ATPS CONTROLADORIA ETAPA 4
Exames: ATPS CONTROLADORIA ETAPA 4. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 12/11/2013 • 1.580 Palavras (7 Páginas) • 981 Visualizações
ETAPA 4 – PASSO 3
DESCREVER OS CONCEITOS E DESTAQUE AS DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE ALAVANCAGEM FINANCEIRA E ALAVANCAGEM COMBINADA.
No mundo dos negócios, alavancagem é o método que utiliza recursos de terceiros com o fim de aumentar a taxa de lucros sobre o capital próprio. Portanto, o estudo da alavancagem financeira ou operacional procura evidenciar a importância relativa dos recursos de terceiros, na estrutura de capital de uma empresa. Para isso analisa-se a taxa de retorno do capital próprio, considerando-se os custos de remuneração dos capitais de terceiros, usados para alavancar as operações da sociedade. Portanto, alavancagem é a capacidade que uma empresa possui para utilizar ativos ou recursos externos, tomados a um custo fixo, visando maximizar o lucro de seus sócios.
Agora é necessário explicitar as características das categorias distintas de alavancagem, bem como o sentido do grau de alavancagem:
Alavancagem Financeira – Tem como base o aumento do lucro líquido, em contraponto às despesas financeiras. È a capacidade da empresa em maximizar o lucro liquido por unidade de cotas (no caso de uma empresa por cotas de responsabilidade limitada) ou por ações (no caso de uma sociedade anônima), com a obtenção de financiamento cujos juros e outros encargos são fixos. Essa capacidade é evidenciada pelo quociente entre o passivo e os recursos próprios; ou situação líquida da empresa.
Alavancagem Operacional – Tem como ponto de partida o aumento das Vendas, em contrapartida aos curtos fixos. É determinada em função da relação existente entre as Receitas Operacionais e o Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda, conhecido como LAJIR (este conceito confunde-se com o lucro operacional).
Grau de alavancagem financeira – É o aumento de rentabilidade dos sócios, em função da utilização de capitais de terceiros. Como cada empresa apresenta estruturas financeira e operacional próprios e individualizadas, o emprego de capitais de terceiros em sociedades diferentes produz resultados diferentes em termos de alavancagem. Então, grau de alavancagem financeira de um negócio é a relação entre endividamento de longo prazo e o capital empregado pela empresa, evidenciada pelo quociente encontrado pela equação “Endividamento de Longo Prazo / Capital Total Empregado”. Quanto maior for o quociente, maior será o grau de alavancagem, isto é, quanto maior a proporção de capitais de terceiros em relação ao capital próprio, mais elevado o grau de alavancagem financeira.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL
Os custos operacionais das empresas permanecem inalterados em determinados intervalos de produção e venda, representando que quanto maior a produção menos e seu peso relativo e vice versa; quando menos se produz mais se sente o peso dos custos fixos. Quando as empresas elaboram projetos pra captar financiamentos, visando aumentar a produção sem aumentar os custos fixos ou aumentando menor do que o crescimento do lucro Antes das Despesas Financeiras e do Imposto de Rendas, elas buscam obter Alavancagem Operacional. Depois de implantado o projeto, se alcançarem seu objetivo, elas produzem “Alavancagem Positiva”; se simplesmente mantêm o mesmo nível anterior ao projeto, elas obtêm o que o mercado chama de “Alavancagem Travada” ou “Alavancagem Constante”; se o resultado for inferior ao lucro anterior, têm como resultado uma “Alavancagem Negativa”. Essa última posição, se indesejável no curto prazo, poderá ser aceita no longo prazo, pois quando da quitação dos recursos de terceiros a situação pode se reverter e, antão, produzir “Alavancagem Positiva”.
O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) sempre é evidenciado para níveis específicos de produção e venda (BRAGA, 1992, p. 204). “Em outras palavras, para cada ponto da escala de variação do nível de operações haverá um GAO diferente, expressando o número de vezes que o ∆LAJIR representa do ∆RTV [Receita Total das Vendas]. O GAO poderá ser calculado através de qualquer das seguintes fórmulas:
GAO = Variação percentual no LAJIR / Variação percentual nas vendas (receitas ou volume) = ∆LAJIR / ∆RTV (∆quantidade) = nº de vezes
GAO” = Margem de contribuição total / LAJIR = MCT [Margem de Contribuição Total] / LAJIR = nº de vezes”
Chega-se, então, a conclusão de que as empresas procuram obter alavancagem operacional sempre que os seus custos fixos precisam ser cobertos pela ampliação da produção e, conseqüentemente, das receitas advindas das vendas. De forma geral, os projetos de alavancagem visam a aquisição de ativos imobilizados que aumentem o volume produzido e resulte em receitas mais do que suficientes para cobrir todos os custos fixos e variáveis.
