ATPS FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Casos: ATPS FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: monicaate • 19/3/2014 • 3.037 Palavras (13 Páginas) • 193 Visualizações
A NATUREZA DA FILOSOFIA E O SEU ENSINO
O artigo A natureza da filosofia e o seu ensino, do filósofo Desiderio Murcho procura mostrar que a natureza da Filosofia levanta dificuldades ao modo como esta disciplina é geralmente lecionada no Brasil. Explica-se como se pode ensinar filosofia de um modo que faça jus à sua natureza aberta.
As duas ideias principais defendidas pelo artigo são: compreender a natureza aberta da filosofia é uma condição necessária para a compreensão do seu ensino e a outra ideia é que para ter uma compreensão fecunda do ensino da filosofia é necessário distinguir as competências estritamente filosóficas da informação histórica, e a leitura filosófica.
A filosofia é uma disciplina que possui muitos problemas em aberto, não significa que não há resultados, porém, nem todos os filósofos estão de acordo com todas as ideias defendidas.
O problema do ensino da filosofia é que pode parecer uma disciplina sem resultados substanciais consensuais, o que é uma forma de denegrir sua importância. O caráter aberto da filosofia em nada diminui o seu valor cognitivo e social, a sua seriedade acadêmica ou escolar, ou sua importância existencial. A ideia de “Cientismo” é que ou a filosofia é mais ou menos como a Biologia e a História, com metodologias que garantam resultados substanciais, ou então a filosofia deve ser abandonada.
Do ponto de vista do cientismo, este aspecto a priori da filosofiaé chocante. Parece que desqualifica a filosofia enquanto disciplina acadêmica séria. Quando se adota o cientismo, há a tendência para pensar que só a matemática, por razões que veremos depois, tem o direito de ser uma disciplina a priori. Qualquer outra investigação da realidade e do conhecimento tem de ser empírica. Contudo, esta posição é pura e simplesmente auto-refutante, pois a própria tese de que se algo não é susceptível de investigação empírica, então não é susceptível de uma investigação acadêmica séria não é susceptível de uma investigação empírica; por outras palavras, é tipicamente uma tese filosófica — e a priori. É neste sentido que a filosofia é inevitável: qualquer argumento que vise refutar a filosofia é auto-refutante porque nunca será um argumento científico, mas sim filosófico.
O cientismo que desconfia do caráter a priori da filosofia é uma manifestação do desconforto perante a falta de resultados consensuais. Caso em filosofia se tivesse produzido inúmeros resultados nos últimos duzentos anos, nomeadamente tecnológicos, já o caráter a priori da filosofia não seria chocante. Contudo, os problemas da filosofia existem realmente, tenhamos ou não resultados e tenhamos ou não metodologias aceitáveis do ponto de vista do cientismo. Os problemas da filosofia não desaparecem se fingirmos que não existem só porque não temos métodos empíricos que sejam vistos como científicos pelo partidário do cientismo. A filosofia não é uma invenção ociosa de problemas fantasiosos porque mesmo para mostrar que alguns problemas da filosofia são pseudoproblemas é preciso argumentar filosoficamente Compreende-se agora um pouco melhor por que razão tantas vezes se foge da filosofia para a história da filosofia: é que neste caso, por ser uma disciplina histórica, e como tal empírica, a seriedade acadêmica da disciplina já não fica em causa.
A filosofia é uma disciplina que se faz pelo pensamento apenas. Para tentar resolver os problemas os filósofos apresentam teorias e tem como expectativa encontrar as respostas para problemas filosóficos.
Ensinar filosofia é ensinar problemas teóricos e argumentos, já que ela é um conjunto de problemas e tem obstáculos sérios ao seu ensino como a própria cultura em que estamos envolvidos, e ela é fundamentalmente discussão de ideias.
O estudante de filosofia que entra em uma universidade descobre que não se espera que realmente filosofe e sim que compreenda as ideias dos filósofos do passado ou reinterprete os seus escritos e que se torne um defensor do seu filósofo de eleição.
Desidério, conclui seu artigo dizendo que “Filosofar não é fazer relatórios mais ou menos acadêmicos sobre o que os filósofos pensam. Filosofar é fazer o que os filósofos fazem. E compete-nos a nós ensinar os estudantes a fazer isso”.
O vídeo do Jornal Hoje do dia 21 /02/ 2011 com o tema Abandono das escolas publicas pelo Brasil impressiona, mostra a realidade da maioria das escolas públicas brasileiras que possuem condições precárias de acesso á educação, escolas sem infraestrutura, mal conservadas, sem materiais básicos e de apoio pedagógico. A população de baixa renda fica desestimulada com a falta de apoio do governo e muitos alunos acabam abandonando a escola.
Já o texto da Sala de aula do futuro, Revista Época do dia 13/09/2008, mostra uma nova realidade, muito diferente do vídeo, com uma proposta de escola bem equipada, com condições excepcionais, abordagem pedagógica inovadora, visando à pesquisa e trabalho em equipe, estimulando o gosto pela descoberta e novos desafios por parte dos alunos, muito diferente do modelo tradicional adotado na maioria das escolas.
Como uma sociedade pode comportar duas realidades tão diferentes?
A desigualdade social faz com que os pobres tenham condições precárias, dificultando seu aprendizado e aqueles que têm mais recurso financeiro desfrutam de novas ideias e projetos para aumentar sua aprendizagem. Com certeza o aprendizado seria garantido se todas as escolas seguissem o modelo da escola do futuro, porém, a realidade brasileira esta bem distante desses avanços visionários.
Enquanto a sociedade não se organizar, será muito distante a realidade do ensino de qualidade no país.
Efeitos da indústria cultural na realidade da educação contemporânea
Compreender as relações entre a educação e a indústria cultural nos faz refletir que os meios de comunicação de massa na sociedade contemporânea são responsáveis pela propagação de valores e padrões de comportamentos e juntamente com os interesses políticos e econômicos, deformam a essência da cultura.
Na escola a indústria cultural também se faz presente, na fase da infância e adolescência conseguem agir de forma mais contundente, são bombardeados pelos apelos e as pressões do mundo do consumo, através de materiais pedagógicos e tecnologias, disseminando estereótipos, descriminação que excluí quem não pode ter acesso a elas, isso num ambiente que prega a inclusão embora na prática muitas vezes é a onde se sentem excluídos, mas se for para favorecer a indústria
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