ATPS De Libras - Pedagogia
Pesquisas Acadêmicas: ATPS De Libras - Pedagogia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MIRIAN • 11/6/2013 • 2.354 Palavras (10 Páginas) • 901 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Ana Paula C.R. da Silva RA: 3830710620
Leonardo Ricardo de Sales RA: 4300067880
Mirian Rodrigues B. Rocha RA: 1299918663
Nivea Tatiana Silva Telles RA: 3815667427
Thaísa de Sousa Braga RA: 4303789188
Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Língua Brasileira de Sinais”, sob a orientação do professor-tutor a distância Ronaldo de Brito Soares.
BRASÍLIA - DF
27 de Novembro de 2012
Para uma pessoa surda, a surdez é mais do que uma condição médica, uma condição de ter os ouvidos doentes. Eles pertencem a outra cultura, o que a faz ser única diante de todos os outros tipos de doenças. A cultura é mais forte naqueles que possuem a linguagem gestual e que a tem como idioma principal, pois é este idioma que liga os membros desta cultura. A surdez é muito mais do que um fenômeno fisiológico é um modo de vida, nas ultimas décadas essa linguagem veio ganhando mais espaço e sendo reconhecida cada vez mais como uma forma de comunicação. Existem algumas pessoas que não se comunicam através da linguagem de sinais, principalmente aquelas que são filhos de pais não surdos, normalmente eles induzem a criança a se comunicar vocalicamente. Outra forma de comunicação é a leitura labial, era muito comum no século 20, e somente em 1970 foi que os educadores começaram a incentivar o uso da linguagem gestual como uma língua própria dos surdos, porem não foi reconhecida por muitas pessoas e ate mesmo muitos surdos a negaram, sendo assim por muito tempo as pessoas acreditavam que a linguagem gestual não cumpria a funcionalidade de uma língua verdadeira. Atualmente já existem estudos que comprovam que a linguagem gestual tem uma estrutura de sintaxe e gramatica assim como a linguagem verdadeira e, dessa forma ela também ativa os neurônios da região dos tecidos cerebral responsável pelas atividades da mesma forma que fazem com outros idiomas. Nem todo mundo fala a mesma linguagem gestual, assim como existem varias línguas faladas existem também vários tipos de linguagem gestual. Por exemplo, nos Estados Unidos a mais comum é a linguagem gestual American Sign Language, ou ASL, na Grã-Bretanha, a British Sign Language, ou BSL, na Austrália, Australian Sing Language, ou Auslan.
Existem algumas perspectivas que apontam a língua de sinais como uma saída democrática para a comunidade surda. São elas: a perspectiva multicultural da cultura surda, a visão histórica da situação social do indivíduo surdo e a relação surdez-normalidade. Na cultura surda dentro de uma perspectiva multicultural eles se apoiam no conceito de multiculturalismo, ou seja, entende a cultura como algo restrito à etnia, nação ou nacionalidade, um lugar de direitos coletivos próprio de grupos. Alguns trabalhos, desenvolvidos tem defendido a existência da cultura surda consolidada por valores, comportamentos, atitudes, estilo de vida e praticas sociais diferentes dos ouvintes. Alguns pontos devem ser levados em consideração, pois existe uma diversidade que deve ser mantida e respeitada. Porem, deve-se perceber que os surdos tem uma forma especial de ver, perceber e estabelecer relações e valores e, é isso que deve ser usado na educação de surdos integrando aos valores culturais da sociedade ouvinte. O mundo passa a ser dividido em cultura surda e cultura ouvinte. O surdo passa a ter como única característica a surdez, não interessa se ele é branco, negro ou pardo, ou se ele é pobre ou rico ou até mesmo homem ou mulher. Fatores como esses são totalmente irrelevantes quando se trata de uma pessoa surda, o que é totalmente contraditório ao conceito de multiculturalismo. Na perspectiva histórica da surdez procura-se estudar a historia da educação dos surdos como um processo de dominação de uma cultura majoritária, a cultura ouvinte, sobre uma minoritária, a cultura surda. O maior problema da surdez é fundamentado na imposição da língua oral a uma comunidade que não tem possibilidade a ela. Na relação surdez-normalidade há uma imprecisão conceitual, pois o surdo não pode ser tratado como excepcional ou patológico, mas também não se pode trata-lo como normal já que ele sofre de uma restrição. O surdo deve ser tratado como membro de uma comunidade que sofre restrições. Daí então vem a pergunta: afinal, a surdez é ou não é uma deficiência? De acordo com estudos científicos e evidencias sociais e culturais a surdez é uma deficiência. A vacina contra a rubéola na gestação é justamente para prevenir um dos fatores que podem ocasionar a surdez nos recém-nascidos, porém considerar que o surdo é um grupo minoritário de pessoas pode ser relevante do ponto de vista das diferenças culturais, agora confundi-lo com grupos minoritários de um modo geral, é esconder a distinção entre patológico e a mera diferença.
A LIBRAS é a língua da comunidade surda brasileira. Assim como a língua oral tem suas regras gramaticais a LIBRAS também sendo assim possível o desenvolvimento linguístico da pessoa surda. Os sinais são formados a partir da combinação de movimentos das mãos com algum determinado lugar, sendo uma parte do corpo ou um espalho frente ao corpo. Alguns parâmetros da LIBRAS são: 1) Locação; 2) Configuração das mãos; 3) Movimentos; 4) Orientação das mãos; 5) Expressão facial e/ou corporal. Com isso se forma o sinal, para produzir um sinal é necessário a combinação de todos esses parâmetros e, assim formar frases e textos. Como a LIBRAS é uma língua em fase de aceitação por alguns ouvintes, há alguns fatores a serem levados em consideração: a LIBRAS facilita e propicia o desenvolvimento linguístico e cognitivo da criança surda, favorecendo a escrita, a leitura e a compreensão de textos; o desenvolvimento linguístico, afetivo, cognitivo e social não dependem da audição mas sim da aquisição e desenvolvimento da língua de sinais. A LIBRAS foi criada e desenvolvida por surdos do Brasil para a comunicação entre eles. A maior divulgação da língua de sinais começou quando foi fundado o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) em 1857, sendo a única escola
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