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Analise Do Filme Roger E Eu

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Por:   •  15/9/2014  •  384 Palavras (2 Páginas)  •  441 Visualizações

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Análise do filme Roger e Eu

Em uma das frustradas tentativas realizadas para encontrar o presidente da empresa – Roger Smith – Michael Moore se dirige a um clube onde o acesso ao segundo andar seria uma área restrita O ambiente se configura enquanto uma propriedade particular, desta forma, sua equipe deveria retirar-se do local. Esta passagem nos abre a possibilidade de um debate acerca da propriedade privada.

A materialização das relações vigentes na sociedade capitalista passa pela propriedade privada dos meios de produção e pela expropriação da força de trabalho alheia, dividindo, dessa maneira, duas classes fundamentais com interesses antagônicos. De um lado, a burguesia, dona dos meios de produção, que busca a obtenção do lucro ao explorar o proletariado, situado no outro extremo. Podemos sintetizar tal caracterização a partir da contribuição de Karl Marx & Friedrich Engels (1848), ao explicitarem que a transformação da natureza em produtos para o necessário consumo da humanidade – sejam eles comida, vestuário ou automóveis como no caso da GM – é realizada pelos trabalhadores, que recebem um salário de seus patrões. Entretanto, o salário pago aos que efetivamente produzem não se refere à totalidade de sua jornada de trabalho. Tal quadro faz com que haja um excedente da produção dessas mercadorias, que são alijadas do verdadeiro produtor e expropriadas pelos burgueses, configurando a extração de mais-valia e a materialização de seu objetivo inerente à lógica capitalista.

É possível notarmos, portanto, que a lógica desse modelo possibilita a concentração de riqueza nas mãos de um pequeno grupo, enquanto as desigualdades sociais se alastram e prejudicam a maior parte da sociedade. São apresentadas no filme as “reações” dos trabalhadores demitidos. Uma dessas se refere a um amigo do cineasta, onde este pratica fundamentos do basquetebol na quadra de um hospício – local aonde o ex-funcionário da GM se destina. A situação de Flint – que durante diversos anos auxiliou com sua força de trabalho local o crescimento da GM – a cada dia que passa, fica ainda mais calamitosa, com restrição da coleta de lixo, cortes no orçamento, emigração da população e imigração de ratos. O porta-voz da GM, Tom Kay, ao ser questionado por Moore, argumenta que uma corporação trabalha visando ao lucro; faz o que for preciso para obtê-lo, pois sua natureza não é honrar a cidade natal.

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