AS LINGUAGENS DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA
Por: Ana Alves • 15/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.012 Palavras (5 Páginas) • 1.410 Visualizações
ANA LUCIA ALVES CAMPOS[pic 1]
RESENHA: AS LINGUAGENS DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA
Ji-Paraná
2016
ANA LUCIA ALVES CAMPOS[pic 2]
DIREITO A VIDA E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Trabalho de pesquisa submetido ao professor Paulo Rodrigues Da Rosa da disciplina Cultra Religiosa, docente do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, como requisito para aula semi-presencial.
Ji-Paraná
2016
- REFERÊNCIA
- Autor: José Severino Croatto.
- Obra: As linguagens da experiência religiosa - uma introdução à fenomenologia da religião.
- Cidade: São Paulo.
- Editora: Paulinas.
- Ano: 2002
- DADOS DO AUTOR
- Quem é e Formação Acadêmica:
Croatto era filho de uma família de agricultores italianos que emigraram para a Argentina e por decisão de seu pais focou seus estudos a fim de se tornar sacerdote.
Entre 1948 e 1953 estudou teologia católica no seminário dos Vicentinos em Escobar, Buenos Aires. Em 1954 obteve bacharelado em Teologia na Universidade Católica Argentina UCA e em 1957 um mestrado em Estudos Bíblicos na Pontifícia Instituto Bíblico de Roma, após isso realizou uma pós-graduação na Universidade Hebraica de Jerusalém. Entre 1962-1964 ensinou o Antigo Testamento no colégio Maximo seminário jesuíta de San Miguel e História das Religies da Universidade de Buenos Aires de 1964 a 1973. Em 1974 foi professor visitante na Universidade Nacional de Salta Unsa e em 1975foi professor de Antigo Testamento no Instituto Superior Evangélico de Estudos Teológicos – ISEDET em Buenos Aires e em 1995 foi nomeado professor emérito, ele também ensinou religião comparada na Universidade Maimonides de 1994-2004. Croatto publicou mais de vinte livros e inúmeras publicações específicas e estava comprometido com a leitura da Bíblia popular na América Latina – Movimento dedicado à leitura da Bíblia nas comunidades de base a partir da perspectiva da teologia da libertação.
- FICHAMENTO
A obra, como um todo, é dividida em seis partes, mas a resenha possui menção apenas ao segundo e terceiro capitulo, nos quais o autor analisa e descreve a experiência religiosa e os símbolos.
No segundo capitulo do livro – A experiência religiosa descrição e implicações – Croatto afirma que “a finalidade da vivencia religiosa [...], trata-se de uma experiência humana, própria do ser humano e condicionada por sua forma de ser e pelo seu contexto histórico e cultura.” Nesse aspecto a experiência humana tende a se expressar por meio da palavra, da cultura, da arte, e de qualquer outro instrumento de comunicação que encontrado em uma sociedade, sendo o homem um ser relacional, que mantêm ligações com o mundo, com o outro e com o grupo humano, porém o ser humano oscila constantemente entre o intersubjetivo ou relacional e o subjetivo, o qual refere se a dimensão individual dos desejos, dos projetos, das realizações ou das frustrações de qualquer pessoa. Outro ponto importante identificado no segundo capitulo refere-se ao Holandês G. van der Leeuw em que “ele entende a experiência religiosa como uma experiência do poder transcendente que busca sua realização. O ser humano encontra-se diante de um ser ou objeto extraordinário, revestido de poder [...]. Ao descobrir esse poder em alguns objetos ou personagens, o ser humano considera-os sagrados: desde uma pedra até um sacerdote. O ser humano religioso é aquele que, em sua atitude e no seu comportamento, vive a ação daquela força transcendente, manifestada nas coisas ou em determinados seres.” Ou seja, o ser humano religioso tem um comportamento orientado a essa manifestação do considerado sagrado ou divino, é importante salientar que o termo “sagrado” não qualifica Deus, mas sim os objetos pertencentes à esfera do divino.
No terceiro capitulo – Descrição do símbolo – o autor apresenta o símbolo como uma chave da linguagem inteira da experiência religiosa, sendo ele, na ordem da expressão, a linguagem originária e fundante da experiência religiosa, a primeira e a que alimenta todas as demais, e em outras palavras, simboliza a união de duas coisas separadas, mas que se completam em que uma parte remete à outra. Nesse sentido o signo deve ser distinguido de outros indicadores de duplo sentido como o signo, a metáfora e a alegoria, deste modo o autor traz o signo como “um elemento desse mundo fenomênico [...] que foi ‘transignificado’, enquanto significa algo além de seu próprio sentido primário, já o signo assinala uma equação de conteúdos, ou uma relação de causa e efeito, a alegoria, no entanto, remete a um sentido que, na realidade ‘abre’ o horizonte do primeiro sentido, e a metáfora por sua vez compara dois elementos conhecidos.”
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