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Abordagem Classica Da Administraçao

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Por:   •  29/7/2014  •  1.687 Palavras (7 Páginas)  •  201 Visualizações

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Abordagem Clássica da Administração

Com a chegada da Era industrial e o enfraquecimento dos processos agriculas alguns países foram obrigados a integrarem o mais rápido possível à industrialização.

Como as industrias já haviam conseguido espaço econômico e financeiro da época e não paravam de crescer , elas se viram obrigadas a buscar soluções para problemas internos para adquirir um maior lucro .

Tentando solucionar tais problemas , surge no século XX dois engenheiros que desenvolveram os primeiros trabalhos pioneiros a respeito da administração.

Administração Científica

O surgimento da Administração Científica está diretamente ligada ao contexto norte-americano da virada do século XX. Com o fim da Guerra da Secessão, a indústria expandiu-se aceleradamente, o que gerou preocupações também com o aumento da eficiência nos processos de produção. Este aumento na eficiência seria conseguido, de acordo com os proponentes da Administração Científica, com a racionalização do trabalho.

Os pilares da chamada escola de Administração Científica foram estabelecidos por Frederick Taylor. Taylor começou sua carreira como operador de máquina na Midvale Steel, uma indústria da Filadélfia, e ali fez carreira até o posto de engenheiro. Graças à sua experiência na linha de produção, Taylor passou a dedicar-se a estabelecer rigorosa observação das habilidades e métodos usados pelos operários na Midvale. Esta observação era informada por critérios tidos por científicos, ao contrário da prática administrativa até então usual pouco fazia uso da pesquisa metódica, fiando-se mais no senso comum.

Dois livros de Taylor deste período trazem os primeiros esboços de seu modelo administrativo: A Piece Rate System (Um sistema de preço por peça, 1895) e Shop management (Administração de Oficinas, 1903, apresentado à Sociedade dos Engenheiros Mecânicos dos Estados Unidos). Posteriormente, este modelo aparece mais bem sistematizado em Principles of Scientific Administration (Princípios da Administração Científica, 1911). Segundo Idalberto Chiavenato, enquanto "Taylor preocupava-se mais com a filosofia – com a essência do sistema – que exige uma revolução mental tanto de parte da direção como da parte dos operários a tendência de seus seguidores foi uma preocupação maior com o mecanismo e com as técnicas do que com a filosofia da Administração Científica."

Princípios da Administração Científica

Em seu segundo livro “Principles of Scientific Management” (Princípios de Administração Científica), publicado em 1911, Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase em sua filosofia, e introduz os quatro princípios fundamentais da administração científica:

• Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.

• Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.

• Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.

• Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.

Apreciação Crítica da Administração Científica

As críticas ao sistema de Taylor podem ser resumidas em dois grupos :

- Mecanização – que desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os seus aspectos psicossociais;

- Esgotamento físico – resultado frequente da ânsia do operário em realizar mais do que o previsto, para aumentar o seu pagamento; Como consequência, este sistema tende a:

1. Especializar demasiadamente a produção do operário, tornando-o apêndice da máquina;

2. Destruir a iniciativa própria, e de algum modo o relacionamento interpessoal;

3. Atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos operários.

Muitas dessas restrições podem ser encontradas nos sistemas contemporâneos da realização do trabalho nas indústrias.

Taylor não podia ir além do que do que propôs na época em que viveu.

Convém não esquecer que o aspecto fundamental e relevante de teoria e estudos não era o “sistema” de trabalho, mas eram a “doutrina”, a filosofia e os princípios sobre os quais a “administração cientifica” que concebera haveria de se assentar e expandir.

A forte oposição dos sindicatos trabalhistas, desenvolvida no decorrer da história, foi embasada em afirmações feitas por cientistas sociais que, desprovidos de informações, propalavam que administração cientifica tornaria impossível o alcance do ideal da democracia industrial.

Outra crítica contundente à administração científica é a de que Taylor não expôs claramente as suas ideias, foi pouco sistemático e passou de um assunto a outro sem transição lógica. Neste ponto alguns defendem que Taylor era um homem pratico, que não desenvolvia gosto pela escrita e nem possuía tempo para tal.

Referências Bibliográficas

1.Idalberto Chiavenato, Teoria Geral da Administração,2003,p.54-73.

2.Web: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Taylorismo,26/06/2014, 22:46.

3.Web: <br.answers.yahoo.com, 26/06/2014,22:49.

Teoria Clássica da Administração

Teoria Clássica da Administração (ou Fayolismo) e uma escola de pensamento administrativo idealizada pelo engenheiro francês Henri Fayol, autor do livro "Administração Industrial e Geral", editado em 1916. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência. Também é caracterizada pelo olhar sobre todas as esferas da organização (operacionais e gerenciais), bem como na direção de aplicação do topo para baixo (da gerência para a produção). O modo como Fayol encarava a organização da empresa à Teoria Clássica a impostação de abordagem anatômica e estrutural.1

Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando foi publicada nos Estados Unidos.

Funções de Foyol

Segundo Idalberto Chiavenato, Fayol procurou dividir qualquer empresa em seis funções básicas:

1. técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa

2. comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação

3. financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais

4. segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas

5. contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas

6. administrativas, relacionadas com a integração das outras cinco funções

Para Fayol um administrador deve usar todas os elementos da função administrativa para obter bons, que são:

• Prever - Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de ações para tingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização

• Organizar - É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.

• Comandar - Faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos definidos.

• Coordenar - A implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas traçadas.

• Controlar - Controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas.

Conceitos Básicos

Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor:

1- Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade.

2- Autoridade e responsabilidade - Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.

3- Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens.

4- Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.

5-Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.

6-Prevalência dos interesses gerais - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.

7-Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.

8-Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas.

9-Hierarquia - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.

10-Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.

11-Eqüidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.

12-Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.

13-Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.

14-Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos

Apreciação Crítica da Teoria Clássica

Como a teoria cientifica foi muito critica por estudos posteriores , a teoria clássica também recebeu varias criticas como :

• Obsessão pelo comando →Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo comando.

• A empresa como sistema fechado → A partir do momento em que o planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como uma parte isolada do ambiente.

• Manipulação dos trabalhadores → Bem como a Administração Científica, fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores.

• A inexistência de fundamentação científica das concepções → Não existe fundamentação experimental dos métodos e técnicas estudados por Fayol. Os princípios que este apresenta carecem de uma efetiva investigação, não resistindo ao teste de aplicação prática.

Apesar de ser muito criticada, a Teoria Clássica da Administração é a abordagem mais utilizada por quem esta iniciando na administração ,pois permite uma visão simples e ordenada. Contudo, em uma era de mudança e instabilidade como a que atravessamos, a abordagem clássica mostra-se rígida, inflexível e conservadora, pois ela foi concebida em uma época de estabilidade e permanência.

Referências Bibliográficas

1.Idalberto Chiavenato, Teoria Geral da Administração,2003,p.79-94

2.Web: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_classica_da_administraçao, 26/06/2014, 23:00

3.Web: <http://www.professorwellington.adm.br/tga16.html, 30/06/2014,23:17

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