AS CONTRIBUIÇÕES DA ANTROPOLOGIA PARA PENSAR E FAZER SAÚDE

CONTRIBUIÇÕES DA ANTROPOLOGIA PARA PENSAR E FAZER SAÚDE

O livro “Tratado de Saúde Coletiva” expõe uma visão dos principais assuntos dos quais a Saúde Coletiva interessa-se, buscando estabelecer diálogos com os diversos campos dos saberes e com os indivíduos que fazem parte desses âmbitos, em especial, profissionais, discentes e docentes do campo da saúde. O presente tratado aborda temas que abrangem desde a história da Saúde Coletiva, perpassando por significados e ressignificados do termo saúde, além das políticas, gestão e atenção nessas áreas, até relações feitas com as ciências sociais, as quais abarcam, também, as contribuições antropológicas no campo da saúde em geral.

Especificamente, a parte que tange as “Contribuições da Antropologia para pensar e fazer saúde” trata desse tema de forma explicativa, abordando quais são essas contribuições, de quais modos se dão; traz em meio a essas exposições de ideias relações do fazer e pensar não só a saúde, mas a doença também, ressignificando ambos os termos de acordo com a visão de alguns antropólogos; trata do fenômeno cultural como algo direta e indiretamente relacionado ao social e, principalmente, à saúde. Além disso, em meio a tantas contribuições, Maria Cecília (2012) expõe nessa parte do livro o entendimento de que todos os saberes e conhecimentos são válidos, desde o senso comum às ciências em geral, além de apresentar que nenhum desses são detentores da “verdade absoluta” ou do “saber absoluto”, pelo contrário, o conhecimento e/ou entendimento de algo ou visão de mundo de determinado paciente, baseado em suas vivência, não é menos importante que o conhecimento de um profissional de saúde, e esse saber e as experiências devem ser considerados por qualquer profissional que venha manter vínculo com esse indivíduo.

A antropologia, de acordo com Marília Cecília (2012), contribui para relativizar conceitos biomédicos, para desvendar a estrutura dos mecanismos terapêuticos, para mostrar relações entre saúde/doença e realidade social, para contextualização dos sujeitos e contribui com formas de abordagem dos processos de saúde/doença. Sendo assim, o presente tema e seus subtemas apresentam a antropologia e suas contribuições na saúde em diversos âmbitos de relevância social, institucional, legislativo e outros; contribuindo desde a prática à teoria, do sendo comum às ciências em geral, do coletivo ao individual. Além disso, evidencia também que a antropóloga da saúde no Brasil relaciona-se com diversos pontos de vistas, desde o histórico às relações políticas, sociais e ideológicas que contextualizam seu nascimento.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DIANA ANUNCIAÇÃO

RESUMO: CONTRIBUIÇÕES DA ANTROPOLOGIA PARA PENSAR E FAZER SAÚDE

Bianca Carvalho Silva

SANTO ANTÔNIO DE JESUS – BA

2017