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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE NITROGÊNIO ORGÂNICO PARA A PRODUÇÃO DE BIOINSETICIDA POR Bacillus Thuringiensis

Artigo: AVALIAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE NITROGÊNIO ORGÂNICO PARA A PRODUÇÃO DE BIOINSETICIDA POR Bacillus Thuringiensis. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/3/2014  •  1.086 Palavras (5 Páginas)  •  430 Visualizações

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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE NITROGÊNIO

ORGÂNICO PARA A PRODUÇÃO DE BIOINSETICIDA POR

Bacillus thuringiensis

A. A. ROSSI1, O. A. O. RIBAS1, D. Z. TESSARO1, M. H. R. CHAGAS1, A. M. R. PRATA1

1Universidade de São Paulo, Escola de Engenharia de Lorena, Departamento de Biotecnologia

e-mail: dri.rossi@gmail.com

RESUMO – A busca por fontes renováveis de energia levou a uma “explosão” da

produção de biodiesel e, consequentemente, a geração excessiva do subproduto glicerol.

Uma aplicação para esse subproduto é como fonte de carbono no cultivo de Bacillus

thuringiensis para produção de bioinseticida empregado no combate à dengue. Um dos

meios mais empregados para o cultivo desta bactéria apresenta extrato de levedura (EL)

como fonte de nitrogênio. Em função do seu alto custo e da variabilidade de resultados

obtidos com EL, o presente trabalho tem como objetivo avaliar 4 diferentes marcas deste

produto como fonte de nitrogênio orgânico para o cultivo de Bacillus thuringiensis. Os

ensaios foram realizados em frascos de 1 L com chicanas, a 30 oC, sendo glicerol a fonte

de carbono. Os resultados indicaram pouca diferença entre as marcas com relação ao

crescimento da bactéria e grande diferença com relação à toxicidade do meio contra

larvas de Aedes aegypti, sendo que uma delas não apresentou toxicidade na faixa de

diluição avaliada. Desta forma, conclui-se que há necessidade de se avaliar previamente a

fonte de nitrogênio orgânico para o processo em questão, sobretudo quando se trata de

extrato de levedura.

PALAVRAS-CHAVE: Fonte de nitrogênio; Bacillus thuringiensis; bioinseticida;

biodiesel; glicerol.

1. INTRODUÇÃO

Nossa economia e estilo de vida

preconizam o uso de fontes fósseis para

geração de materiais e combustíveis para

transporte (Yazdani e Gonzalez, 2007). A

maior parte de toda a energia consumida no

mundo provém do petróleo, do carvão e do

gás natural (Pachauri e He, 2006; Knothe et

al., 2008; Rehman et al., 2008). Entretanto,

preocupações a respeito de custos,

disponibilidade sustentável e impacto

ambiental têm levado à procura de

tecnologias que gerem materiais e

combustíveis a partir de fontes renováveis de

carbono, como a biomassa vegetal (Yazdani

e Gonzalez, 2007).

O biodiesel constitui um combustível

alternativo que, além da vantagem de ser um

combustível renovável, apresenta outras

características como balanço favorável de

energia, não ser tóxico e emitir baixa

quantidade de poluentes (Ito et al., 2005),

cerca de 70% a menos no ciclo de emissão do

dióxido de carbono, comparado ao óleo

diesel convencional (Bournay et al., 2005).

Este produto vem atraindo interesses

crescentes mundialmente nos últimos anos.

Nos Estado Unidos a produção era de cerca

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ISSN 2178-3659 6486

de 100 milhões de galões por ano em 2005 e,

de acordo com Çelik et al. (2008), a

produção norte americana de biodiesel está

projetada para alcançar 1,3 bilhões de litros

no ano de 2011. A produção e o uso do

biodiesel no Brasil propiciam o

desenvolvimento de uma fonte energética

sustentável sob os aspectos ambiental,

econômico e social. Além disso, trazem a

perspectiva da redução das importações de

óleo diesel, resultando uma economia de

cerca de U$$ 410 milhões por ano, além de

reduzir a dependência externa, referente ao

produto, de 7% para 5%.

Durante o processo de produção do

biodiesel, óleos e gorduras são misturados

com metanol e catalisadores alcalinos para

produzir ésteres de ácidos graxos livres,

tendo glicerol como o principal subproduto.

Em geral, para cada 100 kg de biodiesel

produzidos obtém-se 10 kg de glicerol, o

qual é impuro e de baixo valor econômico

(CHI et al., 2007).

Conforme mencionado em O Programa

(2007), a Lei nº 11.097, de 13/01/05,

estabelece a obrigatoriedade da adição de um

percentual mínimo de biodiesel no óleo

diesel comercializado no Brasil, em qualquer

parte do território nacional.

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