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ATPS CIÊNCIAS SOCIAIS

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Por:   •  1/11/2014  •  Trabalho acadêmico  •  2.935 Palavras (12 Páginas)  •  273 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho mostra, embasado em livros, documentários e comentários, a degradação das classes sociais, tanto no interior do indivíduo, como no seu exterior. A cada dia a sociedade cobra em dinheiro e/ou em esforço físico e mental cada pessoa que ocupa posição inferior na pirâmide social, e cobra caro. Para que o Capitalismo continue funcionando, a organização atual da sociedade tem que continuar em vigor, os pobres ainda mais miseráveis e dependentes, e os ricos cada vez mais abastados e humilhando os pobres. O ser humano cada vez mais se reifica, em função do dinheiro e no sonho de ascensão de classe social, sonho esse que pouquíssimos alcançam.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3

A Reificação .................................................................................................................. 5

Desumanização e Humanização do trabalhador ....................................................... 7

As Classes Sociais e suas Consequências ................................................................... 9

Urbanização .................................................................................................................. 11

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 12

A Sociedade e a Reificação

O livro A Construção da Realidade de Peter Berger e Thomas Luckmann fala sobre o conhecimento que direciona as decisões do cotidiano; para compreender esse conhecimento, é usado o método de análise fenomenológica. Essa realidade social da vida cotidiana é a relação entre as pessoas num sistema de convívio face a face. O esquema analítico desses autores afirma a precedência do conhecimento sobre os valores, e se aplica a partir da distinção de quatro níveis. Inicialmente, a legitimação “incipiente” acha-se presente logo que um sistema de objetivações lingüísticas da experiência humana é transmitido. É o primeiro nível, que inclui todas as afirmações tradicionais simples do tipo é assim que se fazem as coisas. É o nível pré-teórico e constitui o fundamento do conhecimento evidente sobre o qual devem repousar todas as teorias subseqüentes e, inversamente, níveis aos quais estas devem atingir para serem incorporadas à tradição. O segundo nível contém proposições teóricas em forma rudimentar, incluindo esquemas explicativos que relacionam conjuntos de significações objetivas e que são altamente pragmáticos, como os provérbios, as máximas morais e os adágios da sabedoria - ademais das lendas e histórias populares.

O terceiro nível já compreende teorias explícitas: um corpo diferenciado de conhecimentos oferecendo um quadro de referência amplo para a conduta institucionalizada. Já se nota a função de pessoal especializado para a transmissão desse conhecimento, pelo que o processo de legitimação começa a atingir um grau de autonomia em relação às instituições legitimadas, podendo gerar seus próprios procedimentos institucionais. É somente no quarto nível que se impõem os universos simbólicos como tais, isto é, como corpos de tradição teórica que: integram diferentes áreas de significação, abrangem a ordem institucional em processo de significação, se referem a realidades diferentes das pertencentes à experiência da vida cotidiana, realizam o grau mais alto de integração de particulares áreas de significado e de processos separados de conduta institucionalizada. Quer dizer, todos os setores da ordem institucional acham-se integrados num quadro de referência global. Desse modo, a integração reflexiva de processos institucionais distintos alcança sua plena realização; todas as teorias legitimadoras menores são consideradas como perspectivas especiais; os papéis institucionais tornam-se modos de participação.

Para Berger e Luckmann os universos simbólicos são passíveis de cristalização segundo processos de objetivação, sedimentação e acumulação do conhecimento. Esses processos de cristalização levam a um mundo de produtos teóricos que, porém, não perde suas raízes no mundo humano de tal sorte que os universos simbólicos se definem como “produtos sociais que têm uma história”. Desse modo, se quisermos entender o significado desses produtos temos de entender a história da sua produção, em termos de objetivação, sedimentação e acumulação do conhecimento. A função nômica (função de fazer observar as rubricas e normas dos procedimentos regidos por símbolos, como procedimentos de tipo litúrgicos) do universo simbólico é que “põe cada coisa em seu lugar certo”, permitindo ao indivíduo retornar à realidade da vida cotidiana.

O enfoque de Berger e Luckmann leva em consideração uma teorização metodologicamente pluralista, isto é, utiliza-se das diferentes ordens de marcha da sociologia para a consecução de uma teorização que, em sua época, era inteiramente nova. Quer dizer, a reificação é uma modalidade da consciência, de tal sorte que, mesmo apreendendo o mundo em termos reificados, o homem continua a produzi-lo - paradoxalmente, o homem é capaz de produzir uma realidade que o nega. Em conseqüência a análise visando à integração reflexiva nota que a reificação é possível no nível pré-teórico e no nível teórico da consciência: os sistemas teóricos complexos podem ser descritos como reificações, embora presumivelmente tenham suas raízes em reificações pré-teóricas reificação existe na consciência do homem da rua e não deve ser limitada às construções dos intelectuais.

Da mesma maneira, seria um engano considerar a reificação como uma perversão de uma apreensão do mundo social originariamente não reificada: a apreensão original do mundo social é consideravelmente reificada. Em contrapartida, prosseguem Berger e Luckmann, a apreensão da própria reificação como modalidade da consciência depende de uma desreificação ao menos relativa, exigência sóciológica esta que “é um acontecimento comparativamente tardio. Completando seu esquema analítico, os autores mencionados notam que as instituições podem ser apreendidas

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