Atps Filosofia
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ANHANGUERA EDUCACIONAL-UNIDERP

ANHANGUERA EDUCACIONAL-POLO BAURU
PEDAGOGIA
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Ariadne Roberta Cotrim RA 440570
Carla Cristina Fialho RA 7702671746
Cristiane Faustino Pereira RA 427224
Fabiana Franco de Sá Carvalho RA 435208
Roni Marcos Gabriel RA 435055
RELATÓRIO SOBRE FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
PROFa. Ma. Mariciane Moraes Nunes
Bauru, 23 de Setembro de 2013
SUMÁRIO
1 – Etapa 1: A importância da filosofia para a compreensão da sociedade e do mundo em que se vive e as dificuldades de implementação da disciplina no currículo escolar.--------- 3
2 – Etapa 2 : O desempenho dos estudantes no ENEM nas escolas públicas e particulares e “como uma sociedade pode comportar duas realidades tão diferenciadas”. ---------------- 5
3 – Etapa 3: Em que medida a Indústria Cultural interfere na Educação Contemporânea - 7
4 – Etapa 4: O sistema Educacional Brasileiro --------------------------------------------------- 9
5 – Bibliografia -------------------------------------------------------------------------------------- 11
ETAPA 1: A importância da filosofia para a compreensão da sociedade e do mundo em que se vive e as dificuldades de implementação da disciplina no currículo escolar.
A palavra filosofia vem do grego. É composta por duas outras: Philo e Sophia. Philo deriva-se de Philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem à palavra Sophos, sábio.
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.
Filósofo é aquele que ama a sabedoria tem amizade pelo saber, deseja saber. Assim a filosofia indica um estado de espírito da pessoa que ama, isto é, daquela que deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita. A importância da filosofia na compreensão da sociedade.
Praticar filosofia é ser critico, é ir à busca de respostas de forma racional, respostas de assuntos que não podem ser encontradas de forma empírica (conhecimento adquirido pela experiência). Os problemas em que nenhuma outra disciplina consegue resolver cabem à filosofia explicar, como tentar saber o que é a ética, a justiça. A filosofia é a busca continua do conhecimento, ajuda a compreender o porquê e razão fundamental para tudo o que existe. Mas a filosofia não deve ser vista como um eterno questionamento sem direção.
Filosofia e educação.
A educação e a filosofia caminham juntas sendo indispensável. A Filosofia leva o aprendiz à oportunidade de desenvolver um pensamento independente e crítico, ou seja, permite a ele experimentar um pensar individual, o ensina pensar diferente, a ser um agente ativo na construção do conhecimento através da seleção e reflexão de informações que está sendo apresentado a ele, o educando fará a filtragem das informações segundo o que lhe é valido, a partir daí pode argumentar sua opinião sobre o conteúdo de forma positiva ou negativa.
As dificuldades de implantação da filosofia no currículo escolar. A filosofia é uma disciplina reflexiva, critica pensativa em busca da sabedoria, ela procura saber o que é as coisas que nos cercam de forma racional, não só apenas no sentido conceitual ou estrutural. Ela também é um conhecimento a priori, como a matemática, ou seja, significa que não depende de experiências, o conhecimento é adquirido através da percepção, introspecção (intuição racional).
Por ser uma disciplina não consensual, os filósofos tem diferentes opiniões em relação às teorias, como por exemplo, alguns acham que deus existe outros não. Nesse sentido não se deve ensinar filosofia como matemática, física e outras disciplinas, com conceitos pré-estabelecidos e formulas pronta a serem aplicadas, sendo único papel de o aluno incorporar esses conceitos. Essa é uma das dificuldades do ensino da filosofia, ao contrario de outras disciplinas suas teorias não podem ser testadas em laboratório.
Assim como conhecimento a filosofia acaba sendo desmerecida, as escolas deixam de ensinar filosofia na sua essência e passam a ensinar sua historia da filosofia e estrutura teórica.
