ANALOGIA DO FILME ROGER E EU

ANALOGIA DO FILME ROGER E EU

Após o anuncio do fechamento de onze indústrias das empresas GM, a cidade de Flint sofreu a redução de 30.000 empregos. Michael Moore apresenta em seu documentário, sua saga para encontrar e dialogar com Roger Smith, presidente da General Motors, os personagens fornecem seus nomes ao título do documentário e na qual são apresentadas as drásticas conseqüências no cotidiano de Flint. A idéia central de Michael é mostrar a verdadeira face do capitalismo, que neste caso trouxe sérias conseqüências para a população de Flint, onde os ricos ficaram mais ricos e os pobres ainda mais pobres. Com o fechamento das empresas Roger Smith se auto presenteou com US$ 2 milhões, enquanto milhares de pessoas não tinham mais onde morar.

A questão política da cidade, no momento em situação devastadora, encontrou-se em desequilíbrio, pelo fato de a situação econômica se encontrar totalmente dependente de uma tão conceituada empresa que estaria se retirando da cidade, por razões de competitividade gerando o desemprego e a pobreza e em conseqüência o alto índice de violência. Levando em consideração que a situação política se completa com a situação econômica para buscar solucionar os problemas que vierem a surgir, no caso de Flint parecia não haver solução para tantas famílias sem renda. Muitas famílias tentaram uma saída trabalhando como autônomos, porém sem muito sucesso finaceiro. Mesmo buscando outras saídas em uma gritante ação de desespero, a construção de um hotel, um Shopping e um parque cultural, a fim de atrair turistas para tentar injeçar dinheiro na economia da cidade, não obteve sucesso, os turistas nunca chegaram provocando em seguida o fechamento do shopping, do hotel. A cidade então sobrevivia através de um seguro social mantido pelo Governo Federal.

Olhando para uma cidade dependente do ramo industrial, no caso de Flint do capitalismo, o resultado da retirada das indústrias seria a declaração de falência estadual, levando em consideração que a retirada das empresas da cidade de Flint não foi devido à crise e sim por motivos de maximização de lucros, em busca de mão de obra barata no México a General Motors economizou bastante e assim pôde ampliar ainda mais suas atividades.

Uma cidade que é totalmente capitalista não teria tantos desempregos em tempos de crise, pois o pensamento liberal acredita que sem a interferência do estado, as empresas teriam condições de conduzir o pleno emprego de seus recursos, determinando os preços e a produção de equilíbrio evitando assim problemas com o desempenho econômico.

Em reflexo ao estado do amazonas que abrange uma grande área industrial, não seria tão devastador ao mesmo nível de Flint.

Com a implantação da Zona Franca em Manaus na década de 60, era preciso complementar na cidade as rodovias, hidroelétricas, instalações militares e administrativas, aeroportos e sistemas de comunicações. Além da necessidade de o país ter capacidade de manter as plenas atividades das empresas implantadas também era necessário ter uma condição política estável. Com tudo em ordem foi implantado a Zona Franca em Manaus com um grande plano de desenvolvimento industrial e com uma estratégia que evidência o processo de mundialização da economia em um novo patamar, com o projeto que consistia na realização de investimentos de grande impacto que fosse capaz de mudar a posição a Amazônia “como um grande vazio dentro da nação”. Assim tivemos até hoje um aumento considerável na área econômica, Com o mesmo pensamento do presidente da General Motors ao mudar suas empresas para o México, a Zona Franca também foi implantada em Manaus com a intenção de reduzir os custos, pagando mão de obra barata, para manter os baixos salários foi criado a rotatividade de mão-de-obra e a contratação do trabalho feminino. Olhando a partir do ponto de vista capitalista a cidade teve uma experiência bem sucedida, pois criou um setor industrial moderno onde não existia nada parecido, como a general motor na cidade de Flint, também criou novos empregos dando assim um bom estilo de vida para as famílias que dependem do ramo industrial, tornando a cidade