Administração Financeira

As pessoas procuram bens e serviços para satisfazer suas necessidades. A demanda de mercado de um bem ou serviço nos informa a quantidade que os consumidores participantes daquele mercado desejam comprar. Além do preço que amplia ou reduz a própria demanda, este cenário é representado por diversas outras variáveis como o número de consumidores, suas rendas e grau de distribuição, seus gastos e preferências, o marketing, a sazonalidade conforme as épocas do ano e datas específicas, os preços dos demais produtos substitutos ou complementares entre outras. Sendo assim, o preço do produto estabelece a quantidade demandada e as demais variáveis determinam o nível de demanda em si, aumentando ou diminuindo-a.

A oferta está relacionada com os custos de produção, e este à tecnologia de produção e aos preços dos fatores empregados, mostra o quanto de produto todas as empresas, participantes do mercado, estão dispostas a produzir e vender a cada nível de preço, num certo período de tempo, dentro de um determinado cenário estável.

Aumento na oferta e redução na demanda provocam movimentos de baixa nos preços de mercado; e redução da oferta e aumento na demanda o oposto.

Como exemplo temos a primeira queda (após treze semanas) do preço do etanol anidro no estado de São Paulo. Pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, explicam que essa queda se deve ao aumento da oferta do etanol por parte das usinas, o que levou algumas distribuidoras a comprar o necessário apenas para a demanda de curto prazo, na expectativa de novas quedas de preços.

Cálculos do Cepea mostram que o anidro, na média de abril, remunerou cerca de 24% a mais que o açúcar cristal; no comparativo com o etanol hidratado (utilizado pelos veículos flex) , o anidro remunerou por volta de 65% a mais – considerando-se os valores médios de venda pelas usinas do estado de São Paulo.

Com esta vantagem financeira, no início de safra , usinas intensificaram a produção de anidro, o que justifica o aumento da oferta captado pelas pesquisas Cepea, em especial na última semana.

Outro exemplo é a queda de preços de produtos importados como celulares, leptops, tevês de alta tecnologia, videogames etc., a razão desta baixa nos preços é a queda do dólar. Segundo André Biaz, economista da FGV “O Brasil está crescendo, a taxa de juros é interessante, passou a ser credor do fundo monetário, tem toda uma condição que favorece a valorização do real”.

Ele destaca, porém, que não é só o câmbio que influencia o preço de um produto. O mercado é regido pela lei da oferta e da procura. É isso que justifica, pó exemplo, o fato de o pãozinho francês, o macarrão e bolachas estarem mais caras – ainda que sejam produtos que levam em sua composição o trigo, que é em grande parte importado.

A seca em importantes regiões agrícolas, no entanto reduzem a oferta do cereal no mercado, pressionando para cima o valor desses produtos. “Parte desse aumento poderia ter sido ainda maior se não fosse a valorização do real” lembra o economista de FGV.

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