Visualizações
ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO
Teorias Transitivas da Administração
Em meio à Teoria Clássica e antecipando-se, de certo modo à Teoria das Relações Humanas, surgiram autores que, apesar de defenderem alguns dos princípios clássicos, iniciaram um trabalho pioneiro de revisão, de crítica e de reformulação das bases da teoria da administração. O aparecimento desses autores, que denominaremos transitivos, teve sua origem exatamente na abordagem formal e mecanicista da Teoria Clássica. A única coisa que esses autores transitivos têm em comum é a tentativa de aplicação pioneira de certos princípios da Psicologia (como Tida e Miss Follett) ou da Sociologia (como Bernard) na teoria administrativa, até então relutante e talvez indiferente quanto à aplicação de princípios baseados nas ciências humanas.
Administração e Liderança
Na década de 1920, quando a noção de organização já estava sacramentada pela teoria clássica, Ordway Tead começou a popularizar, nos Estados Unidos, a administração sem a preocupação estritamente científica. Inicialmente, procurou desvendar a psicologia do operário ao mostrar a relação existente entre as ambições e os temores dos operários ela sua realidade no trabalho. A seguir, tentou mostrar que a compreensão do comportamento administrativo deve partir do conhecimento da natureza humana. Para Tead, a administração é um conjunto de atividades próprias de certos indivíduos que têm a missão de ordenar, encaminhar e facilitar os esforços coletivos de um grupo de pessoas reunidas em uma entidade, para a realização de objetivos previamente definidos. O administrador é, para Tead, um profissional e um educador, pois seu papel na influenciação do pessoal exige uma contínua e intensa atividade educativa. Tead preocupou-se bastante em conceituar a liderança, bem como estudar os processos de influenciação do líder sobre os subordinados. Para Tead, o líder é um agente moral e, principalmente, o símbolo da democracia dentro da organização. “A administração democrática é a direção e visão global de uma organização que garante que: - A escolha dos objetivos seja compartilhada pelo conjunto;
- Exista o sentimento de liberdade e vontade de colaborar com melhor esforço criador;- Haja liderança pessoal estimulante;
- E, como consequência lógica, o resultado total engrandeça as finalidades da organização”.O sucesso da organização depende de que os subordinados aceitem os objetivos a serem alcançados. Alguns objetivos têm maior apelo e aceitação do que outros. Para Tead, os objetivos que geralmente a organização pretende alcançar são:
a) Legais, estatutários ou regulamentais.
b) Funcionais, como fornecimento de produto ou serviço ao consumidor.
c) Técnicos, isto é, relacionados com os processos e equipamentos.
d) Lucrativos.
e) Pessoais e Públicos.
A formulação dos objetivos da organização pode ser feita de três maneiras típicas:
a) O objetivo é formulado pelo grupo em atividade e o chefe é escolhido como sendo a pessoa que dirigirá a sua realização;
b) O objetivo é formulado parcialmente pelo grupo e o chefe tem oportunidade de aumentá-lo e enriquecê-lo.
c) O chefe formula e dirige o objetivo em virtude de sua capacidade em aliciar outras pessoas para a consecução do mesmo.
Psicologia da Organização
A psicologia administrativa, segundo Mary Follett, deve ser utilizada no sentido de reconciliar os indivíduos com a organização. A administração precisa compreender as pessoas, os grupos humanos e a comunidade na qual está situada a empresa. O objetivo básico da ação administrativa é obter a integração das pessoas e a coordenação da suas atividades.
Organização como um Sistema Social
Em 1938, um executivo americano, Chester Barnard, antecipando-se à sua época, propôs-se a elaborar uma teoria da cooperação na organização formal. Para Barnard os seres humanos não atuam isoladamente e sim por interações com outros seres semelhantes. Este tipo particular de interação Barnard chama de “relações sociais”. Todavia, as pessoas têm limitações pessoais que impedem que cada pessoa possa alcançar sozinha certos objetivos. Assim, surge a necessidade de cooperação entre as pessoas para sobrepujar as limitações pessoais e a ação isolada de cada um: a união faz a força. A organização é um sistema de atividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas. A cooperação é essencial para a organização. Uma organização somente existe quando:
- Há pessoas capazes de se comunicarem entre si (interação).
- Elas estão dispostas a contribuir com ação (cooperação).
- Elas cumprem um propósito comum (objetivos).
As organizações são formadas por pessoas para sobrepor suas limitações individuais.Com as organizações, a limitação final para alcançar muitos objetivos humanos não é mais a capacidade individual mas a habilidade de trabalhar eficazmente com os outros.
Teoria das Relações Humanas
A Teoria das Relações Humanas (também denominada Escola Humanística da Administração) surgiu nos Estados Unidos como consequência imediata das conclusões obtidas na Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores.Foi basicamente um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração.
6.1.5 - Origens da Teoria das Relações Humanas
As principais origens da Teoria das Relações Humanas são as seguintes:
A) A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. Nesse sentido revelou-se um movimento tipicamente americano e voltado para uma democratização dos conceitos administrativos.
B) O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psicologia e a sociologia, bem como a sua crescente influência intelectual e suas primeiras tentativas de aplicação à organização industrial. As ciências humanas, gradativamente, passaram a demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica.
C) As
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