ARQUIVO DA CATEGORIA ‘CONSUMO CONSCIENTE'

ARQUIVO DA CATEGORIA ‘CONSUMO CONSCIENTE’

Negocie o produto e deposite seu voto!

Quarta-feira, 10 de Outubro, 2012

Não!!!!!! Não estamos falando de compra de votos… prática terrível que ainda se vê em nosso país tão carente de cidadania verdadeira. O assunto aqui é a nossa ida diária ao supermercado, em busca dos produtos elementares para nossa sobrevivência.

Você já se angustiou ao passar por um caminhão transportando animais para o abate? Já pensou sobre o sofrimento causado a esses animais, ou como a maioria de nós é totalmente desinformada em relação ao assunto? Essa desinformação, infelizmente, não é acidental.

Vejamos, então…

Essa reação é muito semelhante à que temos ao adquirir produtos chineses no comércio informal. Nos pegamos cogitando se aquele produto não estaria chegando tão barato às nossas mãos por causa da exploração do trabalho infantil, da poluição acelerada de rios e lençóis freáticos, etc… (Sim, está!)

O fato é que cada hábito de consumo, consciente ou não, é como um voto depositado na urna da economia global! Concorrem dois candidatos, nessa grande eleição: a falsa eficiência que, a qualquer custo, destrói recursos insubstituíveis e lança uma enorme “conta a pagar” para nossos filhos e netos; e a eficiência verdadeira, que deveria reconhecer todos os custos de produção – incluindo os “humanitários” no manejo de animais, por exemplo – e oferecer produtos advindos de uma relação mais harmônica com a natureza, com nossas comunidades mais próximas e com as gerações futuras.

Advinhe só, qual candidato “se dá bem” com nossa desinformação?

Indo direto ao ponto: você pagaria 10 ou 20% a mais pelo quilo de carne comprada no supermercado, se lhe dessem plena garantia de que o gado não fora submetido a crueldades e procedimentos dolorosos no manejo? Ou de que houve plena obediência à lei, na manutenção de matas ciliares da fazenda? A urna está ligada, esperando seu voto! Para reconhecê-la, muitas vezes basta ler com mais cuidado o rótulo do produto que você adquire.

ps: Gostou do tema? Conheça uma das poucas empresas brasileiras que já está aguardando ansiosamente o resultado dessa grande eleição pela sustentabilidade, a Korin: http://www.korin.com.br/frangos.aspx

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Dilma quer que você consuma… e você, o que quer?

Terça-feira, 11 de Setembro, 2012

Agora é assim: a cada 5 ou 10 dias, o governo vem a público anunciar uma medida pontual de redução tributária, uma nova pressão para redução das taxas de juros, uma concessão de serviço público (versão disfarçada de privatização), um pacote de bondades para o setor automotivo, de materiais de construção, ou uma nova bolsa-não-sei-o-quê… O intuito é, via de regra, fortalecer o consumo e evitar que o país entre em recessão. Mas será esse o melhor caminho?

Quase todos nós, economistas, apoiamos mudanças como as que vem sendo anunciadas. Elas revelam que o Governo Dilma percebe com clareza algumas das ameaças internacionais à nossa economia – tais como manipulação cambial, práticas de concorrência desleal, redirecionamento de fluxos de comércio, etc. Mais ainda, as medidas indicam que Dilma vê quais são algumas de nossas fragilidades: tributação complexa e excessiva, infraestrutura decadente, péssima qualidade de boa parte dos serviços públicos, entre outras…

Mas então, o que há de errado no caminho escolhido por Dilma?

A resposta é muito simples: estamos preparando nossa economia para deslanchar… só que no século passado! O estímulo ao consumo, via endividamente, foi o traço mais comum a todos os países que hoje enfrentam profundas crises econômicas.

Claro que precisamos avançar naquela agenda de gargalos identificada pelo Governo Dilma, não resta dúvida. Mas precisamos de visão sistêmica, isto é, precisamos ver O TODO não como a simples soma das partes, mas como um sistema formado de interações complexas. Precisamos planejar o futuro, o novo… não repetir as velhas fórmulas, ou recorrer a remédios “tópicos”.

Na prática, vejamos:

- Seguir estimulando a compra de automóveis, quando impera a imobilidade urbana em todo o país?

- Aplicar bilhões de reais na construção de estádios de futebol novos e gastar menos de um décimo dos valores em saneamento básico?

- Garantir a certos grupo – econômicos, políticos ou sociais – apenas direitos, sem alguma contrapartida na forma de novas responsabilidades sociais, ambientais ou com as gerações futuras?

- Empurrar as pessoas para o consumo, sem educá-las para, entre tantas coisas, uma vida financeira equilibrada, com poupança e planejamento prévios?

Consumir é bom, e todos gostaríamos de ampliar os padrões de consumo de nossa população. Mas a soma de ótimos consumos individuais pode tirar o sossêgo de todo mundo – literalmente.

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Cara-de-pau máxima na telefonia

Sexta-feira, 24 de Agosto, 2012

Todo mundo está acostumado a, quase sempre, ouvir uma mensagem gravada ao ligar para um número de celular. Em algumas capitais, há tantas áreas “cegas”, sem cobertura, que só mesmo com muita sorte para conseguirmos o contato.

Mas,