ETAPA 2: O desempenho dos estudantes no ENEM nas escolas públicas e particulares e “como uma sociedade pode comportar duas realidades tão diferenciadas”.
Condições Precárias das Escolas Públicas Brasileiras x Sala de aula do futuro. “Como uma sociedade pode comportar duas realidades tão diferentes?” A educação deste século enfrenta enormes desafios, tais como: Política Pedagógica: que institui a progressão continuada, que em termos práticos torna-se progressão automática. O aluno perde a motivação para aprender e o professor sente-se impotente, perde sua autoridade e a indisciplina reina absoluta dentro da sala de aula. As crianças encontram dificuldade na escrita e na leitura, são capazes de chegar ao ensino médio como analfabetos funcionais, sendo incapazes de interpretar um texto.
1) Problema Estrutural: atualmente ocorre falta de manutenção de prédios, pátios, sanitários e salas de aula em muitas creches e escolas públicas brasileiras. As causas das condições precárias são várias: falta de fiscalização, má administração dos governos municipais e estaduais, falta de apoio técnico e financeiro para os projetos de melhoria, falta de experiência da equipe gestora da escola e descaso das autoridades públicas.
2) Problema Social: pobreza, fome, falta de trabalho e falta de perspectiva são fatores que minam a educação. Devido a isso, os pais apresentam baixo nível de consumo, renda e baixo nível educacional sendo incapazes de acompanhar seus filhos e dar uma boa assistência a eles.
3) Problema de Política Salarial e de valorização do Professor: os baixos salários, o descaso, o desrespeito, a imposição de políticas pedagógicas; tudo isso somado tem reflexo na educação. Devido a isso, o professor perde a motivação, não tem prazer em dar aulas, resigna-se, não fazendo um bom trabalho.
4) Problema Cultural: A desvalorização por parte da sociedade brasileira em relação ao saber e ao conhecimento tem reflexos em toda estrutura educacional. A participação da sociedade como um todo nas questões educacionais deve ser o cimento que constrói a nossa cultura, que preserve nossa memória e consciência contra as ameaças de grupos, de ideologias e de interesse político. A participação da comunidade na escola é imprescindível para melhorar a qualidade do ensino e para gerar a consciência política e reflexiva sobre os atos.
Como vimos o problema da educação não pode ser resolvido somente nos âmbitos: escolar, individual, da comunidade ou mesmo através do esforço do professor. O problema da educação é antes de tudo um problema político e social. Conhecimentos que somente pelo entendimento do que é exercer a cidadania e o que fazer para vivenciá-la no nosso dia a dia.
Sala de Aula do Futuro. Em contrapartida a educação do futuro se define como uma escola inteligente, dotada de tecnologias modernas capazes de preparar tanto o professor quanto o aluno para uma aprendizagem sem déficit bem diferente da atual sala de aula tradicional. Como ela é:
1) O professor: na maior parte do tempo, propõe problemas para os alunos, coordena debates e orienta as pesquisas dos estudantes. Resume a aula expositiva ao mínimo necessário.
2) O aluno: é desafiado constantemente a solucionar problemas, pesquisar, criticar e debater temas ligados á disciplina. A conversa entre colegas não só é permitida como estimulada.
3) A disposição da sala: o professor fica circulando entre os alunos, verificando o andamento dos debates ou da pesquisa, tirando dúvidas e dando orientações. Os alunos sentam-se em mesas de três lugares para estimular atividades em grupo.
4) As atividades: os estudantes assumem o papel de pesquisadores, em vez de ouvintes. Passam a maior parte do tempo buscando respostas, debatendo e avaliando o trabalho de outros colegas.
5) Recursos Pedagógicos: na mesma sala, há computadores, material de laboratórios de ciências e recursos da sala de artes. O professor pode estimular os alunos a encontrar um tipo de relevo num programa de mapas na internet e sugerir que eles reproduzam aquele tipo de terreno utilizando material como papel, massa e tinta.
6) O tempo: A aprendizagem não se limita á escola. Pela internet, em qualquer horário, o estudante pode participar de chats ou fóruns com os colegas, acessar materiais elaborados pelo professor e publicar o resultado de seus próprios estudos.
