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ATPS FILOSOFIA

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Por:   •  19/9/2013  •  1.568 Palavras (7 Páginas)  •  696 Visualizações

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A educação pedagógica está em constante mudança, por vários fatores determinantes. Muitas dessas mudanças podemos verificar através dos fatos históricos buscando nas raízes da Antropologia, Epistemologia e Axiologia da Educação. Assim como novos pensamentos, valores morais e éticos surgem a cada momento com temas polêmicos e variados assuntos que confrontam nossos valores, pressupostos e formas de enxergar o mundo. Essas temáticas promovem um senso critico e reflexivo exercitando o ato de pensamento filosófico. É nesse ponto que entra dois tipos de profissionais: o professor tecnicista, que só segue a cartilha e não dá espaço para a criatividade, propondo temas construtivistas de reflexão com seus alunos. E através das ciências, como Filosofia, Psicologia, antropologia, epistemologia, axiologia, o professor transformador consegue planejar a práxis pedagógica, visando a eficácia dessa ação com o intuito de possibilitar uma educação reflexiva sobre os temas propostos.

Antropologia Filosófica

A antropologia é a primeira que se coloca em qualquer situação vivida, mesmo que não tenhamos clara consciência disso, porque todas as nossas formas de agir partem de uma idéia de humanidade que a elas se encontra subjacente. E o que é antropologia? O termo origina-se do grego ANTHROPOS (homem) e LOGOS (teoria, ciência), portanto significa todas as teorias a respeito do ser humano. Dentre elas, destacam-se a antropologia cientifica e filosófica. A antropologia filosófica diz que o ser humano faz uma investigação do conceito de vida, de si próprio, como ele define suas habilidades, como ele se vê e as ações que orientam sua vida. Destacaremos três concepções dentro da antropologia: Concepção Essencialista (ou metafísica), Concepção Naturalista e Concepção Histórico-social:

Concepção Essencialista ou Metafísica:

Herdada dos gregos, essa tradição filosófica ainda hoje persiste em algumas teorias pedagógicas, ela busca a unidade na multiplicidade dos seres, ou seja, a essência que caracteriza cada coisa. O educador define o que constitui a essência humana, para saber que tipo de adulto ele quer formar, todo o restante dependerá dos meios para alcançar a realização das potencialidades humanas, aquilo que você poderá vir a ser.

- Na Grécia Antiga, os filósofos teorizavam sobre a educação como um tema decorrente do próprio filosofar e não como um projeto teórico especifico.

- Os filósofos Sofistas eram educadores, mas quando ensinavam retórica, a arte de bem falar, na verdade estavam voltados para a formação do homem publico capaz de defender com argumentos suas idéias.

- Sócrates desenvolveu um método pelo qual instigava os jovens a pensar melhor, o filosofo desmonta as certezas solidificadas e abre o caminho para o segundo passo, pela qual na continuidade do questionamento, o sujeito “dará a luz” a novas idéias que já se encontram no intimo do individuo: cabe ao professor a função de auxiliar o reconhecimento do que já existe em cada um de nós.

- Platão, para ele a verdadeira educação ajuda o ser humano a superar a sua existência empírica e a atingir a essência verdadeira no mundo das idéias. Ainda segundo ele, como os seres humanos já teriam contemplado as essências do Mundo das idéias, a educação consiste em um processo pelo qual o mestre ajuda o individuo a se lembrar do que sua alma já conhecera antes se ser “aprisionada” pelos sentidos corporais, que sempre dificultam a alcançar a verdade.

- Aristóteles discute sobre a importância da educação. Em seguida encontra três coisas que podem fazer os homens bons e dotados de qualidades morais, quais sejam a natureza, o habito e a razão, aspectos que devem se harmonizar entre si. Portanto, os nossos hábitos, devem ser regulados tendo em vista este fim ultimo.

- Tomas de Aquino adaptou a filosofia aristotélica á visão crista medieval e caracterizou a educação como instrumento para a realização das potencialidades humanas. Segundo essa concepção, a educação visa a formar o individuo para a fé e para a vida depois da morte.

Essas pedagogias, segundo as suas perspectivas, educar seria desenvolver potencialidades da natureza humana, fazendo cada um tender para a perfeição, para aquilo que pode vir a ser.

Concepção Naturalista:

Enfoque rigoroso do método influenciou de modo marcante a compreensão sobre o que é ser humano, ao se buscar encontrar, também nele, as regularidades que marcariam seu comportamento. Apesar do racionalismo de Descartes, sua concepção sobre a relação entre corpo e espírito propiciou essa interpretação naturalista. Para ele, o ser humano é constituído por duas substancias distintas: a substância pensante, de natureza espiritual – o pensamento; e a substância extensa, de natureza material – o corpo. Com a evolução das ciências, o modelo mecânico foi substituído por outros, mais elaborados, mas persistia a idéia do corpo como coisa, submetido as leis da natureza, o que abria um campo fértil para a concepção determinista: o ser humano, reduzido a dimensão corpórea, estaria sujeito as forças da natureza, tornando-se incapaz de gerir seu próprio destino. Essa foi a perspectiva assumida pela corrente positivista, e que se caracterizou pela exaltação da ciência diante dos seus poderes, reforçando desse modo a tendência naturalista. O que caracteriza a tendência naturalista é a tentativa de adequar as ciências humanas ao método das ciências da natureza, que se baseia na experimentação, no controle e na generalização, com vistas a eficácia e ao aprimoramento tecnológico. Contrapõem-se a essa tendência as teorias humanistas, que buscam a especificidade do humano, com suas dimensões irredutíveis ao estatuto das coisas.

Concepção Histórico-social:

A concepção histórico-social se expressa, portanto, em inúmeras tendências. O que importa destacar, apesar das diferenças entre elas, é a ênfase no processo (nada é estático), na contradição (não há linearidade no desenvolvimento, que resulta do embate e do conflito) e no caráter social do engendramento humano (permeado pelas relações humanas e que por isso se expressa de modos diferentes ao longo da historia). Visão de homem como síntese de múltiplas escolhas; Explicitação dos problemas educacionais a partir do contexto histórico em que estão inseridos;

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