ANÁLISE DA OBRA: A METAMORFOSE
Por: Tainara Buri • 11/11/2018 • Resenha • 431 Palavras (2 Páginas) • 323 Visualizações
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO
ANÁLISE DA OBRA:
A METAMORFOSE
Disciplina: Leitura e produção de textos
Professora: Ivânia Campigotto Aquino
Acadêmica: Caroline de C. Chizzoni
Passo Fundo, maio de 2015
A Metamorfose escrita em 1912 por Franz Kafka é publicada pela primeira vez em 1915, chegando ao Brasil somente em 1956. Considerada um clássico, a obra pode ser compreendida e dividida em três partes. Inicialmente o personagem Gregor Samsa é um caixeiro-viajante que trabalha para sustentar a família, entretanto em uma manhã ele sofre uma metamorfose e torna-se um inseto enorme. A segunda parte relata a nova adaptação do personagem, destacando as mudanças na sua família e cotidiano. E por fim, na última parte o personagem Gregor é visto como um estorvo que precisa ser eliminado, porém o grande inseto morre, e sua família faz novos planos para o futuro, uma vez, que sente-se liberada.
O personagem Gregor antes da metamorfose era um homem que dedicava-se inteiramente ao trabalho, uma vez que sustentava a família e pagava contas antigas do pai. Porém, ele era egoísta ao julgar-se o único ser capacitado para desenvolver tal função. Apesar de não gostar da sua profissão ele a exercia arduamente, sem motivação pessoal ou profissional. Assim é a nossa sociedade atualmente. As pessoas trabalham por obrigação, para sustentar famílias, dificilmente encontramos pessoas que trabalham com vontade e demonstram amor pela profissão que exercem. Isso acontece na maioria dos casos por imposição dos pais, ou simplesmente por pensamentos retrógrados, como por exemplo, o pensamento de que dinheiro traz felicidade.
Apesar de sabermos que dinheiro não é tudo na vida, esse cultiva ilusões e desejos nas pessoas, como no caso do novo contexto da família Samsa que precisa trabalhar, já que a pessoa que os sustentava agora é dependente e praticamente inútil. Essa ilusão pode ser observada na irmã de Gregor que inicialmente lhe trazia comida e cuidava da limpeza do quarto. Porém, a jovem ao perceber que seu irmão não lhe ajudará a ingressar no seminário de música, passa a vê-lo com menos frequência e no fim considera-o um estorvo, um inseto que deve ser eliminado, pois só atrapalha a vida da família.
Portanto o personagem Gregor ao perceber o distanciamento da família, passa por um processo de animalização. Afinal ele já havia perdido a comunicação, a fala, que entre outras características é a que mais nos diferencia dos animais irracionais. Gregor também percebe que não consegue impor sua vontade, o que lhe resta é se conformar e viver como um inseto, de restos e na solidão.
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