ATPS Processo
Ensaios: ATPS Processo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: coutinholuis • 6/6/2014 • 1.893 Palavras (8 Páginas) • 270 Visualizações
Sistema OPT (Optimized Production Tecnology)
1. INTRODUÇÃO
OPT que significa "Optimized Production Tecnology" é um método de gestão da produção que foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores israelenses em 1978, do qual fazia parte o físico Eliyahu Goldratt, que acabou por ser o principal divulgador dos seus princípios.
Apesar do nome pelo que a técnica ficou conhecida, "tecnologia de produção otimizada", o OPT não é uma técnica otimizada no sentido científico do termo, porque nada garante, que a sua aplicação leve a atingir soluções ótimas, já que é uma técnica baseada em uma série de procedimentos heurísticos, muitos dos quais os proprietários dos direitos de exploração do sistema nem mesmo tornaram públicos.
Para além dos indicadores financeiros de rentabilidade , tesouraria e lucro liquido, que dão informação sobre o dinheiro ganho por uma empresa, os inventores do OPT decidiram utilizar outros indicadores mais relevantes das performances da empresa. Esses indicadores existem à muito tempo, mas foram muitas vezes, esquecidos pelas empresas. Trata-se :
-do produto das vendas
-dos estoques
-das despesas de exploração.
Segundo o OPT, para a empresa ganhar mais dinheiro, é necessário que, no nível da fábrica se aumente o fluxo e ao mesmo tempo se reduzam os estoques e as despesas operacionais.
2. REGRAS DO OPT
Nesta metodologia é absolutamente necessário entender o relacionamento entre os recursos-gargalo e recursos não-gargalo. Assim, dado que numa linha de produção surgem uma série de imprevistos, o importante é equilibrar o fluxo e não a capacidade.
Com base nesta premissa, surge a 1ª regra do OPT, e, a partir desta todas as restantes. Assim, as regras são:
1ª-Balancear o fluxo e não a capacidade- Dado que, a capacidade está sujeita a inúmeras "contrariedades", o importante é conseguir fazer com que o fluxo esteja equilibrado, i.e., encontrar um equilíbrio na forma como a empresa gere dinheiro e outros recursos. Isto consegue-se identificando os gargalos no sistema, que são os que limitam o fluxo no sistema global.
2ª-O nível de utilização de um não-gargalo não é determinado pelo seu próprio potencial, mas por outras imposições do sistema- Um recurso não-gargalo pode ser restringido por recursos-gargalo ou por imposições do mercado.
3ª-Utilização e ativação de um recurso não são sinônimos- Suponhamos que um recurso não-gargalo alimenta um recurso-gargalo. Aumentar a capacidade do não-gargalo, iria utilizá-lo, criando-se, assim, estoques.
4ª-Uma hora ganha num recurso-gargalo é uma hora ganha para o sistema global- Como são os recursos-gargalo que limitam a capacidade de fluxo do sistema global, mantendo os lotes de produção elevados nestes recursos, faz com que o tempo gasto na preparação destes recursos seja menor, aumentando a capacidade do sistema.
5ª-Uma hora ganha num recurso não-gargalo é um engano- Ganhando uma hora num recurso deste tipo, apenas vai aumentar o estoque, dado que o recurso-gargalo que este alimenta, não vai conseguir absorver esse ganho.
6ª-O lote de transferência não pode ser e, freqüentemente não deveria ser, igual ao lote de processamento. O lote de processamento é analisado na perspectiva do recurso, enquanto que o lote de transferência é o na perspectiva do fluxo. Assim, o lote de transferência, em OPT, é sempre uma quota parte do lote de processamento. O lote de processamento é o tamanho de lote que vai ser processado antes que seja novamente preparado para processamento de outro item. O lote de transferência é a definição do tamanho dos lotes que vão ser transferidos para posteriores operações. Como estes lotes não são iguais, quantidades de material processado podem ser transferidas para uma operação subsequente, mesmo antes de todo o material do lote de processamento estar processado.
Esta regra é facilmente compreendida se tiver em conta que, como são os recursos-gargalo que determinam o fluxo do sistema como um todo, é impossível que tudo o que seja processado seja transferido.
7ª-O lote de processamento deve ser variável e não fixo- Este lote está dependente da situação da fábrica e, como tal, varia conforme esta.
8ª-Os recursos-gargalo além de definirem o fluxo do sistema, definem também o seu estoques. Os materiais são programados para chegarem ao gargalo um bocado antes deste iniciar a sua atividade. Assim, um eventual atraso nos recursos que alimentam o recurso-gargalo pode ser absorvido por esse tempo de segurança.
9ª-A programação de atividades e a capacidade produtiva devem ser consideradas simultaneamente e não seqüencialmente. Os lead-times são um resultado da programação e não podem ser assumidos à prior como os lead-times, são a subtração dos tempos gastos em cada um dos componentes para chegar às datas de início da produção, estes vão ser diferentes de componente para componente. E, se os lead-times variam conforme a seqüência das ordens, é mais fácil de analisa-los sob o ponto de vista de resultado, ao contrário de em MRP.
3. MODO DE FUNCIONAMENTO
Embora a estratégia e objetivos a atingir deste método já estejam definidos, a aplicação deste terá sempre em consideração outros fatores completamente distintos, que se relacionam com o universo particular de cada sistema.
Na necessidade de definir um plano de produção, o método OPT, procura inicialmente identificar com clareza todos os recursos a serem utilizados nos processos de produção, sejam eles externos ou não ( por exemplo, matéria prima, subprodutos, equipamentos, etc.) e quais as restrições existentes, quer se refiram ao limite da capacidade de produção, quer à procura de mercado ou até mesmo a restrições impostas pela própria empresa.
Este método evidência uma preocupação extrema na programação das atividades de modo a conseguir uma maximização do fluxo, ou seja, a passagem do material vendido pelo processo produtivo. Começando pelos recursos críticos que existem no processo de produção, o OPT, identifica estes recursos como os que iram definir o ritmo e volume de produção do sistema (é nesta característica que surge a identidade de recursos críticos do sistema com tambores que impõem o ritmo), assim, o primeiro passo será
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