ETAPA 3: Em que medida a Indústria Cultural interfere na Educação Contemporânea.
A escola tem o compromisso de propiciar ao aluno o desenvolvimento de habilidades e competências como: domínio da leitura, que implica compreensão da escrita; capacidade de comunicar-se; domínio das novas tecnologias da informação e de produção; habilidade de trabalhar em grupo; competência para identificar e resolver problemas; leitura crítica dos meios de comunicação de massa; capacidade de criticar a mudança social e, principalmente, capacidade adquirida para saber avaliar o processo de ensino e aprendizagem.
O objetivo de introduzir novas tecnologias na escola é instigar á inovação nas práticas educativas e pedagógicas. A escola passa a ser um lugar mais interessante, atrativo, que prepara o aluno para o futuro. A aprendizagem centra-se nas diferenças individuais e na capacitação do aluno para torná-lo um usuário capaz de usar vários tipos de fontes de informação e meios de comunicação eletrônica, de forma crítica na construção do conhecimento.
As transformações que ocorrem na educação atual e consequentemente na sociedade, provocadas pela tecnologia, passam a exigir uma adaptação dos indivíduos ás novas formas de aprendizagem. O conjunto de instrumentos e, as novas conquistas tecnológicas poderão ser utilizadas, num processo em que o educador é mais um facilitador do potencial local do que propriamente fonte do saber.
Em que medida a Indústria Cultural interfere na Educação Contemporânea
“Numa sociedade em que a autonomia individual e a multiplicidade das opiniões são admitidas, mas na qual, por exigências econômicas, realiza-se um direcionamento “oculto” da opinião, a indústria cultural adota os meios de persuasão comercial, mas “ao invés de dar ao público o que ele quer, sugere-lhe o que deve querer ou deve acreditar que quer”.
O conceito de indústria cultural apareceu pela primeira vez, na obra “Dialética do Esclarecimento” escrita por Theodor Adorno e Max Horkheimer e publicada em 1947. O conceito foi criado para indicar a cultura produzida para o consumo de massa, atendendo às necessidades de valor de uso (do seu consumidor). É importante destacar a capacidade da indústria cultural em reproduzir o sistema, reproduzir a ideologia dominante ao ocupar com sua programação, o espaço de descanso e de lazer do trabalhador.
O primeiro aspecto da indústria cultural conduz ao consumismo desenfreado da cultura, e de outros bens, como caminho para a realização pessoal.
A expressão Indústria Cultural substitui o termo “cultura de massa”, ela engloba os meios de produção e difusão ligados ao mercado internacional de consumo, direcionados para um público de massa, tais como: o Disc Compact (CD), o livro, o cinema, a imprensa, a fotografia, a reprodução de arte e a publicidade, além de novos produtos e serviços audiovisuais divulgados por meios de comunicação.
A aquisição do conhecimento e a formação crítica de leitores não se dão pela leitura única de um veículo, mas justamente pela comparação entre eles. A percepção e o reconhecimento de diferentes visões e interpretações de um mesmo fato que possibilita o entendimento de que é possível fazer uma leitura do mundo, muito além da leitura das palavras.
A indústria cultural por fazer parte do imaginário de alunos, professores, pais, sociedade e do cotidiano das pessoas precisa ser incorporada ao processo de aprendizagem numa relação crítica, onde o aprender a pensar (Pedro Demo)seja parte integrante do aprender a aprender (Paulo Freire) para aprender a fazer (Célestien Freinet).
Por estarem sempre presentes no dia a dia das crianças, os meios de comunicação, por vezes, são vistos como vilões sutis que influenciam as crianças a praticar aquilo que veem na televisão ou na internet, sendo, assim, facilmente influenciada e persuadida.
A programação transmitida pela TV acaba tornando-se um ponto de referência na organização da família, está sempre à disposição, sem exigir nada em troca, alimentando o imaginário infantil com todo tipo de fantasia.