Tome-se como exemplo dos vários intervalos de produção o Ponto de Equilíbrio de uma determinada empresa, que corresponda a um faturamento de R$ 23.076,92, correspondente a produção de 5.769,23 unidades. As receitas totais foram projetadas tendo-se como base um preço de venda constante por unidade de R$ 4,00, independente do volume da produção. Do mesmo modo, os custos variáveis baseiam-se na hipótese de um custos unitário constante de R$ 1,40. Os custos fixos são estimados em R$ 15.000,00. Para que os dados de custos sejam relevantes, uma análise do Ponto de Equilíbrio deve ter como base um universo temporal bem definido, daí porque no exemplo ele representaria um período de um ano. Também é estabelecido que toda a produção foi vendida.
O encontro das linhas que representam as vendas totais e os custos totais representam o Ponto de Equilíbrio. Dessa forma, quanto maiores forem a produção e a venda, maior é a margem de lucro. Se essa margem for maior que o montante dos juros pagos, temos uma Alavancagem Operacional Positiva.
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
Como vimos na introdução deste trabalho, a Alavancagem Financeira é a prática de se captar recursos de terceiros para financiar investimentos. Sua importância está na relação que deve existir entre o LAJIR (lucro antes do juro e do imposto de renda) e o LPA (lucro por ação). Quando a empresa obtém recursos externos (por financiamento bancário, emissão de debêntures ou de ações preferenciais) ela assume responsabilidade pelo pagamento de juros e outros encargos, bem como pela amortização do principal em alguma data no futuro, nos casos de financiamentos e emissão de debêntures. Como os juros são despesas dedutíveis do cálculo do imposto de renda, sobra para os sócios uma maior parcela do lucro operacional.
Entretanto, é necessário se chamar a atenção para o fato de que quanto mais dívidas uma empresa tiver mais frágil é a sua estrutura financeir, isso porque os seus compromissos de pagamentos de juros são constantes (fixos), qualquer que seja o seu lucro operacional. Isto quer dizer que, em uma situação de retração de mercado as vendas caem mas o montante dos juros se mantêm no nível de vendas máxima. Portanto, quanto maior for o comprometimento dos lucros da empresa com “custos financeiros fixos”, mais ela incorre em maior no perigo de não ser capaz de efetuar esses pagamentos. Se, por um lado, um maior endividamento pode se constituir em uma maior produção, venda e lucro, por outro pode significar um aumento do risco financeiro, representado pela pressão dos pagamentos de juros, “que se tornarão muito grandes em relação ao LAJIR. Se as atividades comerciais declinarem em função de uma contração no nível econômico, o LAJIR também declinará, aumentando a probabilidade de a empresa não ser capaz de efetuar os pagamentos de juros com os lucros operacionais existentes. Portanto, lembre-se de que a alavancagem financeira (…) embora ela possa ser benéfica num período cíclico de expansão, ela é danosa numa fase cíclica de contração” (…). Via de regra quanto maior a dívida, maior o grau de alavancagem financeira da sociedade. “Entretanto, a alavancagem funciona em ambos os sentidos. Por exemplo, quando o grau de alavancagem financeira for igual a 2,0, uma queda no LAJIR de 1% produzirá uma queda de 2% no LPA. Portanto, quanto mais alavancagem financeira, mais volátil o LPA se torna – e maior o risco associado à empresa” (GROPPELLI e NIKBAKHT, 2002, p. 190 a 192).
O Grau da Alavancagem Financeira (GAF) de uma empresa evidencia quais os feitos das variações ocorridas no Lucro Antes dos Juros e do Importo de Renda, que se refletem no Lucro Líquido. O seu cálculo sempre toma como base de referência uma determinada data e se prolonga por um universo temporal conhecido (acontecido ou projetado); tem nível específico de produção e venda; preços de venda e custos operacionais variáveis e fixos que determinam um valor base para o LAJIR. O GAF, então, expressa o número de vezes que a variação do “Lucro Líquido” representa a variação do “Lucro Antes dos Juros e do Importo de Renda”, tomando-se uma data imediatamente anterior a tomada de recursos externos, como ponto de referência para o cálculo desse crescimento.
O GAF pode ser encontrado com o uso das seguintes fórmulas:
GAF = Variação % no Lucro Líquido / Variação % no LAJIR = ∆LL / ∆LAJIR = nº de vezes.
GAF = LAJIR / LAJIR – Despesas Financeiras = JAJIR / LAIR = nº de vezes.
ALAVANCAGEM COMBINADA
O estudo da alavancagem empresarial parte do princípio de que todos os negócios têm condição de impulsionar suas produção e venda, com a utilização de capital de terceiros. Se por um lado, o uso de recursos externos à empresa tem sido o modus operandi por excelência do sistema capitalista, por outro todas as organizações possuem custos operacionais fixos. Daí porque todas apresentam condições idéias para uma ação combinadas de alavancagem operacional e alavancagem financeira, efeito que se conhece por Alavancagem Total ou Alavancagem Combinada (GAC), que pode ser encontrada pelas seguintes fórmulas:
GAC = Variação % do Lucro Liquido / Variação % nas vendas = ∆LL / ∆RTV (∆ da quantidade) = nº de vezes
GAC = Margem de Contribuição Total / LAJIR – Despesas Financeiras = Margem de Contribuição Total / ∆Lucro Antes do Importo de Renda = nº de vezes
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