O primeiro passo é a escola aprender como utilizá-la em sala de aula, para que a prática não se limite somente à leitura de jornais, revistas ou de veículos eletrônicos. É fundamental que o leitor aprenda a ler o mundo em que vive por meio da construção de sua própria narrativa. Só assim será possível a construção do conhecimento, a transformação do educando em sujeito de sua própria história. A aquisição do pensamento crítico é resultado da inserção e percepção direta do aluno como agente mobilizador na sua realidade.
ETAPA 4: O sistema Educacional Brasileiro
Pierre Bourdieu criticava muito os governos de esquerda da Europa, com isso ganhou notoriedade na mesma época que sua obra acadêmica estava cada vez mais restrita.
Segundo Bourdieu seu parceiro da obra “A Reprodução“ Jean Claude Pesseron, o sistema escolar francês em vez de ter uma ação transformadora e positiva, ressalta a desigualdade social.
Pierre Bourdieu nasceu em 1930 no Vilarejo de Denguin, sudeste da França. Suas marcas e criticas negativa surgiram dum Internato em Pau, onde fez os estudos básicos, depois de concluído foi para Paris onde fez faculdade de letras numa Escola normal de Ensino Superior. Passado três anos graduou-se em Filosofia. O primeiro livro de Bourdieu foi sobre a sociedade de Caliba quando prestava Serviço Militar na Argélia. Bourdieu publicou mais de 300 títulos como Secretário Geral do Centro Europeu de Sociologia. Em 1982 propôs a criação de uma “Sociologia da Sociologia” sua aula de inauguração foi no Collége de France, levando esse objetivo em frente nos anos seguintes. Bourdieu morreu em 2002 com câncer, foi tema de longos perfis na impressa europeia.
Para Bourdieu a escola é um espaço de estrutura social e de transferência de capitais de uma geração para outra, na própria escola as crianças são julgadas pelo seu comportamento já trazido de “casa”. Algumas “heranças” como: como falar em público, postura corporal e a habilidade de comunicação.
Os próprios estudantes menos favorecidos financeiramente tema trajetória dos bem sucedidos como uma recompensa dos seus esforços. A desigualdade na sala de aula está facilmente verificável, a frustração com o fracasso escolar incentiva a desistência de investimento na educação, tanto da parte dos pais, como da parte dos alunos, formando assim um ciclo vicioso. Bourdieu pressupôs em um dos seus primeiros livros que, se cada escola deixasse de lado esse costume de julgar o estudante pelos costumes trazidos de casa e partissem do zero, teria possibilidade de superar essa situação. Mas por fim o pessimismo foi crescendo na obra do sociólogo francês.
Aplica-se a nossa atualidade que, frequentemente fazemos, sem perceber, julgamentos severos, ou ate mesmo preconceituosos. É comum alunos serem descriminados na sala de aula por causa dos seus hábitos, aparência, e ate pelo modo de vestir. Você já observou como muitas vezes isso é uma manifestação de sentimentos de superioridade de alguns grupos sociais em relação aos outros?
Fica a dica: Deixemos para trás tudo aquilo que não se aproveita principalmente o preconceito e a descriminação, e partindo do zero, para garantir um futuro melhor para cada aluno, sem desigualdade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
< http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/1968/1642 >
Acesso em: 05 Set. 2013.
<http://www.cifa.org.br/gestionale/upload/cms/elementi_portale/documentale/Novas_Perspectivas_para_a_educa%C3%A7%C3%A3o_no_S%C3%A9culo_XXI.pdf >.
Acesso em: 07 Set. 2013.
<http://www.youtube.com/watch?v=cVPrd4WEsbA >.
Acesso em: 07 Set. 2013.
<http://dx.doi.org/10.1590/S0101-32622001000200007 >.
Acesso em: 09 Set. 2013.
< http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/bourdieu-e-a-educacao/ >.
Acesso em: 11 Set. 2013.
<http://www.youtube.com/watch?v=zO4QuCSMO0k >.
Acesso em: 11 Set. 2013